Francisco Lucas Gonçalves dos Reis e Jakson dos Santos Ribeiro

 

PATRIMÔNIO NA PALMA DA MÃO: A HISTÓRIA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA CIDADE DE CAXIAS/MA

 

Introdução

Este artigo apresenta e discute a fase inicial do desenvolvimento da pesquisa acadêmica de iniciação científica no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação - PIBITI 2021/2022. O título do projeto consiste na proposta “O desenvolvimento de aplicativo como auxílio na aprendizagem da educação patrimonial da cidade Caxias/MA”; e o plano de trabalho em desenvolvimento é “PATRIMÔNIO NA PALMA DA MÃO: a história do patrimônio histórico da cidade de Caxias/MA”.

 

Objetiva-se a elaboração de um aplicativo que forneça apoio aos professores e alunos da Rede de Educação Básica de Caxias- MA no que diz respeito ao ensino sobre o patrimônio histórico da cidade de Caxias/MA.

 

Tendo em vista as novas demandas que surgem na sociedade e que acabam por adentrar o espaço da escola é de fundamental importância aliar o uso das tecnologias com o Ensino de História, com vistas a dinamizar as oportunidades de aprendizado. Dentre as questões principais e que são de urgente debate estão: a crise da memória, das identidades e consequentemente a desvalorização dos chamados “lugares de memória”, expressão utilizada por Pierre Nora referindo-se aos  espaços e temporalidades que acabam por ser sacralizados em determinados grupos na sociedade (GEVEHR, 2016).

 

Nesse sentido, a preocupação com a preservação do patrimônio cultural implica antes uma Educação patrimonial, que está intrinsecamente relacionada ao processo de “alfabetização cultural” tornando possível aos indivíduos fazerem a leitura do mundo que os rodeia, o que lhes permite compreender o universo sociocultural e a trajetória histórica do lugar em que estão inseridos. (HORTA; GRUMBERG; MONTEIRO; 1999) É também uma forma de evitar a perda de referências de identidade para as gerações atuais e posteriores.

 

“A Educação patrimonial ajuda a despertar no aluno o sentimento de pertencimento ao mundo em que vive. Esse ponto é fundamental, dada a importância dos estudantes se perceberem como sujeitos históricos, o que só ocorre quando eles percebem os esforços dos nossos antepassados para chegarmos ao estágio atual.” (PINSKI, 2010, p.21 apud SOUZA, 2016, p. 42).

 

Dentre as principais referências estão ALMEIDA (2008); SANTOS (2018); SOUZA (2016); HORTA; GRUMBERG; MONTEIRO, (1999) e PESAVENTO (2005). Os dados estão sendo organizados em tabela que contém diversas imagens e conteúdos retirados dos trabalhos analisados, e que posteriormente vão para o app.

 

 

Metodologia

Para chegar ao produto final aqui pretendido (o aplicativo sobre o patrimônio histórico da cidade de Caxias/MA), a presente pesquisa passará por algumas etapas descritas adiante.

 

Primeiro, será realizado um levantamento de trabalhos que abordem sobre a história do Patrimônio Histórico de Caxias- Ma, ou aspectos específicos que possam contribuir para a pesquisa, tais como o patrimônio, suas igrejas e praças, seus escritores, etc.

 

Dentre as principais referências para a pesquisa estão: “O patrimônio edificado no Centro de Caxias- MA: entre a materialidade e a imaterialidade”, de  Eliane Sousa de ALMEIDA (2008); “Fragmentos da memória: contribuições a história da cidade de Caxias do Maranhão”, de Mariângela Santana Guimarães SANTOS (2018); “Educação Patrimonial: passados possíveis de se preservar em Caxias - MA”,  de Joana Batista de SOUZA (2016); “Guia Básico de Educação Patrimonial”  de Maria de Lourdes HORTA; Evelina GRUMBERG e Adriane MONTEIRO, (1999).

 

Após este primeiro momento, segue-se à leitura dos trabalhos para a constituição de um referencial teórico sobre Patrimônio e Ensino de História, assim como obter  imagens e conteúdos relevantes à respeito do patrimônio histórico da cidade de Caxias/MA, e que serão trabalhados para uma linguagem voltada para os alunos da educação básica. Estes dados estão sendo organizados em tabela, e serão inseridos no aplicativo que será desenvolvido na plataforma de criação de app’s Kodular.

