Cesar Agenor Fernandes da Silva e Marcelo de Souza Silva

 

HISTÓRIA PÚBLICA E EDUCAÇÃO HISTÓRICA A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DE PRODUÇÃO DE UM PODCAST DE HISTÓRIA

  

Os historiadores e historiadoras têm se deparado com a crescente demanda pública por conhecimentos próprios de sua área, tanto como forma de aprendizado quanto como entretenimento e, com o avanço das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), têm igualmente crescido o número de iniciativas de divulgação científica em diversas áreas, incluindo a História. Neste texto vamos explorar, a partir das perspectivas da História Pública, uma das ferramentas cada vez mais utilizadas: os podcasts. Nosso percurso sintético se realizará a partir do relato de experiência que envolve o podcast Fronteiras no Tempo, lançado em 2014 e que vem, desde então, promovendo a difusão dos conhecimentos históricos produzidos na academia brasileira.

 

Nós historiadores estamos acostumados ao uso de uma linguagem acadêmica, repleta de termos técnicos e conceituais pouco usuais em outros espaços reservados à produção escrita ou de debates, especialmente quando abordamos a produção de conhecimento da nossa área do saber. Também nos acostumamos a tratar os temas históricos com postura professoral, tanto no exercício do magistério no ensino superior quanto na educação básica, obedecendo, obviamente, os diferentes modos de abordagem que o processo educacional e seus níveis exigem. Quando escrevemos ou falamos nos nossos ambientes naturalizados, em textos profissionais de história, nos ambientes acadêmicos ou em sala de aula, temos o conforto de dominar os lugares de fala, de saber que a maior parte dos nossos interlocutores podem nos compreender sem muitas dificuldades. Nestas ocasiões atingimos, mesmo que parcialmente, nossos objetivos.

 

Entretanto, ao nos depararmos com um público heterogêneo, que não frequenta ou faz parte dos nossos lugares naturalizados, torna-se imperativo uma adaptação da linguagem utilizada, ou seja, da maneira de se comunicar com as pessoas. Contudo, é importante dizer que as linguagens acadêmica e escolar são adequadas e podem ser usadas em outros espaços e mídias quando se tem um público alvo definido. Por outro lado, elas se mostram ineficientes quando se trata da divulgação científica da história para um grande público ou, até mesmo, para aproximar e abrir espaços para que públicos diversos também possam ter maior familiaridade e interação com a produção do saber histórico. Nesse sentido, um olhar mais atento às proposições e possibilidades abertas pela História Pública é essencial para que novas relações e significados sejam construídos em torno da nossa área do saber e, inclusive, do seu ensino.

 

A emergência do conceito de História Pública é localizável no tempo e no espaço: nos Estados Unidos da América no ano de 1976 e passou a ser institucionalizado com a fundação do National Council on Public History (NCPH), em 1980 (CARVALHO, 2017; MALERBA, 2017; ROVAI, 2020). De acordo com a historiadora Marta Rovai (2020, p.134), o ex-presidente do NCPH Robert Weible descreveu, em 2006, a história pública da seguinte forma:

 

“como um conjunto de procedimentos voltados ao desenvolvimento do conhecimento histórico para além dos muros da universidade: nos lugares históricos de preservação da memória, como arquivos e museus, em projetos de história da comunidade, em agências governamentais, ou em empresas privadas. Desta forma, procurando atender a um potencial de mercado e ampliar espaços de ação pública dos historiadores, a história pública foi entendida como a possibilidade de se trabalhar em acervos, arquivos públicos, museus, bibliotecas, centros comunitários, memoriais, além de voltar-se a uma produção de entretenimento, fazendo usos das televisões, rádios, cinema e internet e ampliando audiências para a História. A partir dali, uma ampla rede de instrução técnica daria suporte ao historiador para atuar em processos de divulgação pública da história, dando origem ao que foi chamado de “historiador público”.

 

No Brasil, os profissionais que abriram caminho para a especialização da historiografia em História Pública deram seus primeiros passos concretos em 2011, com a promoção do Curso de Introdução à História Pública que reuniu diferentes historiadores que iniciavam seus esforços de reflexão no campo. Além disso, as historiadoras Juniele Almeida e Marta Rovai organizaram o livro Introdução à História Pública (2011). Este livro foi a primeira obra que reuniu reflexões de profissionais da história brasileiros e a tradução de textos considerados chave para compreensão do estado da arte produzidos por historiadoras e historiadores estadunidenses e ingleses.

