Grazyelli Cristina da Costa e Jean Carlos Moreno

 

YOUTUBE E ENSINO DE HISTÓRIA: LINGUAGEM E ACELERAÇÃO DO TEMPO 

 

O presente artigo faz parte de uma pesquisa em andamento dentro do programa do Mestrado Profissional em História (ProfHistória), ofertado a nível nacional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com outras instituições de nível superior da rede pública, dentre as quais a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

 

Pretende-se durante a pesquisa refletir sobre o seguinte aspecto: como podemos aproveitar de forma efetiva o potencial das novas plataformas, mais especificamente do Youtube, para o Ensino de História, tornando-a aliada e não concorrente de nossas práticas de ensino?

 

Evidentemente que esta pesquisa, ainda em fase inicial, não surgiu como um acaso. Ela está profundamente relacionada a aspectos pessoais e profissionais da autora. Nesta sociedade da informação, na qual vivemos, é possível perceber em nosso dia a dia – e também no de muitos alunos, provavelmente – que o acesso ao saber já não se restringe aos muros da escola. As maneiras de se obter e estruturar saberes e conhecimentos se transformam constantemente, logo “a estrutura social da sociedade e a forma como a aprendizagem está estruturada – o modo como passa de mãe para filha, de pai para filho, de tio materno para sobrinho, de xamã para aprendiz, de especialistas mitológicos para especialistas lógicos– determinam muito mais do que o conteúdo real da aprendizagem, determinam como individualmente se vai aprender a pensar e como o estoque de aprendizagens, a soma total de peças separadas de habilidades e conhecimento [...] é compartilhada e usada.” (MEAD, 1964, p.79 GOODSON, 2007, p.2 apud). Assim sendo, ensinar História é ainda mais desafiador em pleno início de século XXI, pois as novas tecnologias não transformam apenas a forma de aprender ou comunicar, mas nos levam também a repensar o ensino de História propriamente dito e seus objetivos nos dias de hoje.

 

Vivenciamos atualmente, segundo muitos pesquisadores, o período da Quarta Revolução Industrial, também apresentada como o conceito de Indústria 4.0, que apresenta como diferencial o uso da digitalização de dados e a interconexão dos mesmos. O YouTube, assim como outras plataformas, encaixa-se dentro desta ideia, uma vez que se apresenta como uma plataforma para armazenar e divulgar enorme quantidade de dados em vídeo.

 

O YouTube nasceu como uma plataforma cujo objetivo era facilitar o compartilhamento de vídeos, pois o envio dos mesmos via e-mail muitas vezes não era possível devido ao tamanho do arquivo. Logo percebeu-se seu potencial para disseminação de informações e conteúdo, assim, muitos entusiastas e também pesquisadores, passaram a utilizar a plataforma como forma de divulgar seus conhecimentos, em diversos níveis, por meio da linguagem audiovisual. A partir da pandemia da COVID-19, o uso desta plataforma para a finalidade educacional ganhou ainda mais espaço e escancarou como este recurso foi adentrando, de maneira orgânica, em nosso cotidiano, incluindo aí para finalidade de ensino.

 

Feita essa breve explanação a respeito do YouTube, vamos contextualizar brevemente como a disciplina de História se estruturou, para que possamos, então, pensar como ela pode se utilizar desta ferramenta que, muito provavelmente, já faz parte da cultura escolar em diversos contextos. Cultura escolar essa que, segundo Dominique Julia, mantém relações “com o conjunto das culturas que lhe são contemporâneas”, constituindo também “um conjunto de normas que definem conhecimentos a ensinar e condutas a inculcar, e um conjunto de práticas que permitem a transmissão desses conhecimentos e a incorporação desses comportamentos...” com (JULIA, 1995, p. 10).

 

Segundo Jenkins a História, como ciência, “constitui um dentre uma série de discursos a respeito do mundo” (JENKINS, 2001, p. 23), logo, quando a história se constitui como disciplina, passa também a ser campo de disputa de narrativas que tentam se colocar como dominantes para a sociedade. (BITTENCOURT, 1993 p. 193). Durante o século XIX, com a consolidação dos Estados Nacionais, urgia a necessidade de legitimação e criação de uma identidade nacional. A História, enquanto disciplina, surge então como uma ferramenta a ser implantada para que se crie essa relação entre o indivíduo e o conjunto de símbolos e normas que o definem como “este” e não como “aquele”.

