Alvanir Ivaneide Alves da Silva

 

A ARTE E A TECNOLOGIA ATRELADAS AO ENSINO DE HISTÓRIA: OS MEMES COMO PRODUÇÃO HISTÓRICA PARA O GRANDE PÚBLICO

 

O mundo globalizado a qual estamos inseridos tem nos mostrado o quanto estamos submersos na cultura digital, pois as produções e trocas de informações têm ocorrido de maneira cada vez mais rápida. Sendo assim, as práticas educacionais e a produção historiográfica crescentemente recebem contribuições dos avanços e dinamicidade tecnológica. Segundo Marciano Araújo (2017, p. 28), “o século XXI, foi tomado por uma discursão polêmica em torno da educação e tecnologia”, uma vez que as mudanças e os avanços tecnológicos vão ocorrendo de acordo com a temporalidade.

 

Levando em consideração que os estudantes do século XXI atuam em um espaço dinâmico de informações, é fundamental que possam ter um aprendizado proporcionado por meio de atividades estimuladas pelo uso das mídias digitais na prática do ensino aprendizagem, para que seja disponibilizado na ação, condições autênticas e reconstrutivas de conhecimentos (BACICH; MORAN, 2017).

 

Além disso, faz-se necessário salientar que a disponibilidade de recursos tecnológicos digitais pode ser amplamente favorável ao desenvolvimento do fazer e do ensinar História, já que pode desencadear potencialidades no processo de ensino aprendizagem. A partir desta perspectiva, visamos dar enfoque neste artigo as possibilidades de usos de produção artística de memes no formato digital como recurso que pode abordar temáticas históricas diversas, em um mesmo espaço onde também pode dialogar com a História Pública, já que está produzindo e compartilhando conhecimento histórico para o grande público.

 

Como dado enfoque por Rodrigo Ferreira (2018, p. 29) onde aponta que “a educação, seja ela escolar ou para além dos muros da escola, mantém uma curva de projeção ascendente em meio aos debates sobre história pública”. E “são múltiplas as práticas didáticas para ajudar os alunos a formular conhecimento histórico escolar” (FERREIRA, 2018, p. 30), dentre elas, os memes históricos que já vêm sendo usados na produção histórica e no ensino de História, mas que continua presente nas mídias digitais e são curtidos e compartilhados diariamente pelo grande público.

 

Dessa forma: “os memes encontrados no ciberespaço podem ser utilizados como um suporte pedagógico, é necessário nos situarmos em meio a um debate um pouco mais amplo, referente a maneira a qual estudantes se relacionam com os recursos digitais” (SILVA, 2019, p. 174).

 

Além disso, é sempre importante pensarmos no uso de novas atividades, em novos formatos ou em propostas ousadas que visem estimular os discentes a pesquisar, analisar e compreender conhecimento histórico em sala de aula e fora dela. Neste caso, vamos estar interligando vários campos de saberes no ensino de História, em um mesmo espaço que vamos estar usando as tecnologias digitais como meio de produção visual, que possibilite uma fácil compreensão da mensagem, já que a produção da arte imagética está baseada nos conceitos da semiótica, que segundo Dalva Ramaldes (2015), é a área do saber que estuda sobre os signos, seus significados e todas as formas de como o ser humano pode se comunicar, também conhecida como a ciência das linguagens, pois é possível se comunicar através da fala, da escrita, de gestos e de imagens, dessa maneira, como a semiótica auxilia na compreensão dos processos comunicativos ao relacionarmos com a linguagem mista, por meio dela o leitor visual pode entender e correlacionar as imagens e as palavras ou frases curtas na composição do meme. A arte na semiótica “significa dar expressão (forma), por meio de linguagens, ao que se quer manifestar (conteúdo)” (RAMALDES, 2010, p. 15).

