Matheus Ongaro Rodrigues Souza e Marisa Noda

 REGÊNCIA REMOTA: “SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945): PROPAGANDAS NAZISTAS, QUADRINHOS E MEMÓRIAS DE SOBREVIVENTES DO HOLOCAUSTO”


 

Durante a pandemia do COVID-19, o ambiente escolar exigiu a migração para o modelo remoto e híbrido. Desta maneira, professores e alunos tiveram de adequar a rotina e o cronograma ao uso de novas tecnologias e plataformas; para o professor e para a continuidade do ensino, a necessidade de se atualizar, adequar e utilizar novos meios e metodologias foi de extrema importância. Diante de dificuldades na estrutura das instituições de ensino básico, o educador precisou se reinventar para que o novo ambiente escolar não implicasse na depreciação e apagamento do professor, do ensino presencial e dos avanços conquistados sobre os métodos do ensino tradicional.

 

Em meio ao ambiente de adaptação e reinvenção, surge a proposta que dá título ao texto. Durante o ano de 2021 e 2022, alunos do curso de História da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Campus Jacarezinho/CCHE) participaram do Programa Residência Pedagógica (RP). A participação no RP oportunizou colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do curso com uma proposta de formação que priorizou leituras e análises bibliográficas direcionadas ao Ensino de História, utilização de fontes históricas em sala de aula e orientação para o uso e adequação das ferramentas virtuais na prática docente. Diante do contexto de formação e estágios remotos, priorizamos relatar uma experiência de regência remota realizada no 3º ano do Ensino Médio, que ganha destaque ao ser proposta e realizada de maneira remota e síncrona; para a aplicação da regência foram utilizadas plataformas virtuais, bibliografia e fontes históricas diferenciadas, como o uso e análise de uma HQ e de propagandas nazistas na sala de aula remota virtual. 

 

A regência teve como temática a Segunda Guerra Mundial, dando ênfase ao holocausto e às memórias e relatos das vítimas do período por meio de Histórias em Quadrinhos. A escolha da temática foi pensada a partir dos objetivos dos residentes em utilizar plataformas virtuais, fontes orais e iconográficas no modelo de ensino remoto, sem deixar de lado a participação do aluno, buscando o distanciamento de recursos e leituras tradicionais que podem ser considerados padrões dos currículos escolares. Seguindo plano docente da professora preceptora da turma na disciplina de História, propomos esclarecer dúvidas e falsas concepções sobre o nazismo e o holocausto, como a recente ideia de que ambos não existiram; objetivamos construir conhecimentos sobre o contexto focando os antecedentes políticos, sociais e econômicos do conflito de 1939, também o antissemitismo e a escala do nazismo e a perseguição aos judeus antes e durante o holocausto. 

 

Com a proposta de trabalhar, na segunda parte da regência, com fontes orais e quadrinhos de sobreviventes do holocausto, tivemos como objetivo promover a compreensão da proporção de danos a diversos grupos considerados inimigos pelo governo nazista, e trazer para a sala de aula uma fonte diferenciada de narrativa de um sobrevivente do holocausto, que auxilia a compreensão acerca do ocorrido e introduz os alunos à memória e oralidade como fonte histórica. A seguir, serão relatadas atividades desenvolvidas em conjunto com a regência, como planos de aula, observações da turma e atividades de conhecimentos prévios e pós-aula, essenciais para o desenvolvimento e análise dos resultados da proposta.

 

Para elaborar a proposta de aula, realizamos diversas leituras ligadas à temática e também ao uso das ferramentas e o ensino remoto; leituras e conhecimentos que foram orientados durante o desenvolvimento do programa, textos que direcionam as fontes históricas e metodologias escolhidas pelos residentes (fontes orais e iconográficas). Portanto, o referencial teórico vai além da temática em si, ligando-se também às novas metodologias e ferramentas que o professor teve que se utilizar para realizar as aulas no modelo remoto, ou híbrido (posteriormente). Em relação ao tema específico da primeira parte da aula, Segunda Guerra e o Governo Nazista, trabalhamos com o livro de Laurence Rees, intitulado “Holocausto: Uma Nova História” (2018), em que o autor trabalha as causas da perseguição aos judeus e o holocausto através de uma extensa pesquisa e relatos de fontes orais de sobreviventes. Utilizando de alguns capítulos da obra, os residentes puderam construir uma proposta que incorporasse à temática a maneira com que o antissemitismo cresceu e se tornou parte dos ideais do governo de Adolf Hitler, os resultados da propaganda e perseguição nazista e como se sucedeu e veio ao fim o holocausto. Também realizamos a leitura complementar de trechos dos livros “A Segunda Guerra Mundial”, de Martin Gilbert (2014), e “O Que Resta de Auschwitz”, de Giorgio Agamben (2008).

