Thiago Augusto dos Santos

 

OS MEMES NUMA AULA DE HISTÓRIA

 

O presente texto visa apresentar a potencialidade do uso de memes no ensino de História. Para isso, será relatada uma experiência desenvolvida numa aula de História de uma escola pública do estado do Paraná com alunos do 3º ano do Ensino Médio no ano letivo de 2022. Tal aula trouxe a linguagem dos memes para dialogar com o contexto histórico estudado proposto no currículo.

Os memes fazem parte da cultura digital, presente na linguagem da internet há um bom tempo, conhecido e compartilhado por “nativos” e "imigrantes digitais” e de uso cada vez crescente, contínuo e popularizado em virtude das redes sociais. Eles se caracterizam por imagens ou frases de personagens famosos ou que ganharam um certo destaque na mídia em algum momento, com o intuito de por meio da ironia, do humor apresentarem uma crítica ou fazer uma brincadeira com determinada situação, a qual dada a velocidade da internet  acaba “viralizando”, se espalha, como também pode sofrer modificações sendo ressignificado e, por sua vez,  gerando outros memes e um novo ciclo de compartilhamento e replicações.

O conceito de meme teve sua origem na Biologia a partir de Richard Dawkins quando ele comparou a transmissão genética à transmissão cultural e denominou de meme o replicador, uma unidade de transmissão cultural ou unidade de imitação. Vale ressaltar que etimologicamente a palavra meme provém do grego mimeme, termo relacionado a imitação e a memória. Assim, aproxima-se também do caráter de imitação, replicação e viralização dos memes transmitidos/reproduzidos na internet (DAWKINS, 2007).

Comumente, no início do ano letivo, nas primeiras semanas de aula são realizadas revisões do ano anterior, as quais servirão de base para os conteúdos da corrente série. Nesse sentido, o primeiro conteúdo de História para o 3º ano do Ensino Médio conforme o planejamento da rede estadual foi “A Primeira República no Brasil” e como conteúdos de revisão estudados foram, “o fim do Segundo Reinado”, “A abolição da escravidão” e a “Proclamação da República". Desse modo, ao fim do mês de março, após estudarmos esse rol de conteúdo, foi realizada uma aula para revisão na qual os alunos divididos em trios ou quartetos foram colocados para criarem memes relacionados aos temas estudados.

Nesse sentido, os memes foram dispostos como uma ferramenta cultural capaz de mobilizar a aprendizagem e o conhecimento histórico dos alunos, conforme destacou a pesquisadora Irene Nakou no texto “Educação Histórica: o uso de ferramentas culturais relacionadas com a diversidade de experiências e atitude dos estudantes”, o uso que o público em geral faz da História por meio de diferentes objetos e espaços que abordam o passado e possibilitam experiências significativas, as quais, pelas diferentes ferramentas tanto formalmente quanto informalmente, não suscitam por si só o desenvolvimento da literacia histórica. Assim, faz-se importante perceber o uso que a sociedade faz desse(s) material(is) e de que modo eles permitem lançar o olhar ao passado e obter experiências de consciência histórica (NAKOU, 2007).

“Em consequência, podemos dizer que, quando abordamos o passado com diferentes meios educativos, devemos tirar partido da natureza de todas as ferramentas e utilizá-las de acordo com as concepções epistemológicas e históricas contemporâneas, oferecendo aos estudantes, e ao público em geral, a possibilidade de abordar, compreender e construir conhecimento e consciência históricos que lhes permitam orientarem-se no tempo em termos históricos” (NAKOU, 2007, p. 139-140).

Segundo a teoria de Jörn Rüsen, a consciência histórica é um conjunto de operações mentais que os seres humanos interpretam suas relações com tempo de modo que possam orientar sua vida cotidiana e consiste na articulação de experiências e intenções a respeito do tempo (RÜSEN, 2001).

Além disso, ressalta o autor:

“A consciência histórica é o trabalho intelectual realizado pelo homem para tornar suas intenções de agir conformes com a experiência do tempo. Esse trabalho é efetuado na forma de interpretações das experiências do tempo. Essas são interpretadas em função do que se tenciona para além das condições e circunstâncias dadas da vida” (RÜSEN, 2001, p. 59).

Dessa maneira, o uso dos memes na aula de História procurou trazer para o ambiente a articulação entre passado e presente mediado pela temática estudada. Como recurso didático, foi selecionado pelo professor dez imagens de memes que são vistos e compartilhados no dia a dia, impressas e entregues aos alunos em grupos de três ou quatro pessoas, solicitando-os criarem a partir da imagem um meme relacionado aos temas estudados até o momento. Optou-se pela impressão, devido às dificuldades com questões tecnológicas e a gestão do tempo da aula, mas usando laboratório de informática ou os alunos conseguindo acessar com celular um documento compartilhado, a atividade poderia ser feita por meio de ferramentas digitais.

