Marcos de Araújo Oliveira

 

MÍDIA E MEMÓRIA NA SALA DE AULA: “PACTO BRUTAL - O ASSASSINATO DE DANIELLA PEREZ” (2022) E O USO DE DOCUMENTÁRIOS NO ENSINO DE HISTÓRIA 

 

Introdução

Sabe-se que o exercício da teoria e prática se torna peça fundamental no processo de ensino aprendizagem, entretanto, notamos uma crescente ampliação das tecnologias e meios de informação a nível global, que acabam por influenciar e adentrar a esfera educacional, principalmente com os mais jovens.


De acordo com Santos e Silva (2011) os filmes e documentários auxiliam na comunicação, fator essencial para estabelecer diversos tipos de relações humanas, ainda segundo as autoras “O uso desses recursos didáticos e metodológicos, de maneira adequada pelo professor, proporciona a criticidade e a construção de conhecimentos por meio de uma atuação ativa” (SANTOS; SILVA, 2011, p. 1).


Nesse sentido, ao se escolher uma produção audiovisual que adota a narrativa em formato de documentário, é necessário traçar abordagens para que tal fonte de estudos, possa ampliar os saberes dos estudantes com temáticas pertinentes a construção do conhecimento histórico em sala de aula, visto o potencial pedagógico que este tipo de fonte possui.

 

Em 21 de Julho de 2022, o serviço de streaming HBO Max lançou a série em formato de documentário “Pacto Brutal – O assassinato de Daniella Perez” que conta em detalhes sobre o crime de assassinato orquestrado por Guilherme de Pádua e Paula Thomaz contra a atriz Daniella Perez, no dia 28 de dezembro de 1992. O crime chocou a todo o Brasil, causando grande comoção e chegando inclusive a ofuscar a renúncia do presidente da república, Fernando Collor.

 

Ao se completar 30 anos desse crime, é notável ver como a abordagem de uma série documental expõe o impacto que a morte de Daniella Perez ocasionou na mídia e na própria Lei Brasileira, já que através da atuação de sua mãe Glória Perez, o homicídio qualificado (assassinato por motivo fútil ou torpe, mediante tortura ou o impedimento da vítima se defender) foi elevado à categoria de crime hediondo, ou seja, considerado bastante grave, inafiançável e livre de anistia.

 

Vale ressaltar, que o ser humano em sua vivência coletiva pode enfrentar experiências de grande impacto coletivo – a exemplo de uma perda tão brutal como a da jovem atriz em ascensão, o que consequentemente marca a memória coletiva e afeta comportamentos sociais, visto na mudança da lei numa tentativa de refutar quaisquer novas práticas que geram esses traumas coletivos.

 

“Pacto Brutal: O assassinato de Daniella Perez”: Uma denúncia à crueldade

Com o avanço da era digital, nota-se que os filmes e séries das plataformas de streaming são cada vez mais consumidos pelos jovens em idade escolar, e devido a sua infinidade de gêneros, podem ser utilizados na sala de aula. Compreendemos por streaming, a transmissão, em tempo real, de dados de áudio e vídeo de um servidor para um aparelho – como computador, celular ou Smart TV. Geralmente, o termo streaming vem acompanhado das palavras serviço ou plataforma, já que se popularizou pelas empresas que oferecem vídeo (filmes, séries, documentários) ou áudio (músicas, podcasts) para serem consumidos em tempo real pelos clientes.

 

A série documental “Pacto Brutal – O Assassinato de Daniella Perez” disponibilizada pelo serviço de streaming HBO Max é dividida em cinco episódios, sendo os dois primeiros lançados no dia 21 de julho e os outros três finais lançados em 27 de julho de 2022, ano em que se completam 30 anos do assassinato da atriz Daniella Perez. Essa produção foi concebida por Tatiana Issa, que atua também como diretora junto com Guto Barra, escritor do roteiro, contando o trágico assassinato a partir da perspectiva da mãe de Daniella, Gloria Perez, seu marido Raul Gazolla, além da família e de amigos.

 

Daniella Perez, nascida em 11 de agosto de 1970, tinha 22 anos quando atuava na telenovela “De Corpo e Alma”, exibida às 20h pela Rede Globo, em 1992. A trama era escrita pela mãe da atriz, Glória Perez e Daniella interpretava a doce dançarina Yasmin Bianchi, irmã da protagonista Paloma (papel de Cristiana Oliveira). Yasmim fazia par romântico com Caio (papel de Fábio Assunção), mas num dado momento da trama, passa a envolver-se com Bira, personagem interpretado por Guilherme de Pádua, jovem ator com 23 anos a época.