 

Ainda no século XIX, com a Segunda Revolução Industrial e o pensamento cientificista que se formava em oposição ao domínio da Igreja, a História busca firmar-se enquanto ciência, utilizando o modelo advindo das ciências físico-naturais. A partir da segunda metade do século XX, esse caráter científico da História passa a ser colocado em questionamento por estudiosos como Hyden White, que ressalta o caráter narrativista da História e, posteriormente outros como Paul Ricoeur, que também enfatizam que, apesar do caráter narrativo, não é uma narrativa qualquer, ficcional, pois há critérios de verificação e verossimilhança. Neste caminho, Rüsen defende uma História que dialoga com a subjetividade e tem o potencial de produzir identidades. Desta forma, podemos perceber que a disciplina de História ganhou contornos diferentes do inicial. A mesma disciplina que surgiu com objetivo de legitimar discursos, hoje é aquela que tem o potencial de incentivar a análise e crítica aos discursos oficiais.

 

Apesar desta potencialidade, ainda dentro da cultura escolar, o trabalho em sala de aula segue um modelo tradicional baseado apenas na leitura e nas perguntas e respostas, o qual muitas vezes parece ser menos atraente aos alunos em seu formato, do que os vídeos que podem ser acessados no YouTube. Conforme Julia “uma disciplina escolar encontra-se presa entre os objetivos que lhe são conferidos e o público ao qual se dirige: as mudanças que intervêm no dispositivo pedagógico são frequentemente ligadas a modificações das características do alunado.” (Julia, 2001, p. 60). A partir desta afirmação podemos, então, acreditar que, possivelmente uma ferramenta como o YouTube tem condição de alterar não apenas o que se ensina, mas como se ensina. Eis aí o desafio aos professores, que podem se apropriar de diversas formas, tanto consumindo o conteúdo, como produzindo-o no formato que parece ser mais atraente para a mediação. Discordando de Julia, o termo utilizado aqui é mediação e não transposição, uma vez que o saber escolar advém de uma mediação, da interpelação, pois não estamos em sala de aula apenas traduzindo para uma linguagem mais simples o saber acadêmico, mas tentando mediar para que o aluno, a partir de suas próprias experiências, construa significado e compreensão do objeto de estudo conforme seu próprio contexto.

 

Baseada nesta análise de nossa realidade, é possível notar que, de alguma forma, a plataforma de vídeos YouTube pode alterar a forma de aprender e, uma vez que a cultura escolar é também integrada pelos demais elementos que nos rodeiam, é difícil deixar de lado, ou fingir que estamos alheios, ainda mais em uma sociedade da informação, à influência que estes conteúdos audiovisuais desempenham sobre o aprendizado. Se a maneira de aprender se transforma, a maneira de ensinar também terá de se remodelar. Então os conteúdos audiovisuais disponibilizados no YouTube, muito provavelmente têm condição de romper com as práticas mais tradicionais de sala de aula, em maior ou menor grau, conforme os recursos disponíveis para cada realidade em que se integre.

 

Este cenário nos leva a perceber que ensinar História tem sido mais desafiador do que nunca. Neste início de século XXI, as informações chegam até nós de forma vertiginosa, sem que consigamos de fato refletir sobre as mesmas, filtrando aquilo que possa se traduzir, posteriormente, em conhecimento construído de fato e não apenas em um aglomerado de dados que parecem ser ou realmente sejam desconexos.

           

É nesta realidade, cercados pelos chamados “nativos digitais”, ou seja, aquela geração que, segundo o pesquisador Marck PRENSKY (2001), seriam aqueles que já nasceram inseridos neste mundo de informações rápidas a partir da Web, que atuamos enquanto professores de História. Neste contexto destaca-se o seguinte ponto: muito provavelmente, para nossos alunos, a História enquanto disciplina escolar não parece se adequar à realidade em que vivem, uma vez que, ao pensar a palavra história, é comum relacioná-la ao passado e o passado, por sua vez, ser relacionado a algo já ultrapassado pela velocidade dos novos tempos, muito embora, este senso comum entre passado e História esteja equivocado, pois segundo JENKINS (2001) passado e História não são a mesma coisa, sendo o passado tudo que se passou e a história aquilo que fora escrito sobre o passado. 