 

Deste passo inicial até os nossos dias foram publicadas mais de sete coletâneas de livros organizadas por historiadores membros da Rede Brasileira de História Pública. Uma característica interessante dessas obras é a da dispersão geográfica dos vínculos institucionais e de formação no Brasil dos autores dos capítulos. Enquanto coletâneas, o leitor não encontrará uma única voz e tão pouco um único tom na abordagem teórica e nas temáticas específicas em relação à história pública, muito pelo contrário, é possível perceber a dinamicidade das reflexões e estudos produzidos, bem como reflexões ou mesmo adaptações de trabalhos de pesquisa a temática central discutida.

 

Observa-se também outras temáticas muito recorrentes como a da formulação e aplicação de políticas públicas e de políticas culturais que levem em conta o papel e os saberes históricos produzidos na academia e em parceria direta ou indireta com os públicos da história, como na seara do patrimônio material e imaterial. Profissionais que trabalham em arquivos históricos também têm espaço de escrita nessas publicações, mostrando que o espírito público e a publicidade das instituições de guarda da memória em suporte material estão sendo incorporadas nas produções acadêmicas.

 

O que pretendemos explorar daqui em diante é uma das dimensões da história pública: a comunicação com públicos não naturalizados, com foco no uso de ferramentas tecnológicas digitais, pois em tempos da chamada web 2.0 é muito difícil separar as reflexões teóricas e as práticas em história pública das TDIC.

 

A produção midiática audiovisual e/ou textual independente em diversos espaços da internet, estão entre as possibilidades de estudo, produção, atuação e divulgação científica da história. Porém, por ser um espaço aberto e um verdadeiro receptáculo de qualquer tipo de informação e de versões da realidade, percebe-se que a memória e a história são alvos preferências de discursos que tentam, de forma explícita, remontar o passado de forma a justificar as atuações políticas, sociais e morais do presente, tendo como prática recorrente um discurso que desqualifica a abordagem profissional da história, ignorando propositalmente o pluralismo historiográfico e o trabalho sistemático e científico realizado por historiadoras e historiadores (AVILA, 2021).

 

Obviamente que o trabalho dos historiadores nos espaços públicos virtuais não deve estar direcionado apenas ao combate dos negacionismos, mas deve incorporar os pressupostos da História Pública, que aproximam o fazer historiográfico com todas as suas reflexões, problematizações e revisão dos pares das diferentes audiências com as quais nos relacionamos (ROVAI, 2020), uma das ferramentas para isso é por meio da mídia Podcast.

 

Importante esclarecer de maneira sintética o que é um Podcast. Para os leitores não familiarizados com a mídia, podemos dizer que Podcasts são arquivos digitais de áudio que difundem informações em diversos formatos em um universo de produção temática múltipla. Seu nome tem origem de um neologismo na língua inglesa, fruto da junção de outros dois termos: o nome de um aparelho reprodutor digital de música da empresa Apple, o Ipod, com a palavra Brodcast. Os podcasts são distribuídos aos seus públicos em websites ou nos chamados aplicativos de música. De 2017 em diante os smartphones passaram a ser o principal dispositivo de acesso aos podcasts, o que também elevou o seu consumo (ABPOD, 2020).

 

Podcasts são similares a programas de rádio, mas se diferenciam destes na medida que seu consumo se dá sob demanda e atualmente podem ser produzidos por qualquer pessoa que possua ao menos um smartphone, acesso a internet e conhecimentos muito básicos sobre edição. Podcasts são produzidos e consumidos no Brasil desde 2004. Existe uma característica muito importante que envolve os produtores e seus públicos que pode ser resumida em uma palavra: proximidade. Alguns programas atendem demandas de nichos específicos e outros de públicos muito amplos e diversos, mas é comum que se criem comunidades virtuais que propiciem diferentes tipos de interações entre os podcasters e seus ouvintes (SILVA & SILVA, 2017, p.263-265).

 

O Fronteiras no Tempo foi um podcast que criamos com o intuito de “aproximar o público que gosta de História com a maneira como o conhecimento histórico é pensado e construído. Isso tudo de forma leve e descontraída” (FRONTEIRAS NO TEMPO). A primeira gravação foi realizada no ano de 2010 e só foi ao ar em 2014. O tempo entre a primeira iniciativa e seu lançamento efetivo se deve a inúmeros fatores, entre os quais estavam a inexperiência com o processo de edição, falta de conhecimento sobre hospedagem em servidor, construção de um website e disponibilização dos episódios para o público em geral. Em 2014, essas questões foram sanadas com ajuda de estudantes de graduação e no dia 31 de julho de 2014 ocorreu o lançamento.