 

Como estava previsto na sinopse, Yasmin terminaria a trama ao lado de Caio, e logo que Guilherme de Pádua viu seu personagem perder espaço, passou a assediar Dani (apelido carinhoso da atriz) pelos corredores da Tycoon (estúdio de gravações da novela) no intuito de obter vantagens, já que Daniella era filha da autora da novela, e Guilherme tinha um desejo crescente pela fama a qualquer custo. Não sendo correspondido pela atriz, Pádua cometeu um dos crimes mais brutais do país.

 

Segundo Tavares (2019) em 28 de dezembro de 1992, o ator, junto com sua esposa e também atriz, Paula Thomaz, perseguiram o carro de Daniella Perez após as gravações e após adentrarem no carro da vítima, espancaram e assassinaram a jovem com dezoito perfurações com objeto pontiagudo em seu corpo, abandonando o corpo em um matagal.

 

“Nos dias que seguiram o fato criminoso, a investigação policial sobre o caso logo identificou Guilherme como suspeito, visto que diversas provas de materialidade e autoria surgiram, como o testemunho de camareiras da emissora de TV afirmando ter visto o ator com raiva pelo seu sumiço nos capítulos seguintes, além de seu carro coincidir com o avistado na cena do crime. Após ser confrontado com os indícios de sua participação no crime, Guilherme confessou o assassinato”. (TAVARES, 2019, p. 38)

 

O assassinato de Daniella chegou inclusive a ofuscar as manchetes de renúncia do Presidente Fernando Collor de Mello em 29 de dezembro de 1992, o que mostra o impacto daquela tragédia para a sociedade da época. Porém, não se sabe ao certo qual a verdadeira motivação dos criminosos; vemos no acervo de reportagens da série, que ambos demonstraram durante o período de investigações, comportamentos dúbios, manipuladores e principalmente mentirosos.

 

Guilherme de Pádua alegou que Daniella o assediava e que no dia do crime pediu para encontrá-lo naquele local isolado e ao não ser correspondida por ele, o atacou; nesse instante, Paula que estava escondida no carro a matou com tesouradas num surto de ciúmes, sem que ele pudesse impedi-la. Já Paula nega que tenha estado no local do crime, acusando Guilherme de ser o único autor e se declarando inocente. Entretanto, vários indícios e provas, mostram que o casal premeditou a morte da atriz. Os mesmos foram presos, julgados e condenados pelo crime em 1997, ele a 19 anos e ela a 18 anos e seis meses de prisão.

 

“O caso ganhou repercussão nacional e internacional, com diversos veículos de comunicação passando a noticiar o caso com afinco, visto que se tratava do assassinato de uma jovem vista diariamente por mais de trinta milhões de brasileiros, além de filha de uma das maiores novelistas do país. Glória Perez, temendo que os acusados do crime não se mantivessem presos ou não fossem condenados pelo assassinato, se utilizou da repercussão do caso e deu início a uma campanha para o endurecimento das leis penais que versam sobre homicídio qualificado”. (TAVARES, 2019, p. 3-4)

 

Ao longo dos episódios, vemos vários elementos característicos do gênero documentário como: reportagens da época, manchetes de jornais, laudos do processo, etc. A série se mostra muito bem orquestrada pelos seus idealizadores ao mostrar o impacto da tragédia na vida dos entes queridos de Dani e a reiterar a culpa dos assassinos, não havendo participação dos acusados na série, já que a produção não busca evidenciar versões, e sim destacar a conclusão da justiça - que condenou os criminosos. Vale destacar, os vários tributos prestados a figura de Daniella e a campanha “Ela queria viver”, sendo que a repercussão do crime conseguiu mudar a Lei Brasileira. De acordo com Leite e Magalhães (2013, p. 2230)

 

“Por isso, considera-se que o homicídio da atriz Daniella Perez trouxe à luz uma multiplicidade de memórias de grupos, coletividades, baseadas em quadros valorativos sentimentais, familiares, religiosos, afetivos, etc., evocando a memória social e coletiva do setor artístico nacional, da família, de instituições privadas e governamentais a partir do ponto de vista de um discurso plausível de necessidade de justiça dentro da sociedade como um todo, até a criação da Lei nº 8.930/94, que incluiu o homicídio qualificado na Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90)”.

 

A série expõe a luta de Glória Perez, colegas artistas e de pessoas anônimas, no engajamento de uma campanha popular para recolher assinaturas de modo que o homicídio qualificado fosse inserido como crime hediondo, fato que se concretizou em 1994. Mas também se destaca por dar um novo olhar a vida de uma jovem que tinha um belo futuro pela frente, desmentindo o envolvimento amoroso com Pádua - suposição que fere a memória da vítima, cujo brilho foi interrompido num crime de crueldade que jamais se apagará da História.