 

Para a segunda parte da aula trabalhamos o Holocausto especificamente, trazendo características da propaganda nazista contra os judeus. Além do livro de Laurence Rees, utilizamos trechos da obra de Zygmunt Bauman, “Modernidade e Holocausto” (1998), e artigos que auxiliaram na incorporação da fonte trabalhada no final da aula, “Maus: A História de um Sobrevivente”, de Art Spiegelman (2009), com o conteúdo em sala de aula. Quando tratamos especificamente da criação, funcionamento e horrores vividos nos campos de concentração e extermínio, utilizamos da leitura do artigo “Os Campos de Concentração Nazistas em Território Polonês e a Dinâmica de Mortes em Massa do Holocausto”, de Ivo dos Santos Canabarro e Rafael Zimmermann (2018).

 

Analisamos outras experiências e relatos com o uso da fonte em sala de aula, como no artigo intitulado “Uso da História em Quadrinhos Maus como Recurso Didático no Ensino de História”, de Viviane Carneiro de Oliveira e Jaqueline Oliveira de Araújo (2016); do artigo intitulado “Sangrando História: Os Quadrinhos Maus e uma Narrativa do Holocausto a Contrapelo”, de Danilo Nagib Queiroz, Débora El-Jaick e Márcio José de Melo (2017); e, consequentemente, a própria obra em quadrinhos, selecionando trechos para serem utilizados e analisados em sala, publicado pela Companhia das Letras em 2009.

 

Para realizar as observações e, posteriormente, as regências, utilizamos o ambiente virtual Google Meet: plataforma gratuita que oferece a possibilidade de criação de uma sala de videoconferência, o envio do Link de convite aos residentes e alunos e a autorização ou não do acesso de outros usuários. O Google Classroom foi uma das plataformas mais utilizadas pelo professor para divulgar o Link da aula, avisos e atividades assíncronas, e também para permitir o diálogo remoto entre todos os envolvidos no processo educacional. Foi através dessa plataforma que os residentes puderam aplicar e compartilhar as atividades elaboradas com o uso do Google Forms.

 

Antes de aplicar a regência, a temática e os componentes da proposta de aula dos residentes foram desenvolvidos e avaliados pela orientadora e pela professora preceptora do colégio. Após esse processo, os residentes foram orientados a construir uma atividade que pudesse coletar dados sobre quais conhecimentos os alunos já dispunham acerca do tema, e o que gostariam de saber sobre o mesmo. A partir dessa premissa, desenvolvemos uma “Atividade de Conhecimentos Prévios”, através da plataforma Google Forms, com perguntas direcionadas ao conteúdo proposto para a aula; a atividade contou com perguntas, GIFS e exemplos de produções sobre o período. Com o objetivo de distanciar o caráter “formal” de perguntas e respostas, a atividade foi criada com aspectos de um jogo interativo, com iconografias, perguntas relacionadas ao conhecimento prévio dos alunos, à produção cultural com a temática da guerra e do holocausto; séries, filmes, livros e qualquer outra produção nesse sentido.

 

A atividade foi disponibilizada alguns dias antes da aplicação da regência, o que possibilitou, se fosse necessário, a mudança ou incorporação de novas informações e temáticas à proposta de regência. Após a aplicação da regência, a segunda atividade de avaliação de apreensão de conteúdo, foi compartilhada com os alunos; no formulário, foram dispostas perguntas sobre a aula em si, as causas do conflito, conhecimentos específicos sobre a guerra e o holocausto. Com caráter e objetivo de propor uma atividade de avaliação, o formulário foi fechado e a coleta de dados analisada e interpretada a fim de observar como foi a recepção, resposta e impacto da aula nos alunos.

 

A regência foi dividida e aplicada em dois momentos distintos. A primeira parte, trazendo a temática de contexto da guerra, causas do início do conflito e informações e discussões sobre a figura e as ações de Adolf Hitler e o do governo nazista; em um segundo momento, dedicado ao estudo da perseguição aos judeus, nomeado como holocausto, seu início e desenvolvimento, os atingidos e as memórias de sobreviventes, assim como a apresentação e análise de fontes diferenciadas relacionadas à temática: Histórias em Quadrinhos e propagandas antissemitas.