 

E segundo Sílvio Cadena (2017, p. 7) os memes são “imagens estáticas associadas a textos ou não, ou o texto em formato de imagem (gif, png, jpeg) que foram produzidas e circuladas em redes sociais”, ele também frisa que a produção memética pode ou não ser dotada de humor. Por meio das tecnologias digitais, os memes tem alcançado diversos espaços em tempo real, e compartilha símbolos, expressões culturais e significados múltiplos através da internet. Porém, vale salientar que:

 

“A presença dos historiadores nas redes sociais na internet é ainda mais desejável porque esses espaços são frequentemente inundados por conteúdos de história de má qualidade, incompletos, imprecisos, errôneos e até mesmo mal-intencionados. Ocupar estes espaços com editores comprometidos com a circulação e a recepção responsável do saber histórico é fundamental para combater a entropia que ameaça boa parte da Internet” (CARVALHO, 2016, p. 41).

 

Neste caso, produzir história para o público segue um caminho de mão dupla, pois se faz necessário uma produção com uma linguagem mais simples e com uma didática que seja mais atrativa, porém isso não é a mesma coisa de perder a cientificidade, é necessário produzir materiais que mantenham uma análise crítica e reflexiva, com o intuito de aproximar a História do seu público, como é o caso dos memes, uma produção que chega até a geração digital, levando em consideração que os memes dotados de humor devem ser produzidos cuidadosamente para não promulgarem visões excludentes, preconceituosas ou intolerantes em nossa sociedade.

 

E como a internet tem sido acessada por um número cada vez maior de usuários, principalmente por educandos, se torna um meio propicio também para a produção e compartilhamento de saberes, pois quando espaços digitais são atrelados as práticas de ensino aprendizagem, eles passam a integrar a realidade dos nossos alunos, sendo assim, os memes podem ser usados como uma ferramenta alternativa para o ensino de História.

 

“Essas diferentes formas de mídias que se dedicam a divulgação do conhecimento histórico para o público não especialista, e que são também utilizadas no ensino da disciplina, permitem sua analise sob o ponto de vista da história pública. Elas mobilizam o conhecimento histórico academicamente e reorientam para o consumo” (FONSECA, 2016, p. 191).

 

Assim sendo, o ensino de história e a produção de arte imagética nas redes sociais são centrais para o desenvolvimento do campo da História Pública, nesse sentido, citamos como produção histórica para o grande público o Museu dos Memes, uma ferramenta de comunicação disponibilizada na internet, a qual foi desenvolvida em parceria com pesquisadores e estudantes do Laboratório de Pesquisa em Comunicação, Culturas Políticas e Economia da Colaboração (coLAB), vinculado à Universidade Federal Fluminense. O museu organiza oficinas e exposições com o intuito de preservar a memória dos memes de internet, em um mesmo espaço de fácil acesso para o público ativo e consumidor de materiais digitais. Sendo possível de acessa-lo no site: <  https://museudememes.com.br >.

 

Fonte: https://museudememes.com.br

Página inicial do Museu dos Memes. Acesso em: 19 de junho de 2022.

 

Também podemos citar a página Memes Históricos, criada em 2015 e disponibilizada na plataforma social Facebook, sendo um espaço de produção e divulgação de conhecimento histórico para um público amplo de pessoas, pois a mesma possui mais de 80 mil curtidas e seguidores. Podendo ser acessada através do link: < https://www.facebook.com/memesd4histori4 >.

 

Fonte: https://www.facebook.com/memesd4histori4

Página inicial do Facebook Memes Históricos. Acesso em 19 de junho de 2022.

 

Ambas as plataformas digitais são recursos disponíveis ao acesso do grande público e podem ser materiais na qual professores podem utilizar nas aulas de História. O docente estará mediando e interligando diferentes espaços e tornando as aulas mais lúdicas. Já que “os memes também podem ser usados em sala de aula para sintetizar a ideia de um conceito, um momento histórico ou experiência, desenvolver a criatividade e a colaboração e promover a autoria entre professores-alunos e alunos-alunos” (SANTOS; CARVALHO, 2019, p. 8).

