Maykon Albuquerque Lacerda e Taylon Jefferson da Silva Machado

 

UM PERCURSO TEÓRICO-METODOLÓGICO SOBRE O USO DO JOGO: REMEMORANDO OS BIOGRAFADOS DA BALAIADA/MA (1838-1841), NO ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL

 

 

Introdução

O presente texto visa ensejar algumas considerações pertinentes sobre o uso do jogo de memória no ensino de História, bem como relatar o percurso teórico-metodológico, do projeto-ação, intitulado: Rememorando os Biografados da Balaiada/MA (1838-1841). Sendo este último, apresentado à disciplina acadêmica de Prática na Dimensão Curricular no Ensino Médio, ministrada no semestre 2019.1, e vinculada ao Curso de História/Licenciatura da Universidade Estadual do Maranhão-UEMA/Campus Caxias, como pré-requisito para a construção de um jogo didático-pedagógico no ensino de história local.

 

Assim, o recorte temático, espacial e temporal do projeto-ação abordado partiu-se de uma situação-problema, percebida no ensino de História escolar, do município de Caxias, Maranhão. Em outras palavras, durante muito tempo, a história foi associada a uma mera disciplina de memorização mecânica, logo, isso tornou o ensino de história obsoleto, devido à ausência de novas práticas pedagógicas docentes que atendessem às expectativas do alunado da educação básica, especialmente, os discentes das escolas públicas. Uma vez que:

 

“O ensino de História vive atualmente uma conjuntura de crise, que é seguramente uma ‘crise da história historicista’, resultante de descompassos existentes entre as múltiplas e diferenciadas demandas sociais e a incapacidade da instituição escolar em atendê-las ou responder afirmativamente, de maneira coerente, a elas” (NADAI, 1992, p. 144).

 

Dessa forma, sentiu-se a necessidade de inserir um jogo de memória no ensino, tendo enquanto suporte pedagógico o uso de biografias nas aulas do componente curricular de História da Rede Pública Estadual de Ensino do Maranhão (Nível Médio). Porém, um dos grandes desafios encontrados na feitura deste projeto-ação, foi a escassez de informações documentais concernentes aos caxienses marginalizados socialmente, o que acabou contribuindo pra com concepções errôneas constantemente reproduzidas pela memória escrita e pelas disputas da tradição oral.

 

Dito isso, será se à atual historiografia caxiense/local ainda privilegia sujeitos biografados tidos como “ilustres”, em detrimento de “pessoas comuns” participantes da Balaiada/MA (1838-1841)? Ou melhor, como um jogo de memória pode resgatar uma perspectiva social, historiográfica e histórico escolar, de inclusão e valorização de sujeitos caxienses participantes da Balaiada? Por sua vez, tida como revolta popular e regencial ocorrida no século XIX, no Maranhão.

 

Nesse sentido, essa iniciativa de projeto-ação, por meio de um jogo lúdico e didático a ser aplicado nas aulas de História do Ensino Médio (Rede Pública de Caxias, Maranhão) é tencionalizado como uma forma de resgatar e descortinar às lembranças, ou melhor, as memórias dos/as alunos/as sobre os participantes da Balaiada, em prol de reconhecê-los e, ao mesmo tempo, fomentar conteúdos locais, como é o caso da Balaiada, ainda pouco explorado pelos docentes, até mesmo sendo negligenciado pelos livros didáticos de História do Maranhão.

 

É claro, de modo específico, sempre a considerar a realidade cotidiana do alunado caxiense, pois a partir disso, espera-se: identificar os biografados da Balaiada no jogo de memória; refletir sobre os questionamentos referente aos participantes da Balaiada, durante a aplicação do jogo proposto; deter saberes existentes sobre o conteúdo Balaiada e sua relevância para o ensino de história local junto aos/às alunos/as contemplados/as (jovens e adultos), a fim de: “[...] sensibilizá-los para reflexão de suas vivências e experiências cotidianas, buscando historicizar e problematizar o sentido atribuído às suas identidades, valorizando o pensar crítico sobre si e sobre o outro, mudando ou não, como sujeitos, a própria história” (ROCHA, 2016, p. 134).