 

No programa utilizamos nossos apelidos da época de graduação: C. A. e Beraba. O principal intuito era o de criar proximidade com o público e retirar o peso da titulação acadêmica, além de ser comum a utilização de apelidos nesta mídia na época. De 2014 até agosto de 2017 a periodicidade dos episódios era mensal. A partir de setembro de 2017, ela passou a ser quinzenal. No podcast existem duas linhas editoriais: na primeira, são produzidos episódios em ritmo de bate papo sobre temas específicos ou gerais e em algumas ocasiões recebemos convidados, eles duram em média 80 minutos; já a segunda linha, intitulada “Historicidade”, um dos apresentadores recebe um convidado que concede uma entrevista sobre sua pesquisa atual ou pregressa, com duração média de 40 minutos. Seu principal objetivo é divulgar pesquisas acadêmicas em história e ciências humanas e sociais para um público mais amplo.

 

Todos os episódios lançados contêm nos posts indicações de leituras de artigos e livros acadêmicos nos quais nos baseamos para montar o roteiro base, textos de divulgação e produtos audiovisuais para que o público possa aprofundar seus conhecimentos. Nossa audiência média entre os anos de 2014 e 2017 era de 600 ouvintes mensais (incluindo os lançamentos e episódios antigos). Contudo, em outubro de 2017, fomos convidados a integrar o Portal Deviante – website dedicado à divulgação científica. A partir daí alcançamos em média 30 mil ouvintes mensais, sendo 10 mil para os episódios novos.

 

Aliás, em 2016 passamos a contar com trabalho de edição profissional e que no ano de 2017 também ampliamos a equipe, que inicialmente era composta pelos autores, Augusto Carvalho (responsável pelas artes) e o Adriano João (editor), passando a contar com as contribuições do historiador Willian Spengler e Raphael Bruno (editor).

 

No Fronteiras no Tempo, até julho de 2022, foram lançados 68 episódios que abordam temáticas variadas, como os chamados “clássicos” do estudo e ensino de história como “Independência do Brasil” (2015), “Revolução Francesa”, “Revolução Industrial” (2015), “Reformas Protestantes” (2017), “O Absolutismo” (2020), “Independências na América Espanhola” (2022). Ao tratar desses temas clássicos são explicitadas as formas como a historiografia aborda o tema, problematizando uma série de questões que são do dia a dia do historiador, apresentada sempre em tom de conversa entre dois velhos amigos. Também foram abordados temas de reflexão mais amplos como “Por que estudar a História?” (2014) “Crime e Castigo na História” (2014), “História e Cultura Pop” (2017), “Masculinidades no Cinema” (2019).

 

Em algumas ocasiões os apresentadores/produtores dedicaram-se a analisar uma produção audiovisual específica como a animação “Uma história de amor e Fúria” (2015), o documentário “The Mask You Live In” (lançado no ano de 2019 em parceria com o podcast MeiaEntradaCast) e o longa-metragem “A Vida de Brian” produzido pelo grupo de humor inglês Monty Python em 1979 (2020). Nesses episódios são expressas questões que se relacionam diretamente com a utilização do cinema em sala de aula, esclarecendo que uma obra de ficção ou mesmo documental pode e deve ser analisado como um produto cultural levando em conta uma série de informações projetadas em tela e, sobretudo, questões técnicas como roteiro, direção de fotografia e arte, personagens, etc., pois assim aproximamos os nossos ouvintes com as experiências de docência que ambos possuímos na educação básica e no ensino superior, que incluem tanto a supervisão de estágios como a coordenação de subprojetos de história do PIBID.

 

Quando pensamos e executamos o projeto de produzir um podcast dedicado a temas históricos, não possuíamos familiaridade com as discussões teóricas da história pública, mas sempre a praticamos. Entretanto, nossa prática se tornou também um campo de estudos e pesquisa, sendo que o Marcelo Silva criou um Laboratório de História Pública na UFTM, o Cesar Agenor está desenvolvendo projeto de pesquisa em História Pública na Unicentro-PR e ambos já lecionaram e lecionam em suas IES disciplinas centradas na temática e, além disso, já tiveram a oportunidade de realizar palestras e oficinas em eventos acadêmicos nos últimos dois anos, como no 2º Curso de Introdução a História Pública, na Oficina de Podcast do Museu de Astronomia Nacional e no Programa de Pós-Graduação em História Pública (UNESPAR). Compreendemos que as discussões da História Pública e o desenvolvimento de boas práticas desde a graduação podem contribuir para uma formação mais sólida e atual de licenciandos em História, que os prepare para a docência ao mesmo tempo que os capacite para dialogar com a sociedade por meio das TDIC ou em projetos que envolvam efetivamente comunidades e públicos diversos.