 

Com o Museu dos Memes o professor pode utilizá-lo de diferentes formas, realizando debates em sala através da discussão de algum meme, pode explorar as exposições e os acervos, trabalhar conteúdos da contemporaneidade, inclusive os políticos como demonstrado na página inicial do museu, além disso, pode instigar nos alunos a perspectiva de que memes não é apenas uma produção imagética engraçada e sem seriedade, mas que também podem ser produções de pesquisadores e historiadores, que por meio das produções visam compartilhar saber históricos e culturais.

 

Já com a página do Facebook, os Memes Históricos, o docente pode fazer uma seleção de memes previamente e levá-los para a sala de aula, levando em consideração a temática que esteja trabalhando, para que o ensino aprendizado ocorra de forma contínua e proposital, provocando o olhar reflexivo, o debate crítico e a interpretação dos assuntos produzidos nas imagens meméticas.

 

Nesta perspectiva, frisamos que apenas o simples acesso ao meme não quer dizer que será produzindo uma ligação de saberes, é necessário a mediação do docente, como defendido por Maria Souza (2019), onde ela frisa que para que ocorra um entendimento e uma compreensão do meme é fundamental a participação do professor, pois é ele quem irá previamente destacar o conteúdo em sala, provocar questionamentos, a fim de criar meios onde os discentes possam relacionar o significado com o significante, proporcionando que o aluno estude o conteúdo exposto e interprete o contexto de informação desenvolvido.

 

Já que, “as atividades que os professores realizam no coletivo escolar, supondo o desenvolvimento de certas atividades materiais, orientadas e estruturadas. Tais atividades têm por finalidade a efetivação do ensino e da aprendizagem por parte dos professores e alunos” (PIMENTA; LIMA, 2006, p. 12).

 

Quando o professor traz a prática da interdisciplinaridade para sala de aula, ele possibilita meios para a “liberdade de aprender; ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber” (LDBEN 9394/1996), propiciando que na educação básica o discente tenha plena formação e permanência na escola, se tornando apto e preparado para exercer a sua cidadania, atuando ativamente enquanto cidadão crítico, compromissado e com acesso a história pública.

 

A realização de aulas interligando espaços formais e não formais no ensino de História de acordo com Marcus Martins, Alexandre Barbosa e Carmem Gabriel (2020), manifesta uma relação de passado e presente aos seus alunos, e se tratando da disciplina e ciência História que abordam fatos históricos e culturais, é possível contribuir para a mudança de paradigmas que acabaram sendo promulgados socialmente, e colaborar para a propagação de um ensino aprendizagem histórico de comum acesso ao público. Já que “a disciplina escolar História deve contribuir para a formação de pessoas, balizada por princípios éticos, estéticos e de cidadania” (LDBEN 9394/1996).

 

Os educandos vão estar analisando e compreendendo um conteúdo que faz parte do seu dia a dia, visto que eles estão constantemente curtindo e compartilhando memes na internet, além disso, irá instigar neles a capacidade de produção artística, a sutileza de estar atentos ao detalhe da obra, da composição dos elementos usados, da compreensão do contexto, etc., já que de acordo com Costa (2005, p. 32), “os mais diversos campos do saber, da produção e da comunicação humana, se apoiam na linguagem visual ou na representação imagética”.

 

O professor nessa abordagem, enquanto historiador, coloca diante dos alunos novas práticas de construir o aprendizado e de partilhar conhecimento histórico para um público amplo, de forma interdisciplinar, lúdica e atrativa.

 

Proposta de atividade

Além do nosso enfoque central na qual analisamos sites que produzem e divulgam produções meméticas de forma digital como recurso propicio ao ensino de história e a propagação do fazer história pública, também é proposto a sugestão de uma atividade pedagógica, onde ao invés de os docentes levarem para sala de aula apenas os memes já prontos, os quais são disponibilizados em rede, mas que eles proponham a própria produção digital dos memes aos alunos.