 

Desta forma, temos diante de nós uma realidade bastante complexa para o ensino de História, na qual muitos profissionais que se encaixam na categoria de migrantes digitais, precisam perceber e se adaptar às novas formas de aprendizagem para poder fazer do ensino algo efetivo também. Cenário este bastante complexo, uma vez que a sensação de aceleração do tempo é cada vez mais constante em nosso dia a dia e é potencializada pelas novas tecnologias para troca de informações, as quais ocorrem de maneira cada vez mais intensa.

 

O professor, então, como mediador, muito mais do que ofertar informações – pois estas podem ser obtidas em quantidade e velocidade muito maior do que possamos pensar – pode auxiliar seus alunos a desenvolver critérios para analisar quais informações são seguras e confiáveis. Este talvez seja o desafio desta pesquisa, criar estes parâmetros para analisar diferentes vídeos na plataforma, levando o aluno não apenas a ser um receptor de informações em grande medida, mas capaz de filtrar o que assiste e a partir de informações adequadas, construir então seu conhecimento a respeito de determinado tema.

 

O tema histórico proposto para realizar esta análise com objetivo de criação de critérios de validação é a Independência do Brasil, não apenas pelo momento em que a questão está altamente em voga, devido à comemoração dos 200 anos de independência, mas justamente pela importância em pensarmos nossas raízes e nossa identidade e, como já ressaltado anteriormente, hoje o ensino de História abarca esta função, auxiliar na reflexão sobre as identidades próprias e alheias. Esse processo de conscientização e valorização a respeito das identidades e dos afetos sociais é tema que tem sido bastante debatido nos estudos decoloniais.

 

Se tomarmos a História enquanto uma narrativa, um relato produzido acerca do passado, perceberemos que este relato não se produz de maneira despreocupada, como algo corriqueiro apenas. No entanto, muito material tem sido produzido apresentando revisionismos historiográficos ou, mais preocupante que do que isso, muitas produções apresentam distorções intencionais em seus conteúdos, sendo que grande parte destes materiais são audiovisuais, característica essa que os tornam muito mais atraente aos nossos alunos, os nativos digitais, que são os alvos de muitos destes produtores de conteúdo,  os quais tendo noção da força e do alcance que estes instrumentos possuem, investem pesado para validar suas narrativas como verdadeiras, desmerecendo o papel da escola ou de outras instituições, e nossos alunos estão diante destas narrativas também. Desta forma, a construção de algum mecanismo de validação seria de grande valia, pois iria auxiliar na construção do conhecimento a partir de informações que não estejam embebidas em interpretações errôneas ou distorcidas e preconceitos, uma vez que os vídeos postados em redes sociais e no YouTube podem construir estereótipos que dificilmente seriam descontruídos apenas dentro das discussões do cotidiano escolar.

 

O cinema teve um importante papel ao construir estereótipos sociais, mas, hoje, plataformas como o YouTube têm um alcance ainda maior. Apesar de ambos serem ferramentas audiovisuais, seus formatos diferem bastante, principalmente quanto ao tempo. Embora filmes possam ser encontrados na plataforma, os vídeos pensados e produzidos exclusivamente para ela têm características próprias e que refletem mais essa sociedade da informação acelerada. Pensemos, por exemplo, em vídeos com conteúdo de história. Existem dos mais variados temas e tempos de duração, mas em minha prática pude constatar que, quando dirigidos a um público mais jovem costumam ter entre 7 a 15 minutos, além de diversos processos de edição, que possibilitam um certo dinamismo à informação, prendendo a atenção do espectador. Esta forma de repassar a informação aparentemente tem impactado em nossa forma de ensinar, uma vez que, manter a atenção dos alunos, sem dispor da mesma quantidade de recursos audiovisuais, é um desafio e tanto.

 

É possível então que este formato de apresentação da informação nos leve a repensar em uma didática mais dinâmica em sala, uma vez que os alunos estão bastante conectados com este modelo. Assim, construir o conhecimento histórico em sala de aula, vai além de mera transposição didática, trata-se de criar significado, identidade e criticidade. Em um tempo de disputa de narrativas, na qual a escola e os professores muitas vezes são desqualificados ou colocados em xeque com vídeos intitulados genericamente como “o que seu professor não te contou” ou “o que você não aprendeu na escola”, é urgente que, como profissionais da educação, possamos nos apropriar destes recursos, não como forma de disseminação de uma verdade acadêmica absoluta sobre a história, seus fatos e acontecimentos, mas sim para que seja feita uma análise intelectualmente honesta acerca dos acontecimentos históricos, que não tenta se impor como verdade única, mas que, a partir da tentativa de entender as sociedades no tempo e no espaço, possa ser discutida e apropriada pelos estudantes a partir de critérios de validação compartilhados coletivamente.