 

Retomando um assunto, em tempos de negacionismos e revisionismos ideológicos, convidamos Marta Rovai mais uma vez a este texto para esclarecer sobre as práticas negacionistas:

 

“Discursos que procuram construir representações sobre grupos vulneráveis no processo histórico, culpabilizando os das injustiças sofridas, naturalizando e simplificando relações sociais complexas num descompromisso com a chamada ‘verdade’ ou ‘honestidade’ histórica” (2020, p.132).

 

Uma outra característica importante da História Pública é o seu engajamento com questões sociais e culturais chave em nosso tempo, como a necessidade de reparação histórica e de justiça social em uma sociedade tão desigual como a brasileira. Adentramos nesses debates públicos fundamentais em nossos episódios de forma transversal a partir de reflexões que abordam diretamente temas como racismo estrutural, patriarcalismo, políticas públicas de reparação histórica, as formas como a desigualdade socioeconômica foram produzidas no passado próximo (como na trilogia sobre a Ditadura Civil-Militar – Episódios 21, 23 e 24), bem como o peso do passado escravagista em nosso dia a dia.

 

Contudo, também lançamos ao longo destes 8 anos uma série de episódios que tratam diretamente de temáticas como racismo, desigualdade, resistência e escravização, a exemplo dos episódios “#4 Raça e Racismo no Brasil” (2014), “#19 Tráfico Negreiro” (2017), “#30 Abolição da Escravidão” (2018), “#31 Revolta da Vacina” (2018), “#35 Indígenas na História do Brasil” (2018), “#36 Zumbis, História e Consciência Negra” (2018), “#39 Revolta da Chibata” (2019), “#54 Mitos da Escravização” (2021), “#66 Afrofuturismo e História” (2022) e “#67 Escravização nas Américas” (2022).

 

Observa-se que no ano de 2018 tivemos a maior concentração de episódios sobre a problemática, somando 40% do total. Esta não foi uma coincidência, pois o processo que Rovai descreve sobre as práticas negacionistas do passado estavam se tornando notórias em debates públicos. A tentativa de reduzir ou mesmo obliterar a promoção de políticas públicas de reparação histórica como as cotas em universidades públicas e a titulação de territórios indígenas e quilombolas eram vociferadas sem pudor e de forma explicitamente racista. Para infelicidade de uma nação que não resolve seus problemas estruturais históricos, essas promessas se tornaram efetivas e muitas versões ideológicas sobre o passado passaram a ganhar cada vez mais espaço, seja em produções como as realizadas pela “Brasil Paralelo”, como analisam Arthur Lima de Ávila (2021) e Marcos Napolitano (Fronteiras no Tempo #59, 2021), e que hoje são transmitidas em canais estatais, ou são incorporadas na Fundação Palmares. Atentos a isso, reunimos uma série destas ideias para serem trabalhadas no episódio “#54 Mitos da Escravização”, no qual as contrapomos com os avanços da historiografia. Aliás, recebemos diversas historiadoras que trabalham a temática no programa “Historicidade”, o que contribuiu para ampliar nossos saberes.

 

Nós sempre adentramos em debates sensíveis e essenciais para a coletividade. Quando produzimos o episódio 29 que comemorava o septuagésimo aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, no mesmo ano de 2018, deixamos claro que era necessário compreendermos o que de fato significava do ponto de vista civilizacional a declaração e como leituras mal intencionadas de diferentes origens e matizes acabavam produzindo interpretações que buscavam minar os avanços e as defesas das minorias de direito em nosso país. O texto do post do episódio diz:

 

