João Paulo de Oliveira Farias

 

PROCESSO DE APRENDIZAGEM E AUTONOMIA ATRAVÉS DE METODOLOGIAS ATIVAS E USO DAS TDICS: EXPERIÊNCIA DIDÁTICA COM A MÍDIA PODCAST

 

Introdução

Nos últimos anos percebemos que o mundo passou por grandes transformações em várias esferas e em todas as relações humanas. Uma das características do século XXI é a dinamicidade das formas como adquirimos informação e conhecimento. A propagação de informação e comunicação incide em uma velocidade antes inimaginável. Tempo e espaço acabam sendo vencidos pelas novas invenções tecnológicas que, a cada dia conquistam mais adeptos, fazendo com que o mundo virtual cresça. Em nossas atividades cotidianas, tanto profissionais quanto de entretenimento, recebemos o auxílio das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs).

 

Os últimos anos, por exemplo, acabou por trazer maiores reflexões acerca do tema, dadas as circunstâncias proporcionadas pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19) em vários setores sociais, incluindo a educação, que teve sua rotina fortemente afetada. Com o processo de quarentena e fechamento das instituições de ensino em todo o Brasil, no ano de 2020, a dinamicidade das aulas teve que ser alterada, sendo intensamente marcada pelo uso das tecnologias digitais e os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVAS) para realização de suas atividades. As Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) passaram a ser a principal aliada ao ensino, que se deu em sua maior parte a distância e de forma remota durante o decorrer daquele ano letivo e de parte significativa do ano de 2021.

 

As novas demandas, portanto, nos possibilitaram ainda mais reflexões necessárias sobre a inserção das tecnologias no processo de ensino e aprendizagem, devendo estas serem estratégias das políticas educacionais. Vemos que o uso das TDICs de forma assertiva, através de metodologias e didática apropriadas, possibilita transformar as práticas pedagógicas. Ferreira (2015) nos mostra que o ato de ensinar deva ser provocador da inteligência e do desejo de produzir do aluno, e isso se dá por meio de metodologias ativas em que o estudante tenha condições de expor seu conhecimento. Citando Kenski, a autora nos mostra os ganhos do uso das novas tecnologias pelos professores:

 

“O uso criativo das tecnologias pode auxiliar os professores a transformar o isolamento, a indiferença e a alienação com que costumeiramente os alunos frequentam a sala de aula, em interesse e colaboração, por meio dos quais eles aprendam a aprender, a respeitar, a serem pessoas melhores e cidadãos participativos” (KENSKI apud FERREIRA, 2012, p. 103).

 

Moran, Masetto e Behrens (2013), também evidenciam que se utilizada de forma apropriada e como mediadora do conhecimento, as metodologias que incluam as novas tecnologias podem diminuir parte dos problemas enfrentados na educação, tendo assim, impactos diretos em uma aprendizagem mais eficiente, possibilitada pelo vasto campo de oportunidades, aplicáveis nas diversas áreas da educação.

 

Para uma educação transformadora e de qualidade não basta apenas o domínio das TDICs pelo professor, é preciso que ela seja utilizada dentro de um contexto pedagógico que ressalte o desenvolvimento integral das partes envolvidas, ou seja, estudantes, professores e a sociedade, nos seus diversos setores e em suas dimensões intelectual, social, cultural e política (LEITE et al, 2014, p.9).

 

É em meio a essas demandas, desafios e possibilidades do uso e produção advindos com as novas tecnologias, que refletimos e analisamos sobre o uso da ferramenta podcast no processo de ensino-aprendizagem. Assim, procuramos identificar como esses arquivos digitais de áudio que foram possibilitados pelo avanço da Internet, os quais podem ser  acessados, baixados e produzidos por diferentes usuários a partir da web 2.0, servem como objeto que auxilie também os professores e estudantes a se envolverem tanto na análise, na pesquisa, quanto na produção de conteúdo a partir da sala de aula e através das contribuições de comunicação dessa ferramenta,  já que desde o seu surgimento, por volta de 2004 (FREIRE, 2017), tem se mostrado com características e potencialidades que ganham cada dia mais adeptos no mundo digital.

 

Metodologia

O estudo proposto, foi realizado como parte de um trabalho de pesquisa junto ao Mestrado Profissional em Ensino de Hstória (PROFHISTÓRIA) e buscou investigar as possíveis potencialidades e fragilidades de metodologias de ensino que envolva a inserção das TDICs no ambiente escolar, em especial através da ferramenta podcast, que se destaca atualmente no campo das novas linguagens de comunicação, entre estas, aqueles referentes ao das narrativas e da aprendizagem histórica.