 

A plataforma Kodular é uma ferramenta online que permite que qualquer pessoa crie seu próprio aplicativo sem ter que aprender nenhuma linguagem de codificação, uma vez que se baseia na programação por blocos lógicos. Nesta plataforma também é possível publicar o aplicativo desenvolvido, na playstore (loja de app’s Android).

 

O aplicativo objetiva contemplar além dos aspectos da história do patrimônio cultural material de Caxias, o que significa que contemplará ainda a história a respeito dos costumes e tradições da cidade que constituem seu patrimônio imaterial.

 

Patrimônio e Ensino de História

Em “A Alegoria do Patrimônio”, (2001) Françoise Choay destaca:

 

“Patrimônio histórico. A expressão designa um bem destinado ao usufruto de uma comunidade que se ampliou a dimensões planetárias, constituído pela acumulação contínua de uma diversidade de objetos que se congregam por seu passado comum: obras e obras-primas das belas-artes e das artes aplicadas, trabalhos e produtos de todos os saberes e savoir-faire dos seres humanos. Em nossa sociedade errante, constantemente transformada pela mobilidade e ubiquidade de seu presente, "patrimônio histórico" tornou-se uma das palavras-chave da tribo midiática. Ela remete a uma instituição e a uma mentalidade.” (CHOAY, 2001, p. 11)

 

Para a autora,  o Patrimônio Histórico não é temática que requeira apenas nossa aprovação, mas que requer também questionamento, pois se constitui num elemento revelador, da condição da sociedade e das questões que ela encerra.  Desta forma, o patrimônio se relaciona diretamente com a vida das pessoas, em especial o patrimônio histórico representado pelas edificações. (CHOAY, 2001)

 

No entanto, na contemporaneidade tem se tornado cada vez mais difícil a luta pela preservação do patrimônio histórico das cidades, seja pela apropriação e modificação para outros usos, reflexos do “progresso”, como pelo próprio desinteresse dos jovens na preservação do patrimônio da cidade imersos na concepção de que são apenas edifícios “velhos”, sem importância histórica. Questões que são extremamente preocupantes, dada a importância do patrimônio e dos “lugares de memória” para a construção das identidades dos sujeitos que habitam a cidade.

 

É nesse contexto que percebemos a necessidade de um Ensino de História preocupado com a história local, em especial com o patrimônio histórico da cidade, uma vez que os bens patrimoniais também guardam a história da cidade. Reconhecer a cidade como “propriedade cultural partilhada” (PESAVENTO, 2005, p. 15) demanda antes uma aprendizagem, o que podemos denominar como Educação Patrimonial.

 

Segundo (HORTA; GRUMBERG; MONTEIRO; 1999, p. 4), a Educação Patrimonial:

 

“Trata-se de um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no Patrimônio Cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. A partir da experiência e do contato direto com as evidências e manifestações da cultura , em todos os seus múltiplos aspectos, sentidos e significados, o trabalho da Educação Patrimonial busca levar as crianças e adultos a um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os para um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos, num processo contínuo de criação cultural.” (HORTA; GRUMBERG; MONTEIRO; 1999, p. 4)

 

Dessa forma, uma questão importante, dentro do Ensino de História, e que deve acompanhar as discussões atuais, está na problematização dos chamados “lugares de memória” como protagonistas das aulas de História na educação básica, uma vez que esses lugares são capazes de produzir significados para os sujeitos, permitindo a identificação e a associação. São lugares historicamente construídos e que fazem parte da cultura e da formação da identidade e também do grupo que o sujeito faz parte.

 

O professor, ao discutir com os alunos o processo de criação desses lugares, ajudará os alunos a reconhecerem os interesses, ideologias e poder de alguns grupos na sociedade que impuseram sua cultura. Assim, os alunos desenvolvem a capacidade de crítica e reflexão a respeito da produção cultural presente no seu contexto de vivência, a exemplo da compreensão sobre os nomes das ruas e avenidas da sua cidade.