 

Referências biográficas

Grazyelli Cristina da Costa

Mestranda no programa do Mestrado Profissional em História (ProfHistória), na Universidade Estadual de Ponta Grossa. Professora da Educação Básica no Colégio Sagrada Família – Ponta Grossa.

 

Jean Carlos Moreno

Doutor em História. Professor Associado do Centro de Ciências Humanas e da Educação da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Professor do quadro permanente do PPGHIS UEL, do PPEd UENP e do PROFHISTÓRIA UEPG.

 

Referências bibliográficas

ALBUQUERQUE JÚNIOR, Durval Muniz de. Fazer defeitos nas memórias: para que servem o ensino e a escrita da história? In: GONÇALVES, Márcia de Almeida; ROCHA, Helenice; REZNIK, Luís, MONTEIRO, Ana Maria. (Org.). Qual o valor da história hoje? Rio de Janeiro: Editora FGV, 2012, p. 21-39.

 

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes.  Disciplinas escolares: objetivos, ensino e apropriação. In: MACEDO, Elizabeth (et al). Disciplinas e integração curricular: história e políticas. Rio de Janeiro:RJ, DP&A, 2002.

 

BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes.  Os confrontos de uma disciplina escolar: da história sagrada à história profana. In: Revista brasileira de história. São Paulo, set.92 – ago.1993, v. 13.

 

BRANDÃO, Lucas. A sociedade da informação em rede aos olhos de Manuel Castells. Comunidade, cultura e arte. 2018. Disponível em: https://comunidadeculturaearte.com/a-sociedade-da-informacao-em-rede-aos-olhos-de-manuel-castells/ . Acesso em: 28 junho 2022.

 

CARVALHO, Bruno Leal Pastor de. Historiador investiga como a “aceleração do tempo” está impactando o campo das Humanidades no Brasil (Notícia). In: Café História – história feita com cliques. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/privacidade-antigo-egito/. Publicado em: 7 jun. 2017. Acesso: 29 julho 2022.

 

GOODSON, Ivor. Currículo, narrativa e o futuro social. In: Revista Brasileira de Educação. Mai/ago, 2007,v. 12. P. 241-262

 

JULIA, Dominique. A cultura escolar como objeto histórico. In: Revista Brasileira de História da Educação n°1 jan/jun 2001. p. 37-71

 

JENKINS, Keith. A História Repensada. São Paulo, Contexto, 2001.

8 comentários:

  1. O texto nos permite discutir novas estratégias para o ensino de História e apresenta preocupações sobre a reflexão acerca do conceito temporalidade. Quais outros autores que se dedicam sobre este aspecto serão utilizados na pesquisa?

    Elizete Gomes Coelho dos Santos

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    1. Olá Elizete. Muito obrigada pela apreciação. Apesar de ainda estar em fase de definição, podendo sofrer alterações, pretendo pensar a ideia de aceleração do tempo a partir de Reinhart Koseleck, que discute o tempo não como algo natural apenas, mas ele próprio enquanto uma construção social, assim, por meio de nossas experiências, a maneira como vivenciamos e entendemos o tempo pode ser transformada. Não deixo, entretanto de pensar t
      também em Norbert Elias, que apresenta uma discussão do tempo nesse aspecto, de o tempo enquanto construção.

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    2. Olá Elizete. Muito obrigada pela apreciação. Apesar de ainda estar em fase de definição, podendo sofrer alterações, pretendo pensar a ideia de aceleração do tempo a partir de Reinhart Koseleck, que discute o tempo não como algo natural apenas, mas ele próprio enquanto uma construção social, assim, por meio de nossas experiências, a maneira como vivenciamos e entendemos o tempo pode ser transformada. Não deixo, entretanto de pensar t
      também em Norbert Elias, que apresenta uma discussão do tempo nesse aspecto, de o tempo enquanto construção.

      Grazyelli Cristina da Costa.

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  2. Olá,

    Sempre muito pertinente pensar sobre os desafios dos docentes, no contexto em que as narrativas qualificadas disputam espaço com informações falsas que são rapidamente propagadas.

