Juliana Avila Pereira e Thalis Figueiredo Sartorio

 

O ENSINO DE HISTÓRIA ATRAVÉS DO CINEMA

  

Compreendendo que é fundamental reinventar nossas práticas enquanto sujeitos partícipes no processo de construção de uma educação no sentido emancipador e transformador, intenta-se a partir de reflexões sobre o Ensino de História articulado a indústria cultural e a área do cinema, possibilidades de anúncios na esfera educativa. Enquanto educadores e pesquisadores, consideramos os espaços educativos na relação de saberes construídos e tramados a partir das experiências e vivências dos sujeitos que compõem os processos de ensino-aprendizagem.

 

Neste horizonte, considera-se pertinente refletir e (re)avaliar a postura docente, sobretudo neste texto, no campo do Ensino de História, na busca por fundamentos capaz de auxiliar uma proposta de cunho educativo pautado num projeto de educação que conduza a um sentido mais crítico e problematizador.

 

Por sua vez, a contemporaneidade é marcada pelo rápido avanço tecnológico que a cada dia impacta mais e mais a nossa sociedade. Juntamente a este avanço, emergem com grande força os múltiplos temas sociais e lutas históricas que estão presentes em todos os ambientes, tornando-se temáticas provocantes a serem abordadas em sala de aula. Neste começo do século XXI pensar o Ensino em História em conjunto com as temáticas sociais tornou-se uma tarefa desafiadora para os educadores, pois, conforme Isabel Barca: “[...] é tarefa complexa, e como sempre, polemica. É complexa porque não basta passar a crianças e jovens o conteúdo que seus pais aprenderam, na escola e fora dela, como pensamento único de um determinado grupo influente” (BARCA, 2007, p.05).

 

Deste modo, é necessário hoje que o Ensino de História se reconstrua incorporando em sua estrutura estas novas perspectivas de forma a abandonar o eixo tradicional que se consolidou a História. Nas palavras da professora e historiadora Carla Pinsky (2009) “a velha História de fatos e nomes já foi substituída pela História social e Cultural” (p. 09). A autora acentua a importância de promover debates reflexivos de novos temas e ferramentas em sala de aula, assim, tornando a aula de História mais enriquecedora tanto para o educador quanto para o educando. Para isto, Pinsky (2009) nos apresenta como exemplo para novos objetos de pesquisa as biografias, os estudos de gênero, direitos humanos, cultura, alimentação, corpo, história regional, meio ambiente e ciência e tecnologia. Neta perspectiva, articular todos estes temas ao Ensino de História significa ampliar os horizontes frente ao mundo social, na medida em que permite aos alunos refletir sobre os conhecimentos construídos no âmbito escolar em seu cotidiano.

 

Romper com a história tradicional e trazer para o contexto de sala de aula ferramentas e temas emergentes no tempo presente é de caráter primordial e suma importância no processo de formação dos educandos. Neste sentido, Luiz Carlos Bento (2013) defende a concepção de uma prática de ensino que utilize novos temas, para que os estudantes entendam e reflitam seu cotidiano, o ambiente em que vivem e a si mesmos enquanto agentes históricos, pois:

 

“é na sala de aula que é constituído uma linguagem conceitual, forjada na obtenção de conceitos e categorias históricas, que os alunos levam para o convívio social, produzindo um aprendizado que torna-se fundamental em seus cotidianos, constituindo-se numa das vias principais para a sua formação como cidadãos. Portanto nesse contexto observamos que a escola, e em especial, o profissional de História, exercem funções formativas importantíssimas para o desenvolvimento de uma consciência histórica capaz de fazer com que os indivíduos sejam capazes de se entender temporalmente e de pensar a construção histórica de suas vidas de uma forma mais qualificada e abrangente” (BENTO, 2013, p.07).