“Se você nasceu em qualquer ponto do globo e está lendo esse texto, parabéns! Você é um humano. O fato de ser um humano já lhe insere nos princípios defendidos e assegurados na Declaração Universal dos Direitos Humanos, cujo septuagésimo aniversário de sua proclamação será completado no dia 10 de dezembro. Em tempos de muita confusão conceitual, fake news, revisões históricas não muito precisas e usos políticos variados do termo, é importante que compreendamos o que são os Direitos Humanos e sua construção ao longo da história, especialmente nos últimos dois séculos. Embarque nessa viagem temporal com os historiadores C. A e Beraba. Nesse episódio: Descubra o que são os chamados Direitos Humanos, compreenda a trajetória histórica do Estado de Direito no Ocidente, entenda quais as bases filosóficas que sustentam esses direitos, estabeleça conexões entre a Bill of Rights, a Declaração de Independência dos EUA, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, o nascimento da Organização das Nações Unidas e o surgimento dos Direitos Humanos, e surpreenda-se com as contradições jurídico-filosóficas e o porquê de defendermos a ampliação destes princípios jurídicos e, sobretudo, a aplicação dos seus elementos fundamentais presentes em nossa Constituição de 1988 (FRONTEIRAS NO TEMPO #29, 2018).”

 

Partimos sempre de uma explicação histórica com objetivo de produzir uma educação histórica que contribua significativamente para uma aproximação dos estudos e reflexões produzidas na academia brasileira e, também, para contribuir de alguma forma como historiadores na qualificação do debate público no país, deixando claro que nossa área do saber tem papel fundamental em nossa sociedade e cada vez mais está se tornado imprescindível para formação de uma cidadania ativa. Por isso produzimos e pretendemos continuar produzindo o Fronteiras no Tempo: um podcast de História.

 

Referências biográficas

Dr. Cesar Agenor Fernandes da Silva, professor de História da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNCENTRO-PR)

 

Dr. Marcelo de Souza Silva, professor de História da Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM)

 

Referências bibliográficas

ABPod - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PODCASTS. Podpesquisa: produtores (2020-2021). Website. Disponível em: PodPesquisa – abPod,

 

ALMEIDA, Juniele Rabelo de; ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira (org.). Introdução à história pública. São Paulo: letra e voz, 2011.

 

ALMEIDA, Juniele Rabêlo De; SILVA, Marcia Regina Barros Da Silva;  SANTHIAGO, Santhiago; ALBIERI, Sara (Orgs.). ANAIS Do Simpósio Internacional De História Pública: A História E Seus Públicos. São Paulo: Rede Brasileira De História Pública, USP, 2012.

 

AVILA, Arthur Lima De. Qual passado escolher? Uma discussão sobre o negacionismo histórico e o pluralismo historiográfico. Revista Brasileira De História [Online]. 2021, v. 41, n. 87 [acessado 6 março 2022], p.161-184. Disponível em: <Https://Doi.Org/10.1590/1806-93472021v42n87-09>. Epub 02 Jul 2021. ISSN 1806-9347

 

CARVALHO, Bruno Leal Pastor De. História Pública: uma breve bibliografia comentada. (bibliografia comentada). In: Café História – História Feita Com Cliques. Disponível Em: https://www.cafehistoria.com.br/historia-publica-biblio/. Publicado Em: 6 Nov. 2017. Acesso: janeiro de 2020.

 

Fronteiras no Tempo #2 – Por que conhecer a História? Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 30/09/2014. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-2-por-que-conhecer-a-historia/

 

Fronteiras no Tempo #3 – Crime e castigo na História. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 31/10/2014. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-3-crime-e-castigo-na-historia/

 

Fronteiras no Tempo #4 – Raça e racismo no Brasil. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 01/12/2014. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-4-raca-e-racismo-no-brasil/

 

Fronteiras no Tempo #5 – Ficção e História: uma História de Amor e Fúria. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 02/02/2015. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-5-ficcao-e-historia-uma-historia-de-amor-e-furia/

 

Fronteiras no Tempo #6 – Revolução Industrial. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 16/06/2015. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-6-revolucao-industrial/

 

Fronteiras no Tempo #9 – Independência do Brasil. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 16/12/2015. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-9-independencia-do-brasil/

 

Fronteiras no Tempo #15: História e Cultura Pop. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Artur Lopes, Rodolfo Grande Neto, Victor Moraes. S.l.] Portal Deviante, 01/01/2017. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-15-historia-e-cultura-pop/

 

Fronteiras no Tempo #19: Tráfico Negreiro. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 27/05/2017. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-19-trafico-negreiro/

 

Fronteiras no Tempo #20: Reforma Protestante. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 11/07/2017. Podcast. Disponível em:  https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-20-reformas-protestantes/

 

Fronteiras no Tempo #21: Golpe de 1964. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 20/08/2017. Podcast. Disponível em:  https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-21-golpe-de-1964/

 