 

A pesquisa teve como lócus uma Escola Estadual de Educação Profissional do Estado do Ceará, localizada na cidade de Guaraciaba do Norte-CE (o município que a escola se localiza está na Mesorregião do Noroeste Cearense, mais especificamente na Microrregião da Ibiapaba, e fica a 300 km de Fortaleza, capital cearense), da qual faço parte do seu corpo docente e contou com amostragens para o trabalho a partir das turmas de 2º anos em que ministro a disciplina de história. Assim a proposta de trabalho se deu através de metodologias ativas, em que o aluno é instigado a participar, com o auxílio das TDICS no processo de pesquisa e produção de conhecimento, usando como apoio, os recursos da ferramenta podcast.

 

Algumas características da mídia podcast a tornam um recurso com amplas potencialidades, por apresentar diferentes formas de produção, de acesso, de uso e de temas, inclusive aqueles pertencentes ao campo da informação e do conhecimento relacionados à ciência histórica. Pode deste modo, ocupar destaque na esfera educacional como inovação nas formas de apropriação, de transmissão e de produção de conteúdo e uma importante ferramenta para construção do conhecimento dentro e fora da sala de aula “visto ser uma tecnologia que anda no bolso de um grande número de jovens” (MOURA E CARVALHO, 2006, p.89). De tal modo, é preciso aproximar essa mídia de comunicação e informação do espaço escolar, destacando suas formas de atuação junto aos estudantes, bem como sobre sua divulgação também nos espaços públicos digitais, já que essa é uma “tecnologia de significativos potenciais e implicações educativas” (FREIRE, 2017, p.55).

 

Através dos seus muitos programas que incluem do mesmo modo diferentes temas, entre estes, aqueles relacionados ao contexto histórico, os formatos de áudios distribuídos pela internet por meio da mídia podcast, tornam-se um recurso bastante flexível, podendo ser explorado no processo de ensino e aprendizagem. É possível que os docentes se utilizem de estratégias e metodologias em que esse recurso seja averiguado, desde a utilização em sala de aula das mídias já existentes, ou mesmo de um trabalho que envolva a produção e criação de novos programas pelo professor e em parceria com os estudantes, dando a mídia uma intencionalidade pedagógica, como foi abordado através da pesquisa e no decorrer do trabalho desenvolvido junto aos estudantes.

 

O fato de estarmos inseridos em uma sociedade da cultura digital e do conhecimento, abre possibilidades para reflexões interessantes no que diz respeito aos desafios que a escola e os professores enfrentam, já que precisamos se adequar a essa realidade. É preciso evidenciar, no entanto, que não podemos simplesmente acreditar que os recursos tecnológicos, sejam eles quais forem, apenas por si, irá revolucionar as formas educacionais e substituirá os recursos humanos. Compartilhamos da ideia defendida por Otacílio Ribeiro, de que,

 

“A máquina precisa do pensamento humano para se tornar uma ferramenta auxiliar no processo de aprendizado. É necessário integrá-la às mais diferentes atividades, pois ela pode ser entendida enquanto instrumento de expansão do pensamento. Que sirva para envolver os estudantes em projetos práticos, desafiadores e que estimulam o raciocínio humano. Hoje, o papel da escola é ensinar a pensar, preparando o aluno para lidar com situações novas, problematizando, discutindo e tomando decisões. Sobretudo, cabe à educação resgatar o homem de sua pequenez, ampliando horizontes, buscando outras opções, tornando as pessoas mais sensíveis e comunicativas. Ao pensar o processo pedagógico mediado pela tecnologia, não se pode esquecer que a centralidade da ação deve estar nos sujeitos, e não nas técnicas” (RIBEIRO, 2011, p.94).

 

As experiências mediadas pelo uso das tecnologias na educação, devem oportunizar a reflexão no fazer pedagógico e isso só será possível, na medida em que é fomentado um ensino em que, principalmente, o professor motive os estudantes para um processo de desenvolvimento e participação ativa destes, na sua aprendizagem, através de atividades desafiadoras e estimulantes em que haja autonomia, colaboração e produtividade.

 

Para o desenvolvimento das mídias podcasts junto aos alunos, seguiu os seguintes passos: com base no plano de ensino voltado para as turmas do 2º ano, focamos no tema sobre a escravidão, seus diferentes contextos históricos, suas múltiplas formas de resistências e os legados que essa tal exploração econômica, cultural e política deixou, principalmente na sociedade brasileira. Assim, criamos um tema gerador: “Conceito de escravidão em perspectiva: contextos históricos diversos”.