 

Viver em uma sociedade que processa turbilhões de informações por segundo e, ao mesmo tempo, estudar uma área que se volta a um passado longínquo parece antagônico, entretanto, não é. Muitas vezes os termos “História” e “passado” são colocados como sinônimos, mas estudar História está para além de apenas enxergar o passado como acontecimentos isolados de nomes e datas que resultaram em dias comemorativos e feriados. Estudar História é um processo de voltar ao passado a partir de questionamentos da vida pratica cotidiana, por isso deve-se problematizar a realidade na qual educandos e educadores estão inseridos para entender as raízes desse hoje que todos estamos imersos. Nesta perspectiva, é papel social do professor de História fomentar condições para que os educandos se coloquem dentro da História, e busquem na mesma refletir sobre a realidade atual, assim assumindo um compromisso sobre este passado.

 

Neste prisma, a partir dos novos temas propostos por Pinsky (2009), é possível tencionar uma reflexão de novos sentidos para o ensino de História, através de novos temas para serem abordados e explorados no contexto de sala de aula, tendo em vista que “a sala de aula não é apenas um espaço onde transmite informações, mas onde uma relação de interlocutores constrói sentidos” (BITTENCOURT, 2004, p.57). Unir as diversas metodologias pertencentes ao campo da História com o âmbito da sala de aula permite a travessia dos saberes de educando a pesquisador, diminuindo as fronteiras entre o oficio do historiador com os estudantes, os aproximando da pesquisa e abrindo um leque de perspectivas de estudo sob a História, por meio de fontes históricas variadas, visando grupos culturais exclusos e aos novos agentes históricos que emergem. Neste caminho, Caimi (2015) defende a concepção de: “potencializar nas crianças e adolescentes um sentido de identidade e contribuir para o conhecimento e a compreensão de outros países e culturas do mundo atual” (CAIMI, 2015, p.108 apud PRATS, 2006;2007). Construir o conhecimento mutuo em sala de aula, por novos caminhos para o ensino de história permite o desenvolvimento a identidade histórica e social, por meio da identificação com o passado pelo presente, deste modo, Circe Bittencourt (2004) afirma em seu livro O Saber Histórico em Sala de Aula que: “Ensinar História passa a ser, então, dar condições para que o aluno possa participar do processo do fazer, do construir a História” (p.57).

 

Nesta perspectiva, o consumo de filmes, séries, novelas e até a prática de ir ao cinema tornou-se parte integrante da nossa vida social na atualidade. Estes produtos são de grande apreço, principalmente quando falamos das gerações mais novas que seu nível de imersão nestas obras é grande devido à alta popularidade. Os filmes proporcionam para os espectadores adentrarem em outras “realidades” que são representadas nas produções, eles plasmam emoções, sentimentos, encantam e despertam grandes interesses.

 

Vale destacar que a compreensão do cinema enquanto fonte histórica só foi possível pela abertura do campo historiográfico promovida pela Escola dos Annales em 1929, que compreendem qualquer produto humano como um vestígio do passado e fonte para os historiadores. Foi a partir da década de 1970 que o cinema passou a ser popularmente explorado como fonte histórica pelos historiadores, porém, é somente na década de 1990 que esta área ganhou maior destaque, na medida em que os pesquisadores começaram a analisar as obras cinematográficas concatenando com a sua relação em seu meio social.

 

Na mesma linha, Alexandre Valim (2012) salienta a importância significativa do papel social desempenhada pelo cinema na construção de seu meio, ou seja, as produções cinematográficas são responsáveis por tornar crível para seus espectadores imersões em realidades representadas nas telas, assim, o cinema proporciona experiencia de identificação com as ideologias e anseios apresentados nos filmes, levando o público a encontrar semelhanças entre si (mesmo que não haja) e o que é representado pelos personagens, permitindo até, em certos casos, plasmar sentimentos de querer estar naquele universo ficcional nos espectadores.

 

Compreendendo as produções cinematográficas e outros meios de comunicação de massa enquanto produtos culturais de imenso impacto na sociedade contemporânea, o cinema em especial destacou-se enquanto agente social, revolucionando a arte, desde seu modo de produção e até o formato de disseminação do conteúdo (KORNIS, 1992, p.237). O cinema e, em decorrência, as produções fílmicas são responsáveis por proporcionar ao espectador sentimentos e reflexões, elas são “uma realidade autônoma, cujo valor está na fórmula que obteve para plasmar elementos não-literários: impressões, paixões, idéias, fatos, acontecimentos, que são a matéria-prima do ato criador (CANDIDO, 2000, p.33).