 

Percurso teórico

Dando prosseguimento, um dos grandes questionamentos do professor de História da educação básica, sobretudo, do ensino médio é: como fazer com que nosso alunado goste e se envolva com a história? Uma tentativa trivial de resposta a esta problemática em voga, é o distanciamento temporal e espacial dos conteúdos da área de História. Por exemplo:

 

“[...] seria de difícil compreensão o conteúdo da história antiga da Mesopotâmia em função dessa distância. Tal distanciamento seria um fator de desânimo e desgosto pela aula de História e que, em função disso, o encantamento pela história viria pela potencialidade de o ensino conseguir estabelecer relações entre o conteúdo ensinado e a própria história vivida dos estudantes” (GIACOMONI; PEREIRA, 2013, p. 13).

 

Por isso, surge-se a necessidade de aguçar no alunado o gosto pelas aulas de História, bem como seu envolvimento em atividades práticas de cunho pedagógico, que permitam o processo de ensino-aprendizagem, com resultados positivos. Assim, é salutar pensar em história local, com possíveis conteúdos negligenciados pelo livro didático de História do Ensino Médio, pois o ensino de história não pode estar preso a um livro didático meramente, e sim, estar conectado constantemente com as demandas do tempo presente, ou melhor dizendo: “Este ensino precisa trazer também a marca de intensa autonomia intelectual do professor, que elabora atividades e vai com isso montando seu programa, o que significa que vai expressando seu modo de entender a história” (GIACOMONI; PEREIRA, 2013, p. 32).

 

Desse modo, a escolha de um jogo didático voltado para o Ensino de História, deve-se à sua relevância para o desenvolvimento humano, sobretudo, quando inserido no processo escolar relacionado intrinsicamente ao brincar, ao aprender e ao ensinar. Afinal, segundo Domingues (2022), o jogo é uma eficiente estratégia pedagógica de dinamização de aulas, e de contraposição às monótonas aulas tradicionais ainda vigentes, de assimilação passiva de conteúdos determinados, sem uma dimensão critico-reflexiva. Nisso:

 

“A utilização de jogos como ferramenta pedagógica no ensino de História tem sido cada vez mais frequente na escola básica. Duas razões se destacam nesse contexto: em primeiro lugar, o fato de que há uma série significativa de jogos que abordam temáticas históricas, aproximando a historicidade das realidades dos alunos; em segundo, o grande apelo dos jogos – sejam eles de computador, tabuleiro ou RPG – entre a juventude demonstra a necessidade de pensar formas lúdicas de se ensinar História” (JUCHEM; PEREIRA, 2018, p. 1).

 

Com isso, infere afirmar-se que o jogo de memória tem como função maior, justamente, aproximar a historicidade da Balaiada, como fato ocorrido, à realidade do alunado do ensino médio de Caxias, Maranhão. Tendo consequentemente, a forma de expressão e comunicação entre aluno-professor a ser mais valorizado, e quando inserido adequadamente na aula de História, tornar-se-á um belo exercício prazeroso. É claro, para isso é imprescindível a aceitação do discente escolar, visto que:

 

“[...] é necessário perceber que os alunos demonstram boa receptividade à atividade. Isto pode implicar que se inclua no programa o estudo de tópicos do agrado dos alunos, ou que se negocie para que eles apresentem os resultados do estudo do modo que lhes agrade. Ceder em alguns pontos, na negociação com os estudantes, abre a possibilidade de que se possa ter a adesão deles às nossas propostas em outros momentos. Um bom indicador de que a atividade está produzindo efeitos de aprendizagem são os questionamentos do aluno, quando reconhecemos que de modo espontâneo formulam perguntas, em linguagem que demonstra que processaram às informações, vincularam com seus interesses e produziram perguntas” (GIACOMONI; PEREIRA, 2013, p. 37).

 

E com esses efeitos e exposições acima, é salutar indagar-se o seguinte: mas, afinal o que é um jogo? Conforme, o sociólogo holandês Johan Huizinga (1990):

 

“[...] o jogo é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica. É uma função significante, isto é, encerra um determinado sentido. No jogo existe alguma coisa ‘em jogo’ que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido à ação” (HUIZINGA, 1990, p. 5).