 

A escolha da temática procurou atender o documento de referência curricular, proposto pela Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Seduc-CE), denominado de “Matrizes de conhecimentos Básicos”. Optou-se por trabalhar especialmente com essa temática, pois a mesma também vai ao encontro do que propõem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de História e cultura afro-brasileira e africana, indicada através da lei nº 10.639/2003 e ampliada pela lei n° 11.645/2008 e seus respectivos pareceres e resoluções, que dentre outros apontam a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira na educação básica.

 

Desenvolvimento

Para a operacionalização da pesquisa e do trabalho junto aos estudantes, foram realizadas leituras das principais referências bibliográficas, estabelecendo um diálogo com os principais autores relacionados com as temáticas discutidas no trabalho. Com a finalidade de buscar informações sobre onde os alunos têm contato com conteúdos históricos, quais os recursos que estes utilizam para fazer pesquisas e aprender história no ensino básico, buscando perceber ainda, quais são as dificuldades encontradas por eles para o uso dessas tecnologias, e quais são as temáticas históricas que os alunos mais gostam de estudar, bem como procurando entender como os mesmos se sentiram ao participar deste projeto, foi realizado questionários on-line através do serviço da plataforma Google Forms, para uma maior agilidade na coleta de dados. Portanto, foram usados métodos voltados para pesquisa qualitativa, com o emprego de questionário com os alunos com questões objetivas e descritivas, de modo a analisar melhor a realidade destes, sobretudo, no que diz respeito ao ensino e aprendizagem da história.

 

Utilizei também durante o estudo, um “diário de campo”, instrumento de registro empregado na técnica da observação participante, em que houve uma análise das experiências com a metodologia que se utilizou da mídia podcast, estabelecendo critérios sobre as possibilidades e os desafios em trabalhar com essa ferramenta e se ela proporciona vivenciar práticas no ensino e no campo historiográfico, bem como perceber suas contribuições em grupos de aprendizagem, suas possibilidades de interação entre alunos e alunos, e entre alunos e professor, sendo estes entendidos por suas habilidades e competências.

 

Através dessas observações, foi possível verificar as necessidades de (re)organização das atividades para que os alunos pudessem valorizar por meio da experimentação e da manipulação, a partir de uma reflexão sobre as atividades propostas para atingir objetivos específicos, desde a elaboração até o uso do podcast de forma mais significativa.

 

Para o desenvolvimento das mídias podcats junto aos alunos, seguiu os seguintes passos: com base no plano de ensino voltado para as turmas do 2º ano do Ensino Médio, focamos como já mencionado no tema sobre a escravidão, seus diferentes contextos históricos, suas múltiplas formas de resistências, e os legados que essa tal exploração econômica, cultural e política deixou, principalmente, na sociedade brasileira. A ideia era elaborar podcasts mais direcionados para serem exploradas pesquisas mais coesas, estabelecendo assim, uma delimitação temática como sua forma de configuração, o que é importante para esse tipo de trabalho.

 

Para auxiliar os alunos no processo de pesquisa e produção, foram realizadas atividades e oficinas em que o professor apresentou a temática e a própria mídia podcast, através de trabalhos já realizados por especialistas, os quais foram analisados pelos estudantes com o intuito de que entendessem o alcance e conseguissem também se perceber como protagonistas durante a realização das atividades propostas. Foi preciso também, mostrar a necessidade de uma melhor organização em relação à escolha de ambientes, materiais e aplicativos que facilitassem o processo de desenvolvimento da gravação e consequentemente na edição dos conteúdos trabalhado pelos estudantes.

 

A temática e produção de podcast foram trabalhadas em grupos de estudantes, de maneira criativa e colaborativa, através da formação e desenvolvimento dos Grupos de Trabalhos (GTs), tendo cada membro a possibilidade de um maior envolvimento, nas diversas atividades e etapas propostas no projeto. Os grupos também tiveram autonomia para definir a melhor maneira de como cada estudante podia contribuir, seja durante a organização da pesquisa, da pauta, gravação, edição ou na divulgação dos materiais produzidos. 

 

Nos quadros abaixo, é possível analisar parte da sequência didática, através de algumas das etapas e orientações oferecidas aos estudantes para a realização das tarefas de pesquisa e produção de materiais, durante a pesquisa:



Fonte: elaborado pelo autor.