 

Dito isso, estas tecnologias cinematográficas não demoraram a chegar à sala de aula, tornando-se mecanismos eficientes para auxiliar os professores. O cinema é uma ferramenta que, se usado de forma crítica, reflexiva e construtiva pelo professor, pode ser explorado de múltiplas formas para auxiliar no percurso pedagógico. Além de ser um instrumento que permite usar do lúdico de forma explicativa, ele também serve de base para fomentar discussões acerca de variados temas históricos, como questionar o que é representado? o que não é representado? qual a intenção do filme? quais personagens e processos históricos são representados pela obra? como eles são representados? Entre outras inúmeras questões discutíveis que podem ser dimensionadas com os alunos.

 

Porém, deve-se ressaltar que o professor/professora de História deve ter grande cautela em utilizar tais meios, principalmente no que confere a representação histórica, pois, os filmes são visões de seus produtores baseadas em pontos de vistas, ideologias, recortes, inclusão e exclusão de elementos, em suma, transmite uma determinada perspectiva, não sendo uma verdade única, o que deve ser deixado bem claro para os educandos. Sobre este aspecto, Luiz Neto (2016) destaca que:

 

“Cabe ao professor de história fazer o papel de mediador entre o aluno e o filme, demonstrando como esse é também um produto histórico, cujas ‘verdades’ devem ser relativizadas já que são construções imagéticas e representam a realidade social de sua criação” (NETO, 2016, p.135)

 

Na mesma linha, Rosane Oliveira e Maria João (2019) no artigo O cinema no ensino de história e a influência da indústria cultural cinematográfica discorrem sobre alguns cuidados necessários no que tange aos cuidados que o educador deve ter ao trabalhar com filmes em sala de aula, principalmente se tratando de anacronismos e outras armadilhas. Nas palavras das autoras:

 

“Ao analisar um filme, em primeiro lugar, convém esclarecer que o autor (diretor) trabalhou com um recorte da realidade, observou-a sob determinado ângulo e fez escolhas. Em seguida, pode-se refletir sobre as formas de narrativa, levando os alunos a observar as diferenças entre obras ficcionais e documentários (por exemplo, as imagens, os diálogos, as legendas, as falas em off etc.). Todos esses recursos revelam opções na maneira de contar uma história” (OLIVEIRA; JOÃO, 2019, p.3).

 

Embora o cinema seja uma excelente ferramenta para ilustração e compreensão através do seu formato audiovisual, deve-se atentar a estes pontos. Ao se utilizar de tais ferramentas, elas devem ser apresentadas como uma força motriz para discussões, para as críticas, para debates e questionamentos, jamais como um “retrato” fidedigno do passado (NAPOLITANO, 2010). Deste modo:

 

“O professor deve lembrar os alunos que o filme, a telenovela, o documentário, o telejornal etc., são construtos sociais e, portanto, frutos de determinado tempo e espaço. É preciso conhecer os detalhes e a circunstâncias em que foram produzidos e de que forma as condições foram influenciadas pela conjuntura que se vivia no período de produção da fonte” (OLIVEIRA; JOÃO, 2019, p.13).

 

Ainda que a prática educativa que vise tencionar filmes em aula demande uma série de cuidados por parte do professor, ela é muito rica em sua proposta tanto para o professor quanto para os alunos. Através dos filmes (compreendendo-os como uma forma de representação e não retrato fidedigno do passado) o Ensino de História torna-se mais lúdico, bem como aproxima os alunos de um passado longínquo e, por vezes, difícil de se compreender, através das tecnologias cinematográficas, possibilitando debates, críticas, comparações com base no conteúdo estudado, além de servir como motriz a criatividade e imaginação. A integração do cinema em sala de aula resulta em uma importante interação entre o campo escolar e o dia a dia, para Lucia Prado (2010):

 

“A educação pela arte cinematográfica é um dos grandes desafios dos educadores porque mesmo sendo um meio de comunicação e expressão, propicia uma melhor visão de mundo, colaborando na formação de jovens conscientes, críticos e reflexivos, aproximando-o de sua comunidade” (PRADO, 2010, p.2).