 

Sendo assim, os alunos terão um espaço de tempo delimitado pelo professor e de acordo com a temática que estejam trabalhando na sala de aula, possam produzir digitalmente como atividade extraclasse. Podendo utilizar programas como o powerpoint, aplicativos como o canva, ou qualquer outra plataforma na qual eles estejam mais habituados. Os memes podem ter apenas linguagem não verbal ou podem ter linguagem mista, os alunos devem se atentar para produzir uma arte que possa ou não gerar humor, já que são memes, mas ao mesmo tempo devem se atentar a composição dos signos, dos elementos, tonalidades, imagens, etc., para que no final seja possível olhar e compreender. E em seguida seja realizado uma culminância em sala para apresentação dos memes, para que os colegas entre si possam analisar e tentar compreender a mensagem produzida nas composições meméticas, debatendo sempre que necessário e interligando os assuntos.

 

Está proposta foi pensada visando que os discentes da educação básica possuem familiaridades com os recursos tecnológicos, dessa forma, faz-se necessário essa ligação diversificada, pois como defendido por Caetano (2015), o uso das tecnologias no meio educacional possibilita novas formas de aprendizagem, dando autonomia para que os alunos possam ampliar suas práticas de pesquisa e construir suas aprendizagens.

 

A sala de aula se torna um local interativo, pois o aluno tem liberdade de questionar, perguntar, tirar suas dúvidas e uma das atividades utilizadas nesse método é a produção artística no campo da história, que para ocorrer também necessita da pratica de pesquisa, pois os alunos fora da escola continuarão ampliando seus conhecimentos e desenvolvendo novos. Nesse ponto, os recursos tecnológicos estão cada vez mais atrelados ao ambiente de ensino, assim como a produção de materiais didáticos que contribuem para a diversificação de atividades propostas e desenvolvidas, além disso, teremos a produção e compartilhamento de história pelo público e para o próprio público.

 

O educador então consegue desenvolver aulas positivas com o apoio tecnológico e dialógico, construindo um ensino de História também de análise visual, o que desencadeia questionamentos e reflexões nos alunos, pois como é defendido por Leandro Karnal (2007), a História tem importância fundamental em nosso meio social, mas é necessário que seja bem produzida e divulgada para que venha ter uma aproximação reflexiva e libertadora com o seu público.

 

Nessa perspectiva, a produção memética se articula com os conteúdos históricos, proporcionando um ambiente que compartilha uma educação organizada e rica em saberes, onde o ensino humanizado é capaz de contribuir para formação intelectual e social, já que a “História escolar não pode ignorar os conceitos espontâneos formados por intermédio de tais experiências" (BITTENCOURT, 2008, p. 189).

 

O ensino de história desenvolvido de forma participativa, estimulando a autonomia do estudante, alcança um público maior de pessoas e ainda contribui como mais uma ferramenta para a mudança do (pré) julgamento de que a história é uma disciplina pautada em memorização de datas e distante da realidade. Mostrando as possibilidades de compreensão do mundo a partir do conhecimento e reflexão histórica, em razão que, “uma sala de aula, assim experenciada, implica em reconhecer os saberes envolvidos em contato e em dialogo” (FERREIRA, 2018, p. 30).

 

Por fim, é compreensível que o ensino de história tem intensificado o diálogo com a história pública, pois as diversas práticas de produção, divulgação e disponibilidade de acesso do conhecimento histórico ao público, tanto na sala de aula quanto fora dela, tem potencializando as práticas de ensino de história e de história pública, pois “o processo de elaboração e significação histórica, que considere os modos de divulgação, é a essência dessa prática” (FERREIRA, 2018, p. 31).