 

Ou seja, o jogo é um elemento, ou melhor, uma prática de socialização inerente ao ser humano. Marcado por um dinamismo e uma criatividade, que o possibilita um conjunto de estratégias para seu funcionamento. Assim, na atualidade, com a necessidade de se buscar novas linguagens para o desenvolvimento de aprendizagens significativas é que o jogo passou a ser resgatado como instrumento lúdico de ensinar e aprender. Desta maneira, intencionalmente:

 

“[...] professores e pesquisadores da educação têm proposto e analisado práticas de ensino adequadas às novas linguagens e tecnologias, buscando construir aprendizagens significativas a partir de situações de interação; logo, neste cenário, os jogos têm sido recuperados como estratégias de transmissão/construção do conhecimento” (ANTONI; ZALLA, 2013, p. 149).

 

Pois com base na menção acima, fora aplicado o jogo de memória: Rememorando os biografados da Balaiada/MA (1838-1841), mediante uma situação de interação em uma das escolas da Rede Pública Estadual de Ensino de Caxias, Maranhão, especificamente, para turmas do 2º ano do Ensino Médio, onde pudera-se perceber um envolvimento dos/as alunos/as com o jogo em questão, e contextualmente, com o conteúdo sobre a Balaiada, ocorrida no Maranhão, durante o período regencial no Brasil (1831-1840). Dito isso, na visão dos Parâmetros Curriculares Nacionais de História (PCN’s), tem-se o seguinte:

 

“Na transposição do conhecimento histórico para o nível médio, é de fundamental importância o desenvolvimento de competências ligadas à leitura, análise, contextualização e interpretação das diversas fontes e testemunhos das épocas passadas – e também do presente. Nesse exercício, deve-se levar em conta os diferentes agentes sociais envolvidos na produção dos testemunhos, as motivações explícitas ou implícitas nessa produção e a especificidade das diferentes linguagens e suportes através dos quais se expressam” (BRASIL, 1998, p. 22).

 

Sendo assim, fora alcançado os objetivos propostos pelo projeto-ação, no que tange à análise crítica dos biografados da Balaiada, principalmente os excluídos, pois se levou-se em consideração às expectativas e dificuldades dos envolvidos na aplicação do referido jogo de memória. Logo, com as perguntas reflexivas, e a memorização das fotografias dos biografados, os/as alunos/as participantes em determinados momentos conseguiam relembrarem onde encontrava-se a foto com relação à pergunta sobre o personagem histórico. E isso infere compreender que a valorização do ensino de história local é fruto de um pretenso rompimento de uma tradição escolar de cunho positivista ainda vigente (COUTINHO, 2002). Pois de fato, em outros termos:

 

“[...] durante muito tempo o ensino de história não deu relevo as vivências dos estudantes e, muito menos, promoveu a valorização de outros sujeitos nas construções das histórias e isso, certamente, configurou um dos reforços – que permeiam a História do ensino de história – de que a disciplina é algo demasiadamente abstrato e, porque não, sem valor para a vida prática dos educandos. Uma narrativa linear de fatos seletos, marcada por personagens (heróis) e acontecimentos simbólicos, com causa e consequência e sem relações de utilidade na vida cotidiana dos alunos, foi o que predominou nas aulas de História [...]” (LAVILLE, 1999, p. 125).

 

Nessa perspectiva, os alunos/as caxienses enquanto sujeitos históricos são capazes de identificar às relações sociais no seu próprio convívio, bem como seu lugar social, para assim desenvolverem uma linha interpretativa-racional concernente a história local, e suas temáticas conteudinais, como a Balaiada/MA (1838-1841). Desse modo, autores como: Viriato Corrêa, José Ribeiro do Amaral e Gonçalo de Magalhães em suas obras, retratam a Balaiada enquanto: “[...] uma luta das hordas, da ralé, que cometeu a pilhagem e o roubo, cujos líderes perturbaram o sossego e o paz na província. Considera Luís Alves de Lima e Silva, um grande e valoroso soldado, que restabeleceu a ordem na província” (BOTELHO, 2018, p. 171).