 

O uso dos documentários no ensino de História

A História enquanto campo de estudo que trata das ações dos homens ao longo do tempo, tem entre sua principal função apresentar conhecimentos sobre testemunhos, vestígios e narrativas historiográficas, influenciando na construção da memória e expondo o legado dos sujeitos históricos em vários segmentos, como na esfera social, política, econômica e cultural.

 

Entretanto, a História enquanto ciência das humanidades, passou por várias modificações na sua metodologia de investigação e de narrativa, bem como na forma de operar e atender aos anseios sociais. Ainda assim, muitas vezes o conhecimento histórico pode ser encarado de forma complexa, já que a construção de uma narrativa nem sempre apresenta um dado concreto ou um relato extremamente linear; é preciso portanto, refletir que a História, vai muito além do que desenterrar “velhos esqueletos empoeirados” do passado, mas sim tratar das mudanças e permanências que atingem a todos nós - agentes históricos, ou seja, tem muito a nos revelar sobre as rupturas e continuidades e por isso é de extrema relevância o seu ensino no ambiente escolar. De acordo com Abud (2003, p. 184)

 

“As novas tendências e as correntes historiográficas que entendem a História como construção, aliadas a concepções que envolvem o processo de ensino-aprendizagem, provocaram transformações bastante profundas na construção da História como conhecimento escolar. Tais transformações produziram modificações na Didática da História e provocaram uma reformulação na prática pedagógica. É necessário que se destaque a introdução e a permanência, nos documentos curriculares, de orientações sobre o uso das novas linguagens, a despeito da inércia da organização escolar no sentido de consolidá-las como práticas cotidianas”.

 

Entre as novas linguagens que adentram a didática do ensino de História, temos os recursos audiovisuais, como filmes e documentários, que cada vez mais expandem o seu formato de acesso ao público, não mais restritos ao cinema ou TV, mas hoje são reproduzidos com apenas um “click” em celulares ou computadores, algo bem crescente após a ascensão dos serviços de streaming.

 

Ao destacarmos o uso de documentários - produções audiovisuais informativas, vemos que esse estilo de obra tem como intenção protagonizar relatos mais verossímeis possíveis, fugindo assim da narrativa romanceada e elementos ficcionais que muitas vezes os filmes históricos apresentam. De acordo com o historiador Marcos Napolitano (2008) entre as fontes audiovisuais discutidas, os filmes documentários e os diversos tipos de jornalismo (no rádio, no cinema e na TV) podem potencializar esse "efeito de realidade", pois a busca de eventos e processos fornece o mote para a criação.

 

“Alguns historiadores que pensaram a questão do cinema como fonte histórica ainda trabalham com uma dicotomia bastante rígida entre os actuality films (documentários) e os featured films (filmes encenados). No primeiro tipo, conforme essa visão, cada plano, sequência ou produção completa é um registro primário do passado e seu conjunto editado transforma-se num documento em si”. (NAPOLITANO, 2008, p. 242)

 

Desse modo, o documentário assume o caráter de trazer de forma sequenciada, informações sobre determinado assunto, evento ou personalidade se baseando em relatos documentais, orais e até na veiculação de informações da imprensa. Porém, é sempre uma fonte que merece uma análise e reflexão, pois conforme defende Napolitano (2008) a tensão entre subjetividade e objetividade, impressão e testemunho, intervenção estética e registro documental, marca as fontes históricas de natureza audiovisual e musical. Segundo Napolitano (2008, p. 240)

 

“Na perspectiva da moderna prática historiográfica, nenhum documento fala por si mesmo. [...] Assim, as fontes audiovisuais e musicais são, como qualquer outro tipo de documento histórico, portadoras de uma tensão entre evidência e representação. Em outras palavras, sem deixar de ser representação construída socialmente por um ator, por um grupo social ou por uma instituição qualquer, a fonte é uma evidência de um processo ou de um evento ocorrido, cujo estabelecimento do dado bruto é apenas o começo de um processo de interpretação com muitas variáveis”.

 

Sendo assim, o potencial de estudo do documentário não deve ser ignorado pelo historiador, mas sim analisado como uma fonte histórica passível de problematizações, observando também elementos externos e internos a obra, bem como qual impacto social essa obra audiovisual pretende trazer. Vale ressaltar, que os professores ao exibirem um documentário em sala de aula devem levar a fonte audiovisual não só como estratégia pedagógica, mas também aliar a coerência do material a sua prática educadora, sendo consciente do tipo de diálogo que essa obra pode traçar com seus alunos, ao trazer engajamento ao tema que se é abordado.