 

Como afirma Pesavento (2005, p. 11):

“Recuperar a cidade do passado implica, de uma certa forma, não apenas registrar lembranças, relatar fatos, celebrar personagens, reconstruir, reabilitar ou restaurar prédios, preservar materialmente espaços significativos do contexto urbano. Todo traço do passado pode ser datado através do conhecimento científico, ou classificado segundo um estilo preciso, mas o resgate do passado implica em ir além desta instância, para os domínios do simbólico e do sensível, ao encontro da carga de significados que esta cidade abrigou em um outro tempo. Ao salvaguardar a cidade do passado, importa, sobretudo, fixar imagens e discursos que possam conferir uma certa identidade urbana, um conjunto de sentidos e de formas de reconhecimento que a individualizem na história.” (PESAVENTO, 2005, p. 11)

 

Alguns trabalhos importantes já trataram sobre  o patrimônio histórico da cidade de Caxias/MA, dentre eles alguns trabalhos acadêmicos, como a tese de Mariângela Santana Guimarães Santos, com o título “Fragmentos da memória: contribuições à história da cidade de Caxias do Maranhão” (2018). Neste trabalho, a autora traz uma história da cidade a partir do diálogo com a memória de alguns moradores e também de professores acadêmicos. Em seu trabalho temos a história de alguns bairros; relatos sobre as festas religiosas; sobre as fábricas têxteis; as igrejas; praças; estação ferroviária; as ruínas da Balaiada; etc.

 

Ao trazer discussões sobre Memória e História, Santos (2018, p. 32) ressalta que,

 

“Sem memória o indivíduo se perde, vive unicamente um momento, perde sua capacidade conceitual e cognitiva. Sua identidade se desvanece, produz uma sucessão de pensamentos, um pensamento sem duração, sem a recordação de sua gênesis, condição necessária para a consciência e para vários aspectos que vão para além do exposto ou do imaginável. Eis a razão pela qual a memória faz parte do sujeito.” (Santos, 2018, p. 32)

 

Assim, a memória tem contribuição fundamental para a construção da identidade dos sujeitos. É esta memória que possibilita aos habitantes da cidade perceberem sua própria história de vida, sendo então imprescindível, pois esclarece o vínculo entre a sucessão de gerações e o tempo histórico que as acompanha, do contrário, a população urbana não teria condições de compreender a história de sua cidade, como o espaço urbano foi produzido pelos homens através dos tempos, nem mesmo a origem do processo que a caracterizou.

 

Dessa forma,

 

“[...] sem memória não se pode situar na própria cidade, pois se perde o elo afetivo que propicia a relação habitante-cidade, impossibilitando ao morador de se reconhecer enquanto cidadão de direito e deveres e sujeito da história.” (LE GOFF, 1996, p. 535).

 

Outro trabalho importante é a dissertação de Joana Batista de Souza, intitulada “Educação Patrimonial: passados possíveis de se preservar em Caxias - MA” (2016). Neste trabalho, a autora discute sobre a metodologia da Educação Patrimonial no contexto das escolas públicas de Caxias - MA, de modo a gerar um diálogo entre os indivíduos e o patrimônio cultural; e questiona qual a relação da metodologia da Educação patrimonial com a preservação do patrimônio local. A autora trabalha a relação do Ensino de História e a Consciência Histórica, além do conceito de educação patrimonial, em especial o Patrimônio Histórico e Cultural em Caxias.

 

Como afirma a autora:

 

“Não há em Caxias uma preocupação efetiva para com a preservação do patrimônio, nem a nível material, ou mesmo imaterial, assim como acontece em outras regiões do país como nas cidades históricas de Minas Gerais, de Goiás e Pernambuco entre outras, que tanto as autoridades como os cidadãos, além de se identificar com o patrimônio, tentam preservá-lo, como garantia de preservar o passado e, sobretudo sua História.” (SOUZA, 2016, p. 53)

 

Santos (2018, p. 54) nos lembra que o centro histórico da cidade de Caxias foi tombado pela 3ª Superintendência do Estado do Maranhão como Centro Histórico de Caxias, compreendido como núcleo inicial e originador da cidade, assim como os locais contíguos que se consolidaram no final século XIX, de acordo com a Lei Estadual nº. 3.999, de 6 de dezembro de 1978 e o Decreto nº. 11.681, de 29 de novembro de 1990.

 

O mapa a seguir ilustra o Centro Histórico de Caxias,


 


Fonte: SOUZA, 2016, p. 96. Ilustração de Joana Batista de Souza. - Limite de tombamento - Centro Histórico de Caxias/MA.

 

Como ressaltam  (HORTA; GRUMBERG; MONTEIRO; 1999), os Centros Históricos ajudam a estimular o professor e seus alunos a estabelecerem e compreenderem as relações fundamentais entre o presente, o passado, e as mudanças ocorridas nos modos de vida das pessoas que neles viveram, assim como nas próprias cidades.