Fronteiras no Tempo #22: Ditadura Civil-Militar. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva. S.l.] Portal Deviante, 02/09/2017. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteirasnotempo/fronteiras-no-tempo-22-ditadura-civil-militar/

 

Fronteiras no Tempo #24: Fim da Ditadura Civil-Militar. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 02/11/2017. Podcast. Disponível em:  https://www.deviante.com.br/destaque/fronteiras-no-tempo-24-fim-da-ditadura-civil-militar/

 

Fronteiras no Tempo #29: Declaração Universal dos Direitos Humanos. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 08/05/2018. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-29/

 

Fronteiras no Tempo #30: Abolição da escravidão. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 05/06/2018. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-30-abolicao-da-escravidao/

 

Fronteiras no Tempo #31: Revolta da Vacina. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 04/07/2018. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-31/

 

Fronteiras no Tempo #32: Revolução Francesa. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 02/08/2018. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/destaque/fronteiras-no-tempo-32-a-revolucao-francesa/

 

Fronteiras no Tempo #35: Indígenas na História do Brasil. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 23/11/2018. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-35-indigenas-na-historia-do-brasil/

 

Fronteiras no Tempo #36: Zumbis, História e Consciência Negra. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 20/11/2018. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-36-zumbis-historia-e-consciencia-negra/https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-36-zumbis-historia-e-consciencia-negra/

 

Fronteiras no Tempo #39: Revolta da Chibata. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Willian Spengler. S.l.] Portal Deviante, 14/05/2019. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-39-revolta-da-chibata/

 

Fronteiras no Tempo #40 Masculinidades no Cinema. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Renan Fileto e Willian Spengler. [S.l.] Portal Deviante, 11/06/2019. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-40-masculinidades-no-cinema/

 

Fronteiras no Tempo apresenta: MeiaEntradaCast #124 The Mask You Live In. Locução: Renan Fileto, Cesar Agenor F. da Silva e Marcelo de Souza Silva. [S.l.] Portal Deviante, 18/06/2019. Podcast. Disponível em: https://www.deviante.com.br/podcasts/fronteiras-no-tempo-apresenta-meiaentradacast-124-the-mask-you-live-in/

 

Fronteiras no Tempo #51 O Absolutismo. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 22/09/2020. Podcast. Disponível em: http://www.deviante.com.br/?p=41681&preview=true

 

Fronteiras no Tempo #53 Especial de Natal – A vida de Brian. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Thiago Meister Carneiro e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 22/12/2020. Podcast. Disponível em http://www.deviante.com.br/?p=43665&preview=true 

 

Fronteiras no Tempo #54 Mitos da escravização. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 17/02/2021. Podcast. Disponível em http://www.deviante.com.br/?p=44900&preview=true

 

Fronteiras no Tempo #59 Negacionismo e revisionismo histórico no século XXI. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Marcos Napolitano e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 24/08/2021. Podcast. Disponível em: http://www.deviante.com.br/?p=48360&preview=true

 

Fronteiras no Tempo #66 Afrofuturismo e História. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza Silva, Ale Santos e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 19/04/2022. Podcast. Disponível em: http://www.deviante.com.br/?p=52312&preview=true

 

Fronteiras no Tempo #67 Escravização nas Américas. Locução: Cesar Agenor F. da Silva, Marcelo de Souza e Silva e Willian Spengler [S.l.] Portal Deviante, 23/06/2022. Podcast. Disponível em: http://www.deviante.com.br/?p=53301&preview=true

 

MALERBA, J. Os historiadores e seus públicos: desafios ao conhecimento histórico na era digital. Revista Brasileira De História. São Paulo, V. 37, nº 74, 2017. disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1806-93472017v37n74-06

 

MAUAD, A. M.; SANTHIAGO, R; BOGES, V. T. (Org). Que História Pública Queremos? São Paulo: Letra e Voz, 2018.

 

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PORTAL Deviante. [homepage]. s/d. Disponível em: <https://www.deviante.com.br/>

 

ROVAI, Marta Gouveia de Oliveira. História Pública: um desafio democrático aos historiadores. In: REIS, Tiago Siqueira; SOUZA, Carla Monteiro de; OLIVEIRA, Monalisa Pavonne; LYRA JÚNIOR, Américo Alves de. Coleção História Do Tempo Presente: Volume II. Boa Vista: UFRR, 2020, E-Book

 

SILVA, Cesar Agenor F. da Silva; SILVA, Marcelo Souza. Fronteiras no Tempo. [homepage]. 2014. Disponível em: <www.fronteiasnotempo.com>

 

SILVA, Marcelo de Souza; SILVA, Cesar Agenor Fernandes da. A divulgação científica em história por meio de podcasts: possibilidades de educação histórica pela internet. In:  LARA, Renata Marcelle; CAMARGO, Hertz Wendel de (org.). Conexões: mídia, cultura e sociedade. Londrina : Syntagma Editores, 2017, p.257-285.