 

Referências biográficas

Alvanir Ivaneide Alves da Silva, mestranda de História da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

 

Referências bibliográficas

ARAÚJO, Marciano Vieira de. A Evolução do Sistema Educacional Brasileiro e seus Retrocessos. In: Revista Cientifica Multidisciplinar. Ano 2, ed. 1, v. 1, 2017. p. 55 – 62.

 

BACICH, Lilian; MORAN, José (Orgs). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Penso Editora, Porto Alegre, 2018.

 

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez Editora, 2 ed. 2008.

 

BRASIL, Presidente da República. Decreto lei n. 9.394. Estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) como política de Estado. Brasília, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br//ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso: 15 de jun. 2022.

 

CADENA, Sílvio. Entre a História Pública e a História Escolar: as redes sociais e aprendizagem histórica. In: Anais do XXIX Simpósio Nacional de História - contra os preconceitos: história e democracia. Brasília. 2017. p. 01-16.

 

CAETANO, Luís Miguel Dias; Tecnologia e Educação: quais os desafios? Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Santa Maria: v. 40, n. 2, 2015. p. 295-310.

 

CARVALHO, Bruno Leal Pastor de. História pública e redes sociais na internet: elementos iniciais para um debate contemporâneo. Universidade Federal Fluminense.  Transversos: Revista de História. Rio de Janeiro, v. 07, n. 07, 2016. p. 35 – 53.

 

COSTA, Marcella Albaine Farias. Ensino de História e tecnologias digitais: trabalhando com oficinas pedagógicas. Revista História Hoje, v. 4, nº 8, p. 247-264 – 2015.

 

FERREIRA, Rodrigo de Almeida. Qual a relação entre a história pública e o ensino de História? In: MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Ricardo; BORGES, Viviane Trindade (orgs). Que história pública queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018. p. 29 – 48.

 

FONSECA, Thais Nívia de Lima. Ensino de História, mídias e história pública. In: MAUAD, Ana Maria; ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; SHANTIAGO, Ricardo (orgs). História pública no Brasil: Sentidos e Itinerários. São Paulo: Letra e voz, p. 185 – 194, 2016.

 

KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Editora Contexto, 5 ed., 2007.

 

MARTINS, Marcus Leonardo Bomfim; BARBOSA, Alexandre Rodrigues De Frias; GABRIEL, Carmen Teresa. Refigurações narrativas discentes nas aulas de História: reflexões sobre aprendizagens dessa disciplina escolar. Revista História Hoje, v. 9, 2020. p. 145 - 169.

 

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência: diferentes concepções. In: Revista Poíesis. Rio de Janeiro: v. 3, n. 3 e 4, 2006. p. 5-24.

 

RAMALDES, Dalva. Sintaxe Visual Aplicações Semióticas. Universidade Federal Rural de Espírito Santo. Vitória, 2010.

 

SANTOS, Rosemary do. CARVALHO, F. S. P. Meme e Educação: práticas educativas em rede. Revista Periferia, v.11, n. 1, 2019, p. 7-15.

 

SILVA, Diego Leonardo Santana. Os memes como suporte pedagógico no ensino de história. In: Revista Periferia, v.11, n. 1, 2019, p. 162-178.

 

SOUZA, Maria Alice de Souza. Memes de internet e educação: uma sequência didática para as aulas de História e Língua Portuguesa. Revista Periferia, v. 11, n. 1, 2019, p. 193-213.

9 comentários:

  1. Oi, Alvanir! Parabéns pelo texto.
    Achei muito interessante e importante, tendo em vista a popularidade dos memes nas redes sociais.
    Gostaria de saber, poderia haver dificuldades na utilização dos memes no ensino de história em relação a falta de acesso a internet por parte de alguns estudantes e até mesmo dificuldade de compreender a crítica presente em seu contexto de criação? Acredita que teria uma idade/ano escolar adequado para se utilizar este material em sala de aula?