Para a aula, foi dividido os grupos e entregue um meme diferente para cada grupo e um igual para todos. Foi reservado o tempo de 30 minutos para a produção dos memes e 15 minutos para as explicações dos grupos. Os memes utilizados continham como personagens: Willy Wonka da primeira versão do filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, Nazaré Tedesco, Chico Buarque, Joelma, Sandra Annenberg, esse último também, foi compartilhado com todos os grupos.

Desse modo, a atividade proposta colocava os alunos na posição de produtores de um discurso dando um sentido para aquelas imagens de acordo com os temas estudados. Houve evidentemente alunos que não conheciam alguns personagens, porém a atuação em pequenos grupos ajudava a resolver essa situação.

Em relação ao meme com a Sandra Annenberg na bancada de telejornal, foi entregue a todos os grupos para ao final, os alunos perceberem que de só um meme podem surgir diversas criações, além de facilitar a produção em virtude do cenário apresentado na imagem.

Dentre os memes produzidos pelos alunos relacionados ao tema da abolição da escravidão tiveram sobre a Lei Rio Branco ou Lei do Ventre Livre as seguintes abordagens: com a imagem de Chico Buarque “sorrindo” e depois “sério” a frase era, “sou filho de escravizados e nasci em 1871, ano da lei do ventre livre”, “nasci depois do dia 28 de setembro, continuarei escravo”, ou seja, a lei só teria valor para aqueles que nascessem a partir da data de promulgação da mesma; com a imagem de Nazaré Tedesco “confusa” o meme produzido demonstrava os mecanismos presentes na lei que não fazia a pessoa imediatamente liberta, pois o filho da escravizada ficava com o proprietário da mãe até os sete anos de idade quando poderia ser entregue ao Estado o qual pagaria uma indenização ao proprietário ou permaneceria com o proprietário até os 21 anos quando seria efetivada sua liberdade. No entanto, isso não chegou a ocorrer porque a Lei Áurea foi assinada antes de completar 21 anos da Lei do Ventre Livre.

Com a imagem de Willy Wonka e a frase “fale mais sobre isso” foi usada a seguinte frase: “Quer dizer que se não fosse a princesa Isabel a escravidão não acabaria no Brasil”. O meme usava da ironia para evidenciar que grupos sociais, a resistência à escravidão e o movimento abolicionista foram importantes para a liberdade. Em outra imagem cuja personagem colocava a mão na boca como lamento foi lembrado pelo grupo que no pós-abolição o Estado não concedeu direitos e inclusão social à população liberta e seus descendentes, além disso, limitava o exercício da cidadania, pois na Primeira República tinha o direito a voto apenas homens alfabetizados maiores de 21 anos, ademais o Estado também não era obrigado a fornecer educação pública à população na época.

As revoltas sociais e os movimentos de contestação também foram utilizados nos memes. Em relação à Revolta da Vacina, a partir da imagem de uma pessoa observando e depois fechando os olhos, o grupo ironizou os argumentos das pessoas que recusam a tomar vacina nos dias de hoje e acha que isso era a primeira vez que ocorria na história do Brasil. No momento da apresentação desse meme, o grupo mencionou que os motivos da Revolta da Vacina eram outros, que o governo a época não investia na conscientização da população, vacina era uma novidade para o povo em geral  e no contexto atual, há informações, mas também há fake news e atuação de pessoas e grupos contrários à vacinação. Assim, permite observar a relação, comparação e análise de experiências em diferentes períodos de tempo, o diálogo passado e presente. 

Em relação às revoltas sociais no campo e na cidade, o meme utilizado foi de uma casa pegando fogo ao fundo e uma menina no primeiro plano olhando para o observador da imagem com um leve sorriso. O grupo descreveu assim: “Quer dizer que na Primeira República a população era pacífica e não se revoltava”, ou seja, contrastando o discurso de que o brasileiro é conformado e pacífico.

Sobre a Guerra do Contestado foi utilizado um meme com a cantora Joelma numa primeira imagem “triste” e em outra “feliz”. Nele os alunos interpretaram a cantora como a empresa que iria construir a ferrovia na região. Na imagem triste seria porque iniciara uma guerra na região e na imagem sorrindo porque o Estado brasileiro preferiu defender a empresa, enviando exército e armamento contra a população da região do Contestado.

Em outro meme, um grupo lembrou-se das enchentes em Petrópolis-RJ que ocorreram em fevereiro e março deste ano. A imagem mostrava uma mulher na praia observando e a descrição utilizada foi, “família imperial brasileira que recebe impostos de Petrópolis enquanto a cidade está inundada”. Ou seja, a mulher que observava foi associada à família imperial brasileira, além disso, os alunos construíram um meme no qual apresenta o diálogo entre passado e presente, utilizado um fato que estava muito evidenciado na imprensa e nas redes sociais no momento em que a atividade foi proposta.

A Proclamação da República também foi lembrada em alguns memes. Em um, no qual a imagem mostrava uma personagem com os braços encolhidos e as mãos abertas como se desse a entender, “não sei o que fazer”, “não sei o que está acontecendo”. Os alunos desse grupo usaram a célebre frase do jornalista Aristides Lobo: “O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava”. No momento da apresentação o grupo lembrou que para a população mais pobre a mudança de regime político não implicava em grandes mudanças sociais. 