 

Ou seja, estes nomes da historiografia tradicional detinham um olhar estereotipado sobre a Balaiada, desde o final do século XIX, pois a priori, todos os autores citados partem de suas posições sociais e de um discurso tendencioso ideologicamente, atrelado à história oficial. Logo, “O lugar social do sujeito é uma das condições da construção discursiva, pois o discurso não é uma produção independente das relações sociais, pelo contrário, nasce de certo entendimento das suas contradições” (PALMA, 2011, p. 01).

 

Com base nisso, fora primordial levar a temática local para o espaço escolar, instigando a participação e contribuição do alunado caxiense numa postura crítico-reflexiva sobre o ensino de História e suas propostas de intervenções em sala de aula, apesar da ausência e descaso por parte do Poder Público, em não repensar a introdução da História de Caxias nos livros didáticos escolares locais. Portanto, ainda é vigente no espaço escolar o discurso historiográfico construído e aceitável, que se refere aos motivos que levaram grande parte da população pobre do estado, numa conjuntura desigual e excludente, a contrapor-se ao monopólio político da classe dominante no século XIX.

 

Assim, a historiografia agrega o gênero literário Biografia, pelo seu caráter interdisciplinar, em especial, os “Grandes Homens”, visto que foram testemunhas privilegiadas de seu tempo. Posteriormente, ampliando sua dimensão aos sujeitos tidos enquanto “pessoas comuns” (oriundos das camadas populares). Para reforçar isso, cabe destacar que, no que tange ao uso de biografias em sala de aula: 

 

“[...] em seu conceito mais simples, da história de uma vida em particular, tomamo-la em sua função mais direta: fazer com que essa vida particular espelhe o contexto histórico no qual viveu o personagem. Ou seja, a biografia tem seu valor principal para a História como representação de um período histórico” (SILVA, 2009, p. 27).

 

Nesse viés, o gênero biográfico como método de análise de um determinado período histórico também pode ser integrado ao uso do jogo, sendo ambos elementos de ensino e aprendizagem do conhecimento histórico, à luz de seu público-alvo, no caso, os/as alunos/as do ensino médio, ou melhor, jovens tidos como agentes participativos da sociedade, na qual devem ser formados enquanto cidadãos críticos, criativos, autônomos e responsáveis.

 

Percurso metodológico

Adiante, o projeto-ação abordado, tendo como proposta o jogo de memória: Rememorando os biografados da Balaiada/MA (1838-1841) no ensino de história local, se desenvolveu a partir do aporte teórico de escritores referentes a construção de jogos didáticos no ensino de história em sala de aula, que direcionam seus estudos e pesquisas para o campo da História Local, no que tange aos sujeitos biografados de cunho regional, sendo tanto os “sujeitos ilustres”, quanto os ditos “sujeitos comuns” (BOTELHO, 2018).

 

Em vista disso, em um primeiro momento, fora feito um levantamento biográfico dos personagens: Negro Cosme, Luís Alves de Lima e Silva, Vaqueiro Raimundo Gomes, Balaio Francisco dos Anjos e o secretário Gonçalves de Magalhães, para posterior correlação com o jogo didático de memória, onde o mesmo fora construído da seguinte maneira:

 

Primeiro Passo: Elaboração do conteúdo do jogo/em grupo de 4 pessoas deverão respectivamente: criar 20 perguntas sobre o conteúdo estudado (Balaiada e seus principais biografados), com as respectivas respostas; As perguntas devem ser feitas de forma subjetiva, para melhor assimilação e obtenção de êxito nas respostas ditas; Selecionar as principais biografias referentes à Balaiada (Negro Cosme, Luís Alves de Lima e Silva, Vaqueiro Raimundo Gomes, Balaio Francisco dos Anjos e o secretário Gonçalves de Magalhães); Escolher 5 imagens concernente aos 3 líderes populares e os 2 representantes do Estado (biografados pela historiografia), devido às regras e para melhor entendimento do jogo de memória. Com acréscimos, para melhor esquematização, a imagem abaixo (Figura 1) apresenta os perfis e os questionários sobre os biografados relatados.