10 comentários:

  1. Olá! Aqui quem escreve é o Willian Spengler.

    Sou mais do que suspeito para comentar, é verdade, mas...

    Quais são os maiores desafios em se produzir um podcast de qualidade, em dias de negacionismo tosco e míope, como os hodiernos?

    Abraços, amigos!

    Saudações!

    Willian Spengler

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    1. Meu caro Will, obrigado pela pergunta!
      Penso como o Cesar: precisamos criar pontes através da nossa inserção enquanto professores/historiadores e dialogar com o público. E precisam ser pontes que mantenham a qualidade acadêmica, mas sem apelar para a linguagem acadêmica tradicional, que não tem problema em si, quando está no lugar para onde foi feita. As formas de comunicação e interação proporcionadas pela web 2.0 precisam ser melhor compreendidas e instrumentalizadas pelos docentes de todas as áreas, mas claro que isto não é a única ação que pode ser feita para combater o negacionismo, não é só responsabilidade dos professores e pesquisadores. É também necessário investimentos pesados e qualificados para a melhoria do ensino público. Dito isto, contribuímos todos, você também, mesmo que em nossa pequena parcela, para vencer estes tempos em que vigora a falta de caráter (picaretagem em linguagem popular) de produtores de conteúdo e que, por terem dinheiro e acesso a formas de produção e divulgação melhores, acabam disseminando informações erradas. Mais uma vez, obrigado, meu amigo. Abraço!

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  2. Olá Willian! Em primeiro lugar agradeço pela interação com nosso trabalho.

    É interessante pensar nas perspectivas e, sobretudo, nos desafios que os negacionismos e os revisionismos ideológicos nos apresentam. Inicialmente é importante conseguirmos trabalhar em uma linguagem que permita que barreiras de comunicação sejam quebradas ou minimizadas. A partir daí é deixar claro os passos, caminhos e trajetórias que os historiadores e historiadoras percorrem nas etapas da pesquisa, desde as leituras e questões do tempo presente que o levam a formular uma pergunta, um problema, ao passado até as minucias do trabalho de investigação do corpus documental selecionado, chegando a formulação do resultado final.
    Concorrer com as estratégias comunicacionais negacionistas/revisionistas é uma tarefa que exige muito mais que empenho, demanda um planejamento detalhado das etapas de produção e divulgação dos episódios de um podcast, ainda mais quando nossos recursos financeiros são, geralmente, muito menores do que os inventores "paralalelos" de uma história "brasileira paralela".
    Espaços como esse de dialogo, permitem que possamos construir coletivamente novas soluções e estratégias.
    Espero ter respondido a contento.
    Grande abraço

    Cesar Agenor Fernandes da Silva

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    1. É interessante observar a dissociação cognitiva que vem à reboque dos negacionismos, não?

      Evidências e fatos entram em choque com valores ou crenças subjetivas, então o negacionista seleciona uma narrativa alternativa para "explicar" a realidade (quase uma história ad hoc, como lhe convém). A ignorância não é causa do negacionismo, pasmem, mas sua consequência, e fabricada propositalmente.

      Negacionismo, teorias conspiratórias e pseudociência são estratégias típicas de governos autoritários. Mera coincidência com o hoje? Definitivamente, não.

      Grato pela atenção.

      Saudações!

      Willian Spengler

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  3. Primeiramente parabéns pelo trabalho.

    Também temos produzido podcats aqui na escola e nosso desafio agora é tanto que as/os estudantes sejam produtores, quanto aumentar o público que ouve. Se pudesse comentar mais estratégias para engajar as/os estudantes na produção e na divulgação, eu ficaria muito agradecido.

    Abraços

    Harian Braga
    Professor da Rede Municipal de Campinas-SP

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    1. Olá Harian, em primeiro lugar agradeço pela interação e parabenizo pela iniciativa.
      Tenho estudado algumas iniciativas internacionais de uso e produção de podcasts na educação básica e superior, podemos estreitar o contato para trocar materiais e informações posteriormente.
      Para responder a questão nesse momento é importante entender alguns pontos da propostas de vocês:
      1. O podcast é produzido como material complementar ou é desenvolvido para atividades específicas?
      2. Qual formato de programas estão desenvolvendo?
      3. Os estudantes estão envolvidos em todo o processo?
      4. A intenção é atingir a comunidade escolar toda ou as turmas de forma específica? Ou um público amplo via agregadores de podcast e apps de música como o Spotify?