 

No texto de Eliane de Sousa Almeida, “O patrimônio edificado no Centro de Caxias- MA: entre a materialidade e a imaterialidade” (2008), a autora discute o patrimônio edificado de Caxias como lugar de memória, uma vez que as edificações apresentam significados diferentes para quem vivencia a cidade. O trabalho contempla discussões teóricas sobre o conceito de patrimônio que reflete nas noções de cultura, memória e identidades. Esta dissertação também traz várias imagens e a história do patrimônio edificado da cidade, assim como ilustrações sobre o Centro Histórico de Caxias - MA.

 

A autora chama a atenção para as mudanças já ocorridas no Centro Histórico de Caxias,

 

“Assim, o centro histórico de Caxias concentra uma significativa quantidade de elementos arquitetônicos sobreviventes, dado o seu caráter singular, isto é, construções em que a melhor qualidade dos materiais utilizados lhes permitiu resistir às intempéries – da natureza e do homem. Contudo, é bom deixar registrado, que essas edificações foram alteradas, pois ao longo dos séculos introduziram-se modificações de acordo com conveniências pessoais, interpretações e utilizações mais racionais, ao melhorar o que estava “velho” e introduzir novidades, como novos materiais, cores e formas.” (ALMEIDA, 2008, p. 55)

 

A seguir temos algumas imagens contempladas no trabalho:

 


Fonte: Almeida (2008). Fachada de casa no Centro Histórico de Caxias.

 

Fonte: Almeida (2008). Palácio Duque de Caxias.

 

O trabalho de Almeida (2008) traz aspectos necessários á discussão sobre o patrimônio edificado de Caxias, destacando a influência de São Luís,  de quem Caxias sofre influência, sobretudo no aspecto do patrimônio edificado.

 

Desenvolvimento do aplicativo

O aplicativo, produto final da presente pesquisa, está sendo desenvolvido na plataforma de criação de app’s Kodular. A plataforma é uma ferramenta online que permite a criação de aplicativos sem a necessidade de conhecimentos aprofundados sobre linguagens de programação, uma vez que se baseia na programação por blocos lógicos.

 

Para isso, a plataforma oferece uma série de componentes, com diversas funções, como os componentes de mídia, conectividade, botões, players, visualizador de listas etc, que podem ser encontrados na aba “designer”, e depois são arrastados para dentro da tela, como mostra a imagem a seguir:

Fonte: Elaborada pelo autor, Relatório Parcial 2022.

 

No centro da tela fica o espaço de visualização do layout e como estão dispostos os componentes arrastados para a tela. Do lado direito, é possível clicar sobre um componente específico e alterar as suas propriedades, como tamanho, cor, imagem de fundo, disposição na tela (à esquerda; à direita, centro, abaixo, etc).

 

Quanto ao desenvolvimento, depois de organizados os componentes na tela, para que o aplicativo execute alguma função, é necessário combinar os componentes no espaço destinando aos blocos lógicos, como veremos a seguir:

 


Fonte: Elaborada pelo autor, Relatório Parcial 2022.

 

Como podemos ver na imagem acima, os componentes precisam ser organizados por meio dos blocos lógicos, que possuem alguns funcionalidades, escolhidas de acordo com o que se pretende executar:


Fonte: Elaborada pelo autor, Relatório Parcial 2022.

 

No exemplo acima, estamos na “Screen1” (Tela1), e os blocos mostrados estão executando a função de iniciar um som ao abrir a tela, assim como abrir outra tela ao clicar na “Image3”. Traduzindo os blocos, fica da seguinte forma: “When Screen1 initialize, do call Sound1 Play” (Quando a tela1 iniciar, chame o Som1 para tocar)/ “When Image3 Clik do open another screen screen name ‘Screen3’” (Quando a imagem 3 for clicada, abra outra tela chamada Tela3).

 

Depois de organizados os blocos lógicos, é possível testar o aplicativo clicando em “Test” ou em “Export”. Ao escolher a opção de exportar, é gerado o aplicativo no formato (.apk) para instalar no celular.

 


Fonte: Elaborada pelo autor, Relatório Parcial 2022.

 

A seguir podemos ver algumas telas do aplicativo em desenvolvimento:

 


 
Fonte: Elaborada pelo autor, Relatório Parcial 2022.


Fonte: Elaborada pelo autor, Relatório Parcial 2022.