 

Assim, houve ao longo da atividade a viabilização de podcasts que contemplaram temas históricos trabalhados nas aulas, através de grupos onde cada aluno foi estimulado a participar e vivenciar práticas de ensino e aprendizagem que envolvesse relacionamentos produtivos e colaborativos, desta forma, criando senso de responsabilidade com o tema e capacidade de interação com os colegas e com o professor, já que a produção de podcast ,é intrinsecamente coletiva e seu desenvolvimento serve também como forma de problematização histórica, principalmente dentro do contexto que estamos vivenciando.

 

Considerações Finais

É preciso entender os estudantes como agentes históricos, os quais são partícipes em seus diferentes contextos. Para isso ressaltamos que o professor deve procurar ser sempre inspirador, no sentido que leve os estudantes a desenvolverem sua autonomia, como já nos evidenciava o mestre Paulo Freire em suas obras, dentre elas a “Pedagogia da Autonomia” (FREIRE, 1996). Portanto, é preciso valorizar o aluno como um sujeito capaz de produzir novos olhares e novos conhecimentos, potencializados por um processo educativo emancipador.

 

O processo de trabalhar com os estudantes oficinas de produção de podcasts com temas históricos, parte inicialmente da necessidade de no tempo presente nos utilizarmos das ferramentas possibilitadas pela nova cultura tecnológica, a cibercultura (LEVY, 1999). A tecnologia educacional acaba sendo uma possibilidade para que nós professores também nos adequemos às novas gerações e inclua no processo de ensino essas novas ferramentas de forma mais assertiva, eficaz e complementar. Freire (1996) ressalta a importância de uma educação não autoritária, em que o princípio democrático fosse valorizado e construíssem diálogos entre educadores e educandos.

 

 Através da pesquisa e do trabalho junto aos alunos, notamos que a mídia podcast é relevante, de fácil acesso e uso, se mostrando ainda, como um dispositivo socializador com um importante potencial de discutir vários temas, cabendo dentre essas múltiplas temáticas, aquelas do contexto educacional e histórico.

 

Referências Biográficas

João Paulo de Oliveira Farias, Professor de História da Rede Estadual Cearense de Ensino, Mestre em Ensino de História pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino de História da Universidade Regional do Cariri/CE (PROFHISTORIA-URCA).

 

Referências bibliográficas

BEHRENS, Maria Aparecida. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente.  In:MORAN, José Manuel. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 21ª ed.rev. e atual. Campinas –SP: Papirus, 2013.

 

CEARÁ. Governo do Estado do Ceará/Secretaria de Educação do Estado do Ceará. Matrizes de conhecimento básico:  Ensino Médio. Fortaleza: SEDUC, 2020. Disponível em: < https://drive.google.com/file/d/13c4X9aI4bcv_2BjKhSoT9Eq_Bmoi6MZP/view >. Acesso em: 20 abril de 2021.

 

FERREIRA, G. K. F. Formação continuada de professores para o uso das Tecnologias Educativas: um estudo de caso sobre o discurso e a prática. Tese (Doutorado em Ciências da Educação). Universidade do Minho – Instituto de Educação. Minho (Portugal): Universidade do Minho, 2015.

 

FREIRE, Eugênio Paccelli Aguiar. Podcast: breve história de uma nova tecnologia educacional. EDUCAÇÃO EM REVISTA, Marília, v.18, n.2, p. 55-70, Jul.-Dez., 2017.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 

LEITE, Lígia S. (Coord.). Tecnologia educacional. Descubra suas possibilidades em sala de aula. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

 

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999.

 

MOURA, A.; CARVALHO, A. A. A. Podcast: potencialidades na educação. Prisma.com (Portugual), n. 3, p. 88-110, 2006. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/69641. Acesso em: 12 de maio 2021.

 

RIBEIRO, Otacíllio J. Educação e novas tecnologias: um olhar para além da técnica. In: COSCARELLI, Carla; RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs.). Letramento digital: aspectos e possibilidades pedagógicas. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica/Ceale, 2011. (Coleção Linguagem e Educação).

6 comentários:

  1. Olá!

    Texto, prática e reflexões bem interessantes

    Você utiliza a mídia podcast em suas pesquisas/aulas? Sugere algum em especial?

    Outra questão: de que forma incentivar os educadores a fazer uso de tal ferramenta?

    Grato pela atenção.

    Saudações!