    Minha pergunta é: quais estratégias podem contribuir para que os estudantes saiam do nível recreativo e de consumo, no uso das tecnologias, para a dimensão da aprendizagem e da construção do conhecimento histórico?

    Parabéns pelo trabalho!
    Luciene Santos P. Silva

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    1. Olá Luciene
      Esta é uma pergunta chave sobre a qual tenho me debruçado. Entendo que uma das formas de auxiliar neste processo seja a tentativa de criar métodos para validação para interpretar os vídeos ou, em outras palavras, ensina-los, na medida de nossas possibilidades e realidades diversas, a analisar mais do que a qualidade audiovisual, mas o que há por trás. Minha proposta final seria criar uma tabela simples, que possa ser aplicada, ou como trabalho, ou mesmo em análise conjunta entre docente e discentes, na qual questões que não são comuns ao cotidiano do aluno possam ser refletidas, tais como: quem produzir a obra? Há financiadores? Quais os possíveis objetivos serem alcançados?
      Essas entre outras questões a serem melhor traçadas no decorrer da pesquisa, se utilizadas de maneira recorrente podem auxiliar na criação de um olhar mais crítico sobre o conteúdo que consomem.

      Grazyelli Cristina da Costa.

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  3. Parabenizo pelo trabalho e minha pergunta é no sentido de pensar o uso de canais de grande repercussão, mesmo que não sejam produzidos por historiadoras/es. Vocês acham que seria possível fazer esse uso criterioso e quais os cuidados a serem observados.

    Gratidão
    Harian Braga
    Professor da Rede Municipal de Campinas-SP

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    1. Olá Harian,

      Obrigada pela contribuição. Acredito que canais de grande repercussão podem sim ser utilizados, evidentemente, com os devidos cuidados, até mesmo como formas de desconstrução de certas narrativas. De antemão, acredito que o primeiro cuidado é pensar a faixa etária a qual se pretende trabalhar para então selecionar um material com luguagem adequada. Para isso, é preciso que nós, enquanto educadores, tenhamos claro o objetivo com o qual os utilizaremos estes materiais e que isto seja posto ao alunado, para que seu uso didático seja efetivo. Entendo que partir da realidade deles, para então aprofundar, seja importante forma de construir o conhecimento. Para isso, acredito que devamos auxilia-los a ver mais do que a qualidade audiovisual, mas o que está por trás da produção do material. Uma tabela que possa ajudá-los a treinar esse olhar mais crítico buscando saber quem produziu o material, quando, qual o contexto, o que existe sobre aquilo além do exposto seriam algumas das perguntas a serem feitas sobre o objto analisado. Uma possibilidade seria propor a análise de materiais escolhidos pelos alunos sobre determinado tema ou trazer de antemão materiais pré selecionados para que apliquem estas questões e depois apresentar conjuntamente o material e a análise feita por eles, permitindo um debate mais rico e de olhares mais amplos.

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    2. Olá Harian,

      Obrigada pela contribuição. Acredito que canais de grande repercussão podem sim ser utilizados, evidentemente, com os devidos cuidados, até mesmo como formas de desconstrução de certas narrativas. De antemão, acredito que o primeiro cuidado é pensar a faixa etária a qual se pretende trabalhar para então selecionar um material com luguagem adequada. Para isso, é preciso que nós, enquanto educadores, tenhamos claro o objetivo com o qual os utilizaremos estes materiais e que isto seja posto ao alunado, para que seu uso didático seja efetivo. Entendo que partir da realidade deles, para então aprofundar, seja importante forma de construir o conhecimento. Para isso, acredito que devamos auxilia-los a ver mais do que a qualidade audiovisual, mas o que está por trás da produção do material. Uma tabela que possa ajudá-los a treinar esse olhar mais crítico buscando saber quem produziu o material, quando, qual o contexto, o que existe sobre aquilo além do exposto seriam algumas das perguntas a serem feitas sobre o objto analisado. Uma possibilidade seria propor a análise de materiais escolhidos pelos alunos sobre determinado tema ou trazer de antemão materiais pré selecionados para que apliquem estas questões e depois apresentar conjuntamente o material e a análise feita por eles, permitindo um debate mais rico e de olhares mais amplos.

      Grazyelli Cristina da Costa.

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