 

Com a certeza da pertinente aproximação entre o Ensino de História e os benefícios do Cinema como prática educacional, consideramos que a educação, enquanto ação emancipatória, é o meio pelo qual podemos fomentar criticidade através de diferentes meios. Deste modo, compreendemos que viabilizar o cinema como mecanismo de ensino na escola é um importante aspecto que propicia múltiplas possibilidades na prática educativa, tendo em vista todos os elementos positivos que vem junto a este, como a incorporação de meios tecnológicos que cercam o nosso cotidiano em sala de aula, de forma a transformar as aulas de História.

 

 

Referências biográficas

Juliana Avila Pereira, mestranda no PPG História da Universidade Federal de Pelotas – UFPel.

 

Thalis Figueiredo Sartorio, estudante de História Licenciatura da Universidade Federal do Rio Grande – FURG.

 

Referências bibliográficas

BARCA, Isabel. A educação histórica numa sociedade aberta. Currículo sem Fronteiras, Universidade do Minho, Portugal. v.7, n.1, p. 5 - 9, Jan/Jun. 2007.

 

BENTO, Luiz Carlos. O saber histórico e o ensino de história: uma reflexão sobre as possibilidades do ensino escolar da História. FATO & VERSÕES REVISTA DE HISTÓRIA. Campo Grande, MS. v. 5. n. 10, p.1 - 12. 2013.

 

BITTENCOURT, Circe Maria F. (org.). O saber histórico na sala de aula. 9.ed – São Paulo: Contexto, 2004.

 

CAIMI, Flávia Eloisa. O que precisa saber um professor de história?. História & Ensino. Londrina, PR. v. 21, n. 2, p. 105 - 124, jul./dez. 2015.

 

CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6 ed. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Ltda. 2000.

 

KORNIS, Mônica Almeida. História e Cinema: um debate metodológico. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, pp. 237-250.

 

NAPOLITANO, Marco. Como usar o cinema na sala de aula. 4. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2010.

 

NETO, Luiz Araújo Ramos. Cinema e História: o uso de filmes no Ensino de História. In: XVII Encontro Estadual de História – ANPUH-PB, v.17. n.1., 2016, Paraíba. Anais eletrônicos [...] Paraíba: 2016. P. 135-144. Disponível em: http://www.ufpb.br/evento/index.php/xviieeh/xviieeh/paper/viewFile/3238/2748.  Acessado em: 23 junho de 2022.

 

OLIVEIRA, Rosane Machado de. JOÃO, Maria Thereza David. O cinema no ensino de história e a influência da indústria cultural cinematográfica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 07, Vol. 06, pp. 132-151. Julho de 2019. Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/historia/cinema-no-ensino.

 

PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Novos temas nas aulas de história. – São Paulo: Contexto, 2009.

 

PRADO, Lúcia Fernanda da Silva. Cinema como proposta educativa. In: V EPEAL Pesquisa em Educação: Desenvolvimento, Ética e Responsabilidade Social, 5., 2010, Alagoas. Anais eletrônicos [...] Alagoas: 2010. P. 1-9. Disponível em: https://www.sociologialemos.pro.br/wp-content/uploads/2019/03/CINEMA-COMO-PROPOSTA-EDUCATIVA.pdf. Acessado em: 23 junho de 2022.

 

VALIM, Alexandre Busko. História e Cinema. in: CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

10 comentários:

  1. Boa tarde, primeiro gostaria de parabenizar pelo texto e pela temática extremamente relevante. Em segundo, gostaria de acrescentar e pontuar se vocês possuem conhecimento do conceito "lugar de memória" de Pierre Norá. Acredito que os filmes enquanto ferramentas para a História possuem esse verniz de se tornarem um lugar de memória sob o qual encontram uma aura simbólica que se traduz mediante contextos e conhecimentos. Além disso, gostaria de saber se na opinião das autoras há a possibilidade de encontrarmos filmes fora do escopo "realismo histórico", em suma de se aprender com a disciplina fora do gênero histórico especificamente.