  



Figura 1: Perfis e questionários sobre os biografados da Balaiada/MA.

Fonte: Arquivo pessoal dos autores (2019).

 

Ou melhor dizendo, os cinco biografados da Balaiada ora apresentados (Figura 1), foram escolhidos, a fim de se mesclarem os sujeitos comuns, dos ditos ilustres vencedores da Balaiada e, ainda propagados pela tradicional historiografia local e regional. Dito isso, em seguida, tem-se o:

 

Segundo passo: Produção de um painel pedagógico contendo o questionário elaborado anteriormente (perguntas e respostas). Com os seguintes materiais a serem utilizados: 1 folha de papel 40; 1 cartolina; 1 E. V. A ;1 cola branca; 1 cola quente; 2 metros de T. N. T; 1 fita decorativa; 1 folha de papel cartão. Terceiro Passo: Seleção em pares das imagens dos biografados da Balaiada (1838- 1841); Quarto passo: Realização da divisão dos grupos de alunos/as em sala de aula; Quinto Passo: Explicação oral das regras do jogo pedagógico. Sexto Passo: Aplicação do jogo de forma sistemática, pedagógica, dinâmica, interativa e de cunho inclusiva.

 

A partir disto, no tocante à organização básica do jogo, cada grupo de alunos/as deverão estudar o conteúdo previamente sobre a vida dos cincos biografados propostos. Onde o representante de cada grupo irá se submeter a um sorteio prévio e, conforme a pergunta sorteada, o mesmo terá que respondê-la, caso não saiba a resposta correta, a mesma pergunta será repassada adiante aos demais participantes.

 

Caso o líder sorteado acerte a pergunta, o mesmo terá que virar uma carta referente ao biografado retratado. Posteriormente, o representante deverá abrir outro envelope, e o mesmo procedimento ocorrerá, assim por diante, até o término do último envelope. No entanto, se por ventura, o mesmo errar uma pergunta contida no envelope sorteado, passará a vez ao próximo, respectivamente. Adiante, com o término do último envelope abordado, aquele líder grupal que detiver o maior número de questões acertadas, será tido enquanto o vencedor do jogo de memória.

 

 

Considerações finais

Em suma, este jogo de memória ao ser aplicado no ensino de História local possibilitará um ambiente de formação e aprendizagem histórica e, que acolherá à diversidade de questionamentos, saberes e percepções, de modo especial, a fomentar o respeito à pessoa humana, e aos seus direitos e deveres garantidos pela cidadania plena e pelo Estado Democrático de Direito (BRASIL, 2018), tal como o protagonismo dos/as alunos/as do ensino médio na realidade escolar, reconhecendo-os como interlocutores legítimos sobre a estrutura curricular, e às competências e habilidades especificas da área de História, como um contributo para com o processo de ensino-aprendizagem.

 

Portanto, esta proposta lúdica poderá contribuir com o desenvolvimento de ações inclusivas que envolvam toda a comunidade escolar (pais, alunos, e professores) na execução do jogo de memória. Concomitantemente, à absorção da temática Balaiada para melhor compreensão do século XIX, a fim de se oportunizar uma nova perspectiva teórico-metodológica contemporânea e renovadora no ensino de história local, precisamente da cidade de Caxias, Maranhão.

 

Referências biográficas

Maykon Albuquerque Lacerda é mestrando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Maranhão (PPGHIST/UEMA), na linha de pesquisa memórias e saberes históricos. Pós-graduando Lato Sensu (Especialização) em Ensino de História do Brasil: Cultura e Sociedade pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano (IESF). Graduado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). E membro do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão sobre África e o Sul Global - NEÁFRICA (UEMA/Campus Caxias).

 

Taylon Jefferson da Silva Machado é mestrando em História pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Maranhão (PPGHIST/UEMA), na linha de pesquisa memórias e saberes históricos. Pós-graduando Lato Sensu (Especialização) em História da África, História do Brasil, e História do Maranhão pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano (IESF). Graduado em Licenciatura Plena em História pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). E membro do Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão sobre África e o Sul Global - NEÁFRICA (UEMA/Campus Caxias).