 

Durante a primeira aula, foram apresentadas as temáticas relacionadas ao contexto histórico do período e da guerra, assim com os antecedentes do holocausto, percorrendo desde o início e causa do conflito, até conteúdos mais densos como as características do governo de Hitler, e os diversos acontecimentos que auxiliam no entendimento mais intrínseco de como pensava e atuava a frente nazista. Foram discutidas, na primeira parte da regência, as diversas “causas” que deram início ao conflito. Os residentes, desta maneira, objetivaram evitar uma visão única e simplista do acontecimento em sua totalidade: criando uma fala que incorporasse as disputas de território, a produção armamentista, o avanço da política imperialista alemã e o revanchismo franco-alemão, e como estas temáticas contribuíram para a explosão da segunda grande guerra. Ao final da apresentação, os residentes trabalharam com as especificidades do governo nazista e seus ideais, na tentativa de desenvolver os aspectos e conhecimentos necessários para entender o período e o conflito em questão; foi através desta última temática que construímos uma transição para a temática da segunda aula.

 

Na segunda parte da regência, os residentes direcionaram o foco da aula para a temática do holocausto e as memórias dos sobreviventes. Desde conhecimentos básicos, como o significado da palavra holocausto, até o funcionamento e desenvolvimento da perseguição aos judeus, o objetivo foi pautado no trabalho com as fontes e assuntos mais recorrentes no estudo do período e do conflito. A “Atividade de Conhecimentos Prévios” demonstrou que os alunos tinham dificuldade nos conhecimentos básicos (primeira aula), mas que conheciam minimamente a produção literária e cinematográfica sobre a Segunda Guerra Mundial e sobre os sobreviventes por meio de filmes, séries e obras como “O Diário de Anne Frank”. Foram trabalhadas em sala as fases que recortam a perseguição aos judeus: o início da morte sistemática (Noite dos Cristais, 1938), como o nazismo justificava tal perseguição e o uso da propaganda neste sentido, a “Solução Final” e o funcionamento dos campos de concentração e extermínio. Durante essa aula, a utilização das iconografias se mostrou extremamente necessária, para que os alunos pudessem visualizar de maneira mais significativa as características da perseguição e propaganda nazista: a partir do antissemitismo e assimilação do povo judeu a animais (ratos), tema principal da História em Quadrinhos “Maus” (2009).

 

Ao final da aula, os residentes puderam apresentar algumas das memórias e relatos mais recorrentes no estudo do período, como o livro “O Diário de Anne Frank” (2015) de maneira breve, e o quadrinhos “Maus” (2009), de Art Spiegelman; deste último foi analisado um trecho do livro, além do desenvolvimento de uma breve interação dos alunos: os residentes questionavam e auxiliavam a análise dos aspectos tratados pelo quadrinho, com os temas e informações da aula até então. Os alunos observaram a temática retratada na obra e a maneira que o autor constrói e apresenta a narrativa dos fatos, através da perspectiva de uma vítima do holocausto judia, pai do quadrinista e jornalista.

 

Ao final das duas partes da regência, os residentes reservaram minutos que poderiam ser utilizados para um debate, apontamentos ou solução de dúvidas dos alunos. Com o ensino remoto, observou-se que a participação dos alunos diminuíra consideravelmente, seja na presença das chamadas virtuais e em sala, quanto no momento da regência em si; porém, ao final da segunda parte da aula, os alunos  utilizaram do espaço do debate para apresentar algumas ideias e discutir brevemente o impacto do holocausto e a importância de se estudar o período e o conflito. 

 

Por se tratar de uma experiência remota e virtual, utilizando de plataformas e ferramentas que não eram utilizadas com veemência anteriormente, devemos analisar breve e parcialmente os resultados da experiência através do aprendizado que as novas metodologias trouxeram para a realização do ensino remoto e as implicações no Ensino de História. Também serão descritos, os resultados da coleta de dados referente às atividades aplicadas antes e depois da regência; ambas foram construídas com o objetivo de integrar a proposta da regência, por isso, é imprescindível os resultados de ambas para a observação do desenvolvimento da aula.