    Willian Spengler

    ResponderExcluir
  2. João Paulo de Oliveira Farias15 de setembro de 2022 às 22:20

    Olá, Willian!
    Inicialmente gostaria de agradecê-lo pelas considerações e perguntas realizadas.
    Como menciono no texto, ao longo da minha pesquisa de mestrado (2019-2021), como parte do projeto, realizei atividades junto aos estudantes da escola onde trabalho, na qual foram feitas reflexões acerca dos desafios e possibilidades do uso das tecnologias digitais de comunicação e informação (TDICS) dentro do contexto escolar,se aprofundando nos estudos sobre a mídia podcast. Realizamos assim, produção de podcasts sobre o tema " Conceito de escravidão em perspectivas: contextos históricos diversos",mais precisamente com as turmas dos segundos anos do Ensino médio (2021), o que foi uma experiência muito positiva para às minhas aulas de História. Atualmente, continuo desenvolvendo essas oficinas de produção de podcasts sobre temas históricos diversos e com outras turmas. Através dessas metodologias ativas, percebemos um maior engajamento e envolvimento dos alunos nas aulas e entendimento sobre os conteúdos estudados.Ao finalizar às produções, os áudios são trabalhados em sala de aula e posteriormente distribuídos no canal de podcasts criado para esse processo.

    Ao longo da pesquisa desenvolvida, me deparei com podcasts com relevantes temas históricos, os quais geralmente são indicados para os estudantes. Segue alguns exemplos:HuManas em Rede ;História em Quarentena;
    História Presente; PodQuestionar, História FM, Xadrez Verbal, etc.

    O intuito é orientar os estudantes da importância da pesquisa histórica e de sua divulgação, dentro do contexto da História Pública.

    Sobre o incentivo aos demais educadores, já participei de algumas formações com o intuito de mostrar a importância de trabalhar com essas metodologias ativas para um processo de ensino aprendizagem emancipador. Assim, é preciso valorizar o aluno como um sujeito capaz de produzir novos olhares e novos conhecimentos, potencializados por um processo educativo construído de forma conjunta com os educadores.

    Espero ter respondido suas indagações. Atenciosamente!

    João Paulo de Oliveira Farias.

    ResponderExcluir
  3. Olá, João Paulo! Gostei muito do seu artigo. A metodologia com uso de podcast se mostra bem inovadora na sala de aula. Como seus estudantes receberam essa metodologia?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. João Paulo de Oliveira Farias16 de setembro de 2022 às 23:37

      Olá, obrigado pelas considerações!

      Ao longo do desenvolvimento das atividades de oficinas de podcasts, vimos um bom desenvolvimento dos estudantes neste projeto. Para concluir o processo das oficinas, são feitas avaliações junto aos alunos para procurar perceber a percepção dos mesmos sobre a metodologia. Os alunos demonstram nas suas falas muitas vantagens em ter participado
      de um trabalho que envolveu etapas de pesquisa e produção, proporcionada por essa metodologia que se utilizou da ferramenta podcast, e que possibilitou para estes uma
      aprendizagem do tema trabalhado.
      Assim, fica ainda mais evidente que trabalhar com metodologias ativas, principalmente no atual contexto é de grande relevância e mostra que os educandos precisam sempre ser
      colocados como sujeitos ativos no processo de ensino e aprendizagem.

      Atenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias.

      Excluir
  4. Olá, João Paulo! Gostei muito do seu artigo. A metodologia com uso de podcast se mostra bem inovadora na sala de aula. Como seus estudantes receberam essa metodologia?
    VANDERLENE DE FARIAS LIMA

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Vanderlene Farias!
      Obrigado pelas considerações!

      Ao longo do desenvolvimento das atividades de oficinas de podcasts, vimos um bom desenvolvimento dos estudantes neste projeto. Para concluir o processo das oficinas, são feitas avaliações junto aos alunos para procurar perceber a percepção dos mesmos sobre a metodologia. Os alunos demonstram nas suas falas muitas vantagens em ter participado
      de um trabalho que envolveu etapas de pesquisa e produção, proporcionada por essa metodologia que se utilizou da ferramenta podcast, e que possibilitou para estes uma
      aprendizagem do tema trabalhado.
      Assim, fica ainda mais evidente que trabalhar com metodologias ativas, principalmente no atual contexto é de grande relevância e mostra que os educandos precisam sempre ser
      colocados como sujeitos ativos no processo de ensino e aprendizagem.

      Atenciosamente: João Paulo de Oliveira Farias.

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.