 

O “Pensar Certo” para a empatia e defesa da vida no ambiente escolar

Paulo Freire em sua obra Pedagogia da Autonomia (1996), defende que a educação não deve se resumir em um ato de transferir conhecimento, mas sim que o ensinar consiste numa prática consciente e que exige risco, a aceitação do novo e rejeite a qualquer forma de discriminação. Além disso, o educador salienta a importância da comunicação para que o processo educativo se baseie no “pensar certo”:

 

“A tarefa coerente do educador que pensa certo é, exercendo como ser humano a irrecusável prática de inteligir, desafiar o educando com quem se comunica e a quem comunica, produzir sua compreensão do que vem sendo comunicado. Não há inteligibilidade que não seja comunicação e intercomunicação e que não se funde na dialogicidade. O pensar certo por isso é dialógico e não polêmico”. (FREIRE, 1996, p. 17)

 

Neste sentido, o ambiente escolar torna-se um importante espaço para diálogos e abordagens de temáticas que colaborem para esse combate de discriminações ou quaisquer formas de ameaça à democracia, enxergando assim os alunos como importantes sujeitos do processo educacional. Conforme expõe Freire (1996. P, 17):

 

“Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais decidida a qualquer forma de discriminação. A prática preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a substantividade do ser humano e nega radicalmente a democracia. Quão longe dela nos achamos quando vivemos a impunidade dos que matam meninos nas ruas, dos que assassinam camponeses que lutam por seus direitos, dos que discriminam os negros, dos que inferiorizam as mulheres”.

 

Desse modo, ao levarmos para as aulas de História algumas problemáticos que precisam ser discutidas entre nossos estudantes como mecanismo para o “pensar certo”, não podemos excluir as desigualdades de gênero e até mesmo, crimes brutais como o feminicídio, que atinge diversas vítimas no Brasil, a exemplo do trágico homicídio de Daniella Perez.

 

Segundo Nicolau (2022) “Pacto Brutal” tornou-se a série original mais assistida da HBO Max no Brasil e na América Latina. Porém, todo esse sucesso, faz-nos reviver uma ferida marcante na história nacional: a morte de uma jovem com todo um futuro pela frente; uma perda não só familiar, mas que afeta e se enraíza em toda memória coletiva como um crime contra toda sociedade:

 

“A grande focalização da mídia em torno do caso, despertando memórias pessoais e sociais de várias naturezas, teria instigado a sociedade a reascender seus valores, tornando-se um fundamental recurso de reconstrução de sua própria realidade, pois, se um fato produz uma comoção considerável no estado perceptivo ou afetivo dos indivíduos e suas consequências materiais e repercussões psíquicas se fazem sentir socialmente, a sociedade o mantém e o insere no conjunto de suas representações”. (LEITE, MAGALHÂES, 2013, p. 2230-2231)

 

Leite e Magalhães (2013) defendem que o impacto midiático tem muita influência nas emoções e sentimentos próprios dos indivíduos que vivem em comunidade; Desse modo, carregada de questões comoventes, que cercam a todos, principalmente no que tange ao clamor de justiça, há de se considerar que a mídia, além de tudo, a memória da sociedade em torno do fato crime por causa de um crime, tenha despertado a atenção da sociedade para seu próprio funcionamento e para a necessidade de proteção dos valores pelos quais decide viver, inclusive revitalizando as práticas institucionais.

 

Por todos os seus ensinamentos sobre o pensar certo em sala de aula para uma educação igualitária e libertadora, aprendemos com Paulo Freire que a vida deve ser valorizada e a sua defesa deve ser trabalhada no ambiente escolar. Dessa forma, o professor ao abordar temáticas com grandes impactos na memória social coletiva, deve estar atento para o exercício da reflexão com seus alunos, pois não é missão da História criar heróis ou vilões, porém é preciso destacar que o “pensar certo” exige de nós abertura para a empatia e respeito ao outro.

 

Considerações finais

Diante da crescente interação de estudantes com novas tecnologias, os professores de História ficam face a vários desafios metodológicos, entretanto a ampliação do diálogo entre as ferramentas das culturas jovens ao ensino de História pode revelar uma perspectiva positiva ao integrar o ensino às vivências dos estudantes.