 

Devido à pandemia do COVID-19, o ensino teve de migrar ao modelo remoto, síncrono e assíncrono, de maneira rápida afim de não obstruir ainda mais o andamento do currículo escolar, e também das universidades e programas de estágio. Não foi diferente com o Programa Residência Pedagógica e o colégio concedente: os residentes acompanharam as aulas, desenvolveram atividades e aplicaram regência de maneira remota e através de novas ferramentas e plataformas virtuais. Para acompanhar o real resultado, os impactos positivos e negativos, assim como as modificações e adaptações na prática docente, é necessário tempo; observar, após o período pandêmico, as mudanças ocorridas devido à implantação do modelo remoto e como a educação e o Ensino de História podem reconsiderar metodologias e ferramentas que vieram à tona neste período.

 

De maneira breve, a experiência de observações, atividades, intervenções e regências demonstraram dificuldades que estão relacionadas tanto ao modelo em si, quanto as modificações que foram sofridas devido à pandemia. Essas dificuldades podem ser expressas através do acesso a esse modelo específico, a rapidez com que foi incorporado e fatores externos ligados à sociedade em geral. Exemplo disso é a dificuldade em acompanhar aulas online quando não há os recursos necessários na instituição de ensino ou nas residências dos alunos; a falta de familiaridade com as ferramentas e o modelo remoto; e ainda a situação social e psicológica dos envolvidos no ensino, quando pensamos na situação vivida pela sociedade, durante a pandemia. 

 

A “Atividade de Conhecimentos Prévios” obteve um número de respostas baixo, quando observado por meio da ferramenta de coleta de dados do Google Forms: ao todo, foram coletadas 3 respostas, das quais pudemos observar certa dificuldade no tema na primeira parte da regência, um conhecimento básico sobre o tema da segunda parte e uma grande percepção sobre as produções literárias e cinematográficas com a temática da aula. Com o objetivo de auxiliar os residentes na construção da regência, esta atividade não obteve respostas suficientes para que pudéssemos modificar os conteúdos em vista das dificuldades que surgiriam com o formulário.

 

Já a “Atividade Avaliativa” obteve um maior número de respostas, a partir de três possíveis causas. A primeira, é o o caráter avaliativo, ou seja, a obrigatoriedade da atividade resultou em um número maior de participantes, além de ter sido integrada a um dos tópicos da turma na plataforma do Google Classroom. A segunda possibilidade está relacionada à participação dos alunos, que foi se tornando cada vez maior com o decorrer das aulas e do desenvolvimento do ensino remoto, e a volta dos estudantes para o meio presencial através do modelo híbrido. Por último, podemos associar a um maior número de respostas os resultados da regência em si, podendo ter sido a causa de uma maior participação e interesse dos alunos, tendo em vista que observamos repostas em comentários ao final da regência, no momento da aula. O objetivo das atividades e da proposta de regência, além do conteúdo, foi o de criar uma consciência crítica sobre a temática retratada (Segunda Guerra Mundial e Holocausto) e a sociedade em que estão inseridos, quando pensamos na importância de se estudar, por exemplo, as memórias dos sobreviventes do período. Tanto na atividade avaliativa, quanto nos comentários e relatos em aula, os alunos demonstram um sentimento de repúdio às práticas nazistas, e o pensamento de que tal acontecimento não deve ser repetido novamente. Ao todo, foram 11 respostas na atividade avaliativa, número relativamente menor do que os alunos que estão matriculados na turma, porém suficientemente satisfatório quando comparado aos alunos que participam de todas as aulas no decorrer calendário escolar.

 

Ao longo da formação em licenciatura, somos incluídos em temáticas e disciplinas que estão relacionadas diretamente à prática docente em si, como em teorias, metodologias e práticas de ensino. Devido à carga de estudos em educação, à diversidade de conteúdos e aos conhecimentos e experiências do Residência Pedagógica, conseguimos executar uma prática docente que engloba diversas metodologias, e, no caso de regências como esta, há a possibilidade de se trabalhar com ferramentas tecnológicas virtuais e plataformas que agregam nossa prática.

 

A experiência relatada está inserida em um contexto em que o professor precisou, novamente, provar sua capacidade de adaptação como educador e pesquisador; demonstrando também a importância da formação continuada, do estágio, da leitura e elaboração de projetos e planos de aula para a graduação de futuros professores, aptos a enfrentarem as diversidades e dificuldades que o ensino pode apresentar. Além dessa prerrogativa, devemos memorar a importância de uma formação que incorpore ao currículo do educador os conhecimentos e habilidades para o trabalho com diversas fontes, ferramentas e plataformas, sejam elas remotas e virtuais, síncronas ou assíncronas que estejam ligadas à prática docente. 