      Com os estudantes envolvidos, é importante trabalhar a construção de todo o processo (do roteiro
      à divulgação do episódio pronto), assim o engajamento surge de forma orgânica, o processo deve ser a estrela do projeto. Claro que sabemos que existem diferentes formas de inclusão digital, sendo que alguns estudantes tem mais acesso e familiaridade que outros.
      Uma forma de engajamento que pode funcionar são cortes que possam ser distribuídos pelo whatsapp, na qual as famílias possam ouvir seus filhos e os professores deles, e a partir daí a chamada para ouvir o programa completo por outro meio.
      Vou deixar meu e-mail a seguir e quero que saiba que será um prazer poder contribuir com o projeto de vocês.

      Atenciosamente,

      Cesar Agenor Fernandes da Silva
      cesaragenor@unicentro.br

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    2. Haran, obrigado pela pergunta. Parabéns pelo seu trabalho também. Faço minhas as palavras do César. Acredito que o público deve partir organicamente da comunidade escolar e depois, em rede, atingir outras comunidades. Mas uma coisa que considero importante é sempre lembrar aos seus alunos que o mais importante é o processo e o quanto estão aprendendo com esta atividade.

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  4. Excelente trabalho, contribuirá bastante para o processo de ensino!
    Minha pergunta é: Como fazer com que os alunos se interessem pelo uso de podcasts? Considerando que as plataformas mais utilizadas pelos alunos são as redes sociais como TikTok e instagram, há possibilidade de somar esses recursos para obtenção da atenção dos alunos?


    Julia Roberta Melo Ribeiro

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    1. Olá Julia! Agradeço os elogios e especialmente pela interação com nossa comunicação.
      Pensar os projetos para multiplataformas é interessante e tem se mostrado eficaz em muitos casos. Contudo, é importante ter a clareza que se tratam de linguagens diferentes e, por tanto, seu consumo também o é.
      Podcasts curtos e direcionados para determinado conteúdo histórico ou atividade podem ser bem interessantes, de acordo com o projeto que se queira adotar. O Fronteiras no Tempo, por exemplo, ele é um programa com duração relativamente longa, não é muito recomendado, por exemplo, para estudantes do ensino fundamental, mas para o Ensino Médio ele se mostra muito adequado. Não encontrei em minhas pesquisas algum podcast de história voltado exclusivamente para o ensino fundamental II. No portal deviante temos o Scikids [https://www.deviante.com.br/podcasts/scikids/] voltado para crianças e adolescentes. Ele é bem abrangente e os especialistas respondem as questões sobre diferentes campos científicos que o público envia. Normalmente os pais quem apresentam o programa.
      Também temos o caminho da sensibilização com a mídia, com aproximações e apresentação de diversos formatos e programas, tanto para os estudantes quanto aos seus familiares. O cardápio é muito amplo, porém como nós temos a capacidade de realizar uma curadoria ou até mesmo desenvolver projetos próprios, que não necessariamente precisa atingir milhões de pessoas, mas dialogar com um público específico ou ser aplicado em um projeto de ensino.
      Novamente agradeço pela interação na esperança de ter respondido adequadamente a sua questão.

      atenciosamente

      Cesar Agenor Fernandes da Silva
      cesaragenor@unicentro.br

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    2. Júlia, obrigado pela pergunta que, aliás, é a mesma que acompanha os professores e professoras há décadas, desde que resolvemos que era importante trabalhar com Tecnologia de Informação e Comunicação. Sempre, de uma geração para a outra, há saltos que geram desinteresse pelo antigo e empolgação com o novo. Neste caminho, muita coisa se criou e se perdeu em algum "modismo". Fora este fato, creio que o César pontuou muito bem a questão das linguagens na utilização de cada tipo de mídia. Eu acredito que devemos ficar atentos a estas possibilidades de usar outras mídias, até porque elas avançam e cativam mais uma geração de pessoas do que outra. Contudo, o podcast ainda assim é uma porta de entrada interessante para começarem as experiências na produção de materiais para a internet, a partir daí outras vão surgir e já com a qualidade a experiência anterior proporcionou.

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