    Daiane da Silva Vicente

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    1. Olá, Daiane.
      Tudo bem?
      Grata pelo feedback.

      A prática do Ensino de História ela vai ocorrer de acordo com as especificidades da turma, logo entendemos que, a atividade com uso de memes pode ser adaptada de acordo com as carências da turma, se tratando de turmas que não possuem acesso a internet ou aparelhos eletrônicos, poderia se produzir os memes manualmente.
      E quanto em relação a criticidade na produção de memes, pensei em uma atividade para ser aplicada em anos finais do fundamental ou ensino médio, acredito que os alunos já possuem uma bagagem maior de conhecimentos que podem ser relacionados com o tempo presente.

      Alvanir Ivaneide Alves da Silva

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  2. Olá, Alvanir!

    Gostaria inicialmente de lhe parabenizar pela excelente reflexão histórica sobre os possíveis usos dos memes no Ensino de História.Um trecho que me chamou atenção no seu trabalho foi o seguinte: "produzir história para o público segue um caminho de mão dupla, pois se faz necessário uma produção com uma linguagem mais simples e com uma didática que seja mais atrativa, porém isso não é a mesma coisa de perder a cientificidade". Quais os principais desafios, para que o professor/historiador consiga dar conta da cientificidade que nossa área exige, com produções de memes?

    Atenciosamente:
    João Paulo de Oliveira Farias

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    1. Olá, João!
      Tudo bem?
      Grata pelo feedback.

      Um dos principais desafios é realizar uma produção consciente, enquanto nós e nossos discentes estamos rodeados de Fake News, é fundamental prezar por uma produção que não propague estereótipos, mas que busque despertar a conscientização do nosso alunado.

      Alvanir Ivaneide Alves da Silva

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  3. Salve!

    Muito interessante seu texto e a prática descrita. Também sou um entusiasta da utilização de memes para o ensino de História.

    Trago o seguinte questionamento: se as representações públicas do passado podem ser midiatizadas e também influenciadas por elementos culturais do presente formando memórias, é possível pensar que os memes influenciam a cultura histórica?

    Grato pela atenção.

    Saudações!

    Willian Spengler

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    1. Olá, Willian!
      Tudo bem?
      Grata pelo feedback.

      Os memes podem ser uma nova fonte e produção histórica, e socialmente, sabemos que tudo que é disponibilizado em redes acaba influenciando seus consumidores, por isso a produção de memes publicados requer a responsabilidade de historiadores comprometidos com a cientificidade. E por isso, também faz necessário que os profissionais e pesquisadores do campo da História, ocupem os espaços públicos e midiaticos, para que cada vez mais seja divulgado um número maior de produções comprometidas com os fatos históricos.

      Alvanir Ivaneide Alves da Silva

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  4. Parabéns pelo trabalho Alvanir Ivaneide Alves da Silva!

    A experiência que possuo com memes: já utilizei para fazer a chamada diária uma vez na semana, visto que, estou na função de coordenadora este ano. Depois da chamada, realizámos uma roda de conversa e o assunto era discutido por todos com grande entusiasmo. Este ano estamos com grande dificuldade nas atividades para casa, a porcentagem de estudantes que fazem a tarefa realizada em seus lares está bem difícil de ser cumprida. Quando se trata de um assunto e utilização de dispositivo móvel essa tratativa está possuindo um bom retorno?
    Simone Emi Kavasoko

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    1. Olá, Simone!
      Tudo bem?
      Grata pelo feedback.

      Maravilha a experiência que você desenvolveu com as chamadas diárias.
      E realmente a desmotivação faz parte do cenário, sendo especificidade de cada turma, umas mais engajadas, outras mais desmotivadas.
      E o intuito de diversificação de práticas e usos de novas metodologias é justamente esse, o de incentivar um engajamento e a construção de uma consciência históricas.

      Alvanir Ivaneide Alves da Silva

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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