 

A regência remota sobre a Segunda Guerra Mundial e o Holocausto, por meio da utilização de quadrinhos e propagandas, foi construída durante os anos finais da formação, estabelecendo uma oportunidade valiosa com conhecimentos adquiridos ao longo do curso e especialmente no ínterim da formação do Residência Pedagógica. Por último, a escolha temática não só esteve ligada ao cronograma dos alunos, como também foi direcionada aos objetivos de trabalho com fontes diferenciadas, sobre um período que deixou marcas e discussões pertinentes até os dias atuais. Conclui-se que, apesar da participação reduzida, efeito colateral da pandemia do COVID-19, a experiência da regência remota obteve resultados parciais positivos.

 

Referências biográficas

Matheus Ongaro Rodrigues Souza, graduado em História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná.

 

Dra. Marisa Noda, professora da Universidade Estadual do Norte do Paraná.

 

Referências bibliográficas

AGAMBEN, Giorgio. O Que Resta de Auschwitz: o arquivo e a testemunha. Tradução Selvino J. Assmann. São Paulo: Boitempo, 2008.

 

ANDRADE, Débora El-Jaick; MALTA, Márcio José de Melo; MATTOS, Danilo Nagib Queiroz. Sangrando história: Os quadrinhos Maus e uma narrativa do holocausto a contrapelo. 4ª Jornada Internacional de Histórias em Quadrinhos. São Paulo: USP, 2017.

 

ARAÚJO, Jaqueline Oliveira de; OLIVEIRA, Viviane Carneiro de. Uso da história em quadrinhos Maus como recurso didático no Ensino de História. 3º CONEDU. Rio Grande do Norte, 2016.

 

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Tradução Marcus Penchel. 1. Ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.

 

CANABARRO, Ivo dos Santos; ZIMMERMANN, Rafael. Os campos de concentração nazistas em território polonês e a dinâmica de mortes em massa do holocausto. VI Seminário Internacional de Direitos Humanos e Democracia. 2018.

 

FRANK, Anne. O diário de Anne Frank. Trad. Alves Calado. Rio de Janeiro: Editora Record, 2015. 48ª ed.

 

GILBERT, Martin. A Segunda Guerra Mundial: os 2.174 dias que mudaram o mundo. Tradução Ana Luísa Faria, Miguel Serra Pereira. 1. Ed. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2014.

 

REES, Laurence. O holocausto: uma nova história. São Paulo: Vestígio, 2018.

 

SPIEGELMAN, Art. Maus: A história de um sobrevivente. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.


4 comentários:

  1. Oi, Matheus e Marisa! Parabéns pelo trabalho!
    Muito interessante esse relato de experiência.
    O holocausto é considerado um tema sensível e difícil para se trabalhar em sala de aula, devido tamanha crueldade praticada na Segunda Guerra Mundial. E ainda temos que lidar com os negacionistas. Gostaria de saber, mesmo ministrando aulas online foi possível observar sensibilidade por parte dos alunos e em algum momento houve um comentário desagradável?

    Daiane da Silva Vicente

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Daiane, obrigado pelo elogio!
      Os temas e fontes relacionadas a Segunda Guerra Mundial, especialmente sobre o holocausto, as vítimas e sobreviventes, são extremamente sensíveis; exigem cuidado, preparação prévia e muita leitura.
      Durante o estágio remoto, a participação dos alunos ficou muito restrita. Os professores, orientadores e estagiários (residentes) observaram que os alunos tinham certa timidez, ou não tinham aproximação com a tecnologia e plataforma utilizadas. Durante as aulas ministradas através do Google Meet, poucos participaram no microfone ou no chat durante e ao final das aulas. Portanto, não presenciamos comentários desagradáveis, ou até mesmo de repulsa ao ocorrido no período.
      Porém, tivemos uma participação significativa dos alunos, nas atividades interativas desenvolvidas com o uso do Google Forms: formulários de “conhecimentos prévios” e “avaliação da aula e conteúdo”. As atividades foram elaboradas com o intuito de auxiliar o professor a desenvolver a aula de acordo com as dificuldades e conhecimentos dos alunos, e também para avaliar os resultados das regências.
      Ao final da atividade, disponibilizamos um espaço de comentário (opcional), para que os alunos pudessem expressar com suas próprias palavras, suas opiniões sobre o tema da aula. Do número de alunos que realizaram o formulário, todos preencheram este espaço, com mensagens e textos em que expressam uma opinião de repulsa, contrária às ações realizadas contra os judeus, e outros grupos atingidos e perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial.

      Excluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.