 

A grande maioria das imagens que irão compor o aplicativo, foram obtidas a partir do levantamento dos trabalhos sobre o patrimônio histórico da cidade de Caxias/MA, onde podemos ver a história dos prédios históricos da cidade, assim como a memória relacionada aos mesmos. Essas imagens foram organizadas em uma planilha do google, com suas devidas referências. São imagens que retratam os mais variados aspectos da cidade e que farão parte do conteúdo do aplicativo.

 

As imagens a seguir retratam a tabela descrita anteriormente:

 

Fonte: Elaborada pelo autor, Relatório Parcial 2022.

 

Considerações finais

A partir das leituras realizadas, foi possível perceber a urgência das ações no sentido da preservação do patrimônio histórico-cultural de Caxias, seja ele material ou imaterial. E como estratégia, um dos pontos fundamentais reside na educação do olhar dos estudantes para a história local, em especial a história do patrimônio da cidade.

 

Com as discussões teóricas, foi possível constatar que os autores são unânimes ao reconhecerem a importância da preservação e valorização do patrimônio histórico da cidade, uma vez que se constitui num elemento fundamental para a formação da identidade dos habitantes.

 

Ao trabalhar com os alunos a história do patrimônio da cidade, o professor pode estimular o desenvolvimento da capacidade crítica e de reflexão dos alunos a respeito da produção cultural presente no seu contexto de vivência, a exemplo da compreensão sobre os nomes das ruas e avenidas da sua cidade. Esse exercício contribui para o sentimento de pertencimento e um novo olhar para a cidade.

 

Os desafios que aparecem estão em conseguir despertar o interesse dos alunos nessas temáticas, ou conseguir mostrar a eles a importância delas. Por isso, é imprescindível que se lance mão do uso de meios tecnológicos acessíveis como metodologia para tornar mais próximo a cidade e os alunos.

 

Levar o patrimônio da cidade por meio de um aplicativo permite ao professor trabalhar de maneira interativa e dinâmica a temática, o que pode instigar o interesse dos alunos, suscitando dúvidas e reflexões sobre a história da cidade. O aplicativo em desenvolvimento objetiva proporcionar isso, viabilizando o acesso a todos que tenham interesse na história do patrimônio local, sem esquecer que a visita aos lugares ainda é uma experiência de muito valor.

 

Referências biográficas

Francisco Lucas Gonçalves dos Reis é Graduando do Curso de História – Licenciatura, da Universidade Estadual do Maranhão, campus Caxias (CESC-UEMA).

Jakson dos Santos Ribeiro é Professor Adjunto I da Universidade Estadual do Maranhão (CESC/UEMA), Doutor em História Social da Amazônia (UFPA), Mestre em História Social (UFMA) e Graduado em História (UEMA).

 

Referências bibliográficas

ALMEIDA, Eliane de Sousa. O patrimônio edificado no Centro de Caxias- MA: entre a materialidade e a imaterialidade. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas), Universidade Federal do Piauí, Curso de Pós-graduação em Políticas Públicas do Centro de Ciências Humanas e Letras. Teresina- PI: UFPI, 2008. 166fls.

 

CHOAY, Françoise. A Alegoria do Patrimônio. São Paulo: Estação Liberdade / Ed. Unesp, 2001.

 

GEVEHR, Daniel Luciano. A crise dos lugares de memória e dos espaços identitários no contexto da modernidade: questões para o ensino de história. Revista Brasileira de Educação v. 21 n. 67 out.-dez. 2016.

 

HORTA, Maria de Lourdes P.; GRUMBERG, Evelina; MONTEIRO, Adriane Q. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Museu Imperial, 2006 [1999].

 

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Ed. Unicamp, 1990.

 

PESAVENTO, Sandra Jatahy. Cidade, espaço e tempo: reflexões sobre a memória e o patrimônio urbano. In: Cadernos do LEPAARQ, Pelotas, vol. 2, n. 4, 2005, p. 9-17. Disponível em:

<https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/article/view/893>.

 

SANTOS, Mariângela Santana Guimarães. Fragmentos da memória: contribuições á história da cidade de Caxias do Maranhão. Tese (Doutorado) - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Curso de Pós-graduação em História. São Leopoldo: UNISINOS, 2018. 208f.

 

SOUZA, Joana Batista. Educação Patrimonial: passados possíveis de se preservar em Caxias - MA. Dissertação (Mestrado em História, Ensino de História e Narrativas) - Universidade Estadual do Maranhão. São Luís, 2016. 147f.

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