 

Referências bibliográficas

ANTONI, E.; ZALLA, J. O que o jogo ensina: práticas de construção e avaliação de aprendizagens em História. In: GIACOMONI, M. P.; PEREIRA, N. M. (Orgs.). Jogos e ensino de História. 1. ed., 2. reimpr. Porto Alegre: Evangraf, 2013. v. 1, p. 147-165.

 

BOTELHO, Joan. Conhecendo e debatendo a História do Maranhão. 2. ed. São Luís: Gráfica e Editora Impacto, 2018.

 

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em:  http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf. Acesso em: 02 jul. 2019.

 

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria do Ensino Médio. Parâmetros curriculares nacionais: história. Brasília: MEC/SEF, 1998.

 

COUTINHO, Mílson. Caxienses ilustres: elementos bibliográficos. São Luís-MA: Lithograf, 2002.

 

DOMINGUES, Joelza Ester. Jogos para dinamizar suas aulas de História (ou outra disciplina). Ensinar História, 2022. Disponível em: https://ensinarhistoria.com.br/jogos-para-dinamizar-aulas-de-historia/. Acesso em: 26 jul. 2022.

 

GIACOMONI, M. P.; PEREIRA, N. M. (orgs.). Jogos e ensino de História. 1. ed., 2. reimpr. Porto Alegre: Evangraf, 2013.

 

HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1990.

 

JUCHEM, Henry; PEREIRA, Nilton Mullet. Sobre o uso de jogos no ensino de história. Revista Brasileira de Educação Básica, [online], vol. 3, n. 7, p. 1-10, jan./mar.2018. Disponível em: http://pensaraeducacao.com.br/rbeducacaobasica/wp-content/uploads/sites/5/2019/10/07-Henry-Juchem_SOBRE-O-USO-DE-JOGOS-NO-ENSINO-DE-HISTÓRIA.pdf. Acesso em: 26 jul. 2022.

 

LAVILLE, Christian. Guerra das narrativas: debates e ilusões em torno do ensino de História. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 19, n. 38, p.125-138, 1999.

 

NADAI, Elza. O ensino de história no Brasil: trajetória e perspectivas. Revista Brasileira de História. São Paulo: ANPUH: Marco Zero, v. 13, n.25/26, p. 143-162, set./ago. 1992.

 

PALMA, Glória Maria. O lugar social e as condições de produção do sujeito autor: Machado de Assis e Carolina Maria de Jesus. In: Momesso, Maria Regina; Schwartzmann; Matheus Nogueira; Abriata, Vera Lucia Rodella; Ferreira, Fernando Aparecido. (orgs.). Discurso e Linguagens: objetos de análise e perspectivas teóricas. Franca - SP: Unifran, 2011, v. 6, p. 9-205.

 

ROCHA, Helenice Aparecida Bastos. Uma Caixa de História Local nas mãos do professor. In: GABRIEL, Carmem Teresa et al. Narrativas do Rio de Janeiro nas aulas de História. Rio de Janeiro, Mauad X, 2016, p. 129-148.

 

SILVA, Kalina V. Biografias. In: PINSKY. Carla B. (orgs.). Novos Temas nas aulas de História. 1. ed. São Paulo: Editora Contexto, 2009.

Um comentário:


  1. A utilização de novas metodologias em sala de aula é uma forma de aproxima alunos dos conteúdos de maneira didática e a tratativa. Idealização de um jogo da memoria trazendo o enfoque para a História Local é uma alternativa muito bem pensada, pois a Balaiada foi um evento histórico exatamente importante na cidade de Caxias e para o Brasil e os alunos conhecer e entende seus motivos.
    Na trajetória de produção e aplicação do material qual foi a maior de dificuldade enfrentada por vocês?

    parabéns, Maykon Albuquerque e Taylon Jefferson pelo trabalho.
    at. te., Delfina Rafaela Vieira Brito

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