    Att. Douglas Pastrello

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  2. Boa noite, Douglas! Obrigada pelos comentários positivos e também pela contribuição teórica com Pierre Norá, concordo plenamente com está adição e o seu comentário. Sobre a pergunta, creio que muitos filmes podem sim ser utilizados como ferramentas em aulas, não somente aqueles anunciados com narrativas históricas. Um exemplo é o filme Malévola, muito popular, através dele podemos observar uma tentativa de (re)construção de um cenário medieval, mesmo o filme não girando entorno disso. Outro ponto que pode ser levantado são as relações de gênero, classe e etnia, que acredito ser assuntos pertinentes para se tratar em aula. Enfim, espero ter respondido tua pergunta e agradeço novamente os comentários!

    Att. Juliana Avila Pereira

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  3. Parabéns pelo texto Juliana Avila Pereira e Thalis Figueiredo Sartorio que se chama “O ensino de História através do cinema” em que é abordado que é fundamental reinventar nossas práticas enquanto sujeitos partícipes no processo de construção de uma educação no sentido emancipador e transformador, intenta-se a partir de reflexões sobre o Ensino de História articulado a indústria cultural e a área do cinema, possibilidades de anúncios na esfera educativa. Enquanto educadores e pesquisadores, consideramos os espaços educativos na relação de saberes construídos e tramados a partir das experiências e vivências dos sujeitos que compõem os processos de ensino-aprendizagem.
    Assina Francielcio Silva da Costa.

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    1. Obrigada pelo comentário! Att. Juliana Avila Pereira

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  4. Neste sentido, porque a educação pela arte cinematográfica é um grande desafio dos educadores?
    Assina Francielcio Silva da Costa.

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    1. A educação através da indústria cinematográfica torna-se um desafio na medida em que o cinema não tem um compromisso historiográfico como nós historiadores. Ele é uma arte e como arte se permite inventar e produzir narrativas fictícias, mesmo que se tente se aproximar de uma história real. Além disso, os alunos podem compreender o filme como uma "verdade única", o que não corresponde a realidade, tendo em mente que é uma narrativa e um grande recorte. Por isso torna-se um desafio em que os professores devem conduzir com cautela e responsabilidade.

      Att. Juliana Avila Pereira

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  5. O que um filme possibilita de relevante para o professor de História em suas aulas?
    Assina Francielcio Silva da Costa.

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    1. Existem vastas possibilidades de uso, tanto para exemplificar determinados contextos através da cultura visual, quanto para fomentar debates com a turma sobre temas que são abordados na narrativa. Claro, sempre tendo em mente que o educador deve conduzir esses debates com responsabilidade.

      Boa noite, Douglas! Obrigada pelos comentários positivos e também pela contribuição teórica com Pierre Norá, concordo plenamente com está adição e o seu comentário. Sobre a pergunta, creio que muitos filmes podem sim ser utilizados como ferramentas em aulas, não somente aqueles anunciados com narrativas históricas. Um exemplo é o filme Malévola, muito popular, através dele podemos observar uma tentativa de (re)construção de um cenário medieval, mesmo o filme não girando entorno disso. Outro ponto que pode ser levantado são as relações de gênero, classe e etnia, que acredito ser assuntos pertinentes para se tratar em aula. Enfim, espero ter respondido tua pergunta e agradeço novamente os comentários!

      Att. Juliana Avila Pereira

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  6. Os filmes de cunho histórico são uma realidade bem presente na sala de aula, contudo se não houver uma abordagem prévia do professor sobre como diferenciar dentro do filme o que eu representação histórica e o que é ficção os alunos podem ter o filme como uma realidade totalmente verdadeira do passado. Diante disso, didaticamente, como você acha possível desenvolver nós alunos a mentalidade de separar a ficção da realidade história que o filme apresenta?
    Atenciosamente
    Everlly Silva Bezerra de Lima

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    1. Olá! Essa questão se resume como o educador utiliza os filmes. Se, desde o primeiro momento em aula, o professor enfatizar que aquele filme é um recorte, uma narrativa fictícia, uma visão sobre um acontecimento só de ângulo, enfim, é um caminho para traçar esta divisão entre Realidade x Ficção.

      Att. Juliana Avila Pereira

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