 

Potencializa-se assim as abordagens em sala de aula de novas linguagens para a construção do conhecimento histórico, a exemplo de documentários como “Pacto Brutal – o assassinato de Daniella Perez” (2022), da HBO Max que muito contribui para o entendimento de um trauma que marca historicamente a memória coletiva nacional.

 

Dessa forma, ao considerarmos a sala de aula como espaço para reflexões sobre temáticas sociais - como mídia e memória, a disciplina de História não se reduz a apenas investigar o passado, mas busca tecer importantes reflexões sobre a trajetória dos homens ao longo do tempo e as diferentes perspectivas de nos enxergamos como agentes históricos, buscando despertar a empatia e consciência histórica em nossos alunos.

 

Referências biográficas

Marcos de Araújo Oliveira é graduado em Licenciatura plena em História pela UPE – Universidade de Pernambuco, no campus Petrolina (2016-2019) e Pós Graduado em Ensino de História pela FUNIP- Faculdade Única de Ipatinga (2020-2021).

 

Referências audiovisuais

ISSA, Tatiana; BARRA, Guto (Direção). Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez. (1° Temporada). Produção e Distribuição: HBO Max. Brasil. 2022.

 

Referências bibliográficas

ABUD, Kátia Maria. A construção de uma Didática da História: algumas ideias sobre a utilização de filmes no ensino. História, v. 22, n. 1, p. 183-193, 2003.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

 

LEITE, Corália Thalita Viana Almeida; MAGALHÃES, Lívia Diana Rocha. Mídia e memória: do caso Daniella Perez à previsão do homicídio qualificado na Lei de Crimes Hediondos. Revista Eletrônica Direito e Política, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ciência Jurídica da UNIVALI, Itajaí, v.8, n.3, 2013.

 

NAPOLITANO, Marcos. Fontes audiovisuais: a história depois do papel. In: PINSKY, C. B (org). Fontes Históricas. São Paulo: Contexto, 2008, p. 231-290.

 

NICOLAU, Analice. “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez” se torna série brasileira original mais assistida na HBO Max. Jornal de Brasília, 2022. Disponível em:<https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/analice-nicolau/pacto-brutal-o-assassinato-de-daniella-perez-se-torna-serie-brasileira-original-mais-assistida-na-hbo-max/>. Acesso em 31 Jul 2022.

 

SANTOS, S. J.; SILVA, A. E. P. A utilização de vídeos e documentários como metodologia diversificada no ensino de História. In: XV Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e XI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação, 2011, São José dos Campos. Anais.... São José dos Campos: Universidade do Vale do Paraíba, 2011.

 

TAVARES, Cláudio Erlon Castro. A influência da mídia no processo penal brasileiro. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). 47 p. Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Direito. Fortaleza. 2019.

4 comentários:

  1. Rannyelle Rocha Teixeira12 de setembro de 2022 às 17:07

    Boa tarde, Marcos de Araújo Oliveira

    Achei muito interessante seu texto. Mas eu gostaria de saber (não ficou muito claro para mim) como você contextualizou e abordou os temas que o documentário desperta, por exemplo, a violência de gênero, a mudança na lei após o assassinato da Daniela Perez, os acessos públicos ou de carreira em que as mulheres lutavam para conquistas (a própria Daniela representa isso)? Qual ou quais análises críticas que os alunos e alunas absolveram do documentário? Obrigada, Rannyelle Rocha Teixeira

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  2. Olá, Marcos Oliveira, parabéns pelo seu texto.

    O documentário em questão é rico de possibilidades de discussões para turmas de alunos do ensino básico, como o uso de métodos investigativos e "provas" e "vestígios" para se chegar a fatos, como na investigação histórica, e a importância de desenvolver um pensamento crítico diante da mídia e das diferentes versões dos fatos. Mas este documentário utiliza imagens explícitas do cadáver da vítima, o que pode dificultar sua exibição em turmas da educação básica com estudantes menores de idade. Que estratégias você sugere para lidar com essa limitação?

    Att.,

    Clivya Nobre

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  3. Boa tarde, sensacional esse texto e a abordagem presente nele, meus parabéns. Minha pergunta se refere a como utilizar recursos como documentários, que muitas vezes reproduzem visões esteriotipadas sobre certos assuntos, no ensino de forma a não disseminar o senso comum entre os jovens?


    Julia Roberta Melo Ribeiro

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  4. Ana Paula Oliveira Lima15 de setembro de 2022 às 23:36

    Excelente pesquisa! O feminicídio de Daniella Perez é recente e o documentário "Pacto Brutal", ainda mais. Você identifica quais demandas por traz do lançamento da produção em pleno Brasil de 2022?

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