Em outro, a imagem era um casal na qual o homem observa uma mulher passando e a companheira dele faz uma cara de desaprovação. Nele o grupo relaciona cada personagem a grupos políticos e econômicos do Brasil, sendo o homem identificado como a elite cafeeira brasileira, a mulher observada, interpretada como a República e a mulher que acompanhava o homem, interpretada como o Império. De modo que o significado atribuído foi da elite que preferiu abandonar o Império e apoiar a mudança para a República.

De acordo com Araújo (2012):

“Os memes não são somente reproduzidos, mas sim reelaborados de acordo com a situação e o contexto social vivido pelo sujeito. É um processo criativo de receber e dar sentido a essas formas contextualizando-as, ou seja, cada indivíduo utiliza o sentido do meme e o ressignifica continuamente em cada replicação a fim de compartilhar novos enunciados e adquirir um determinado capital social” (ARAÚJO, 2012, p. 17).

Conforme destacou Araújo é possível notar que a construção dos memes durante a aula demonstrou a ressignificação das imagens, abordando a historicidade e interpretando fatos do passado, bem como em alguns momentos traçando paralelos com o contexto presente vivido. Também é importante notar o fato de que essas imagens podem receber diferentes interpretações e que o produtor precisa atentar se ela estará compreensível para seu interlocutor. Após a elaboração dos memes, cada grupo foi convidado a apresentar e explicá-los,  compreendendo de um jeito mais divertido que as criações deles tornaram-se novas fontes históricas, num sentido de fonte como tudo aquilo produzido pelos seres humanos e que fazem referência a fatos históricos, nesse aspecto, tornou-se  prático o entendimento e a diferenciação entre fontes primárias (testemunhas do passado e contemporânea ao fato histórico) e fontes secundárias (registros do passado que chegam por pessoas que fizeram suas reconstruções a partir de outras fontes).

Dado o exposto, pode-se concluir que o uso de memes em sala de aula contribuiu para a mobilização da aprendizagem dos alunos, tornou a aula mais prática ao colocar os alunos na posição de produtor de uma narrativa histórica, enfim o uso desse recurso didático apresenta inúmeras potencialidades de modo que a atividade relatada que pode ser aplicada em diferentes séries. Além disso, os memes podem ser utilizados no ensino de História em diferentes momentos, como no início de um conteúdo para avaliar os conhecimentos prévios dos alunos, como também podem ser utilizados em questões de interpretação. Por fim, espera-se que este texto contribua para os professores na sua prática docente a partir da potencialidade desse objeto de estudo.

 

Referências biográficas

Me. Thiago Augusto dos Santos, professor de História da rede estadual de educação do Paraná.

 

Referências bibliográficas

ARAÚJO, Juliana Xavier. Memes.  A linguagem da diversão na internet. Análise dos aspectos simbólicos e sociais dos Rage Comics. 2012. 86 f. Monografia (Graduação em Comunicação Social/Jornalismo - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

DAWKINS, Richard. O gene egoísta. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

NAKOU, Irene. Educação Histórica: o uso de ferramentas culturais relacionadas com a diversidade de experiencias e atitudes dos estudantes. Currículo sem fronteiras, v.7, n.1, p.137-159, Jan-Jun 2007.

RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: UNB, 2001.

20 comentários:

  1. Daniele Nunes da Silva12 de setembro de 2022 às 00:26

    Estou muito admirada pela ideia de usar o meme no contexto de aula e unindo então passado e o presente. O meu questionamento seria como foi a aceitação dos alunos? O resultado da revisão foi percebido no decorrer do semestre com essa atividade com os memes?

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    1. Agradeço a leitura do texto. Sobre os questionamentos, a aceitação dos alunos foi muito tranquila, alguns grupos foram mais rápidos na construção de seus memes, mas todos conseguiram concluir as etapas da atividade no tempo previsto e fazer a exposição. O resultado da revisão foi positivo, pois foram poucos os alunos que não atingiram a média e atividade teve um amplo envolvimento da classe.

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  2. Boa tarde! Tenho interesse pelo tema, em função da grande circulação de memes entre as(os) estudantes Gostaria de saber como verificar se os memes atingiram os seus objetivos didáticos?

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    1. Agradeço a leitura a texto. Sobre o questionamento em relação à atividade, a verificação dos objetivos didáticos: produção de memes históricos, foi possível verificar se a produção estava adequada, quando o próprio grupo de alunos discutia entre si se o meme estava de fácil entendimento ao público geral; revisão do conteúdo foi possível verificar por meio da avaliação realizada em aula posterior.

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  3. Fabrício José Pimenta de Araújo12 de setembro de 2022 às 14:02

    Fabrício José Pimenta de Araújo
    Boa tarde! Tenho interesse pelo tema, em função da grande circulação de memes entre as(os) estudantes Gostaria de saber como verificar se os memes atingiram os seus objetivos didáticos?

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  4. Rannyelle Rocha Teixeira12 de setembro de 2022 às 16:39

    Boa tarde
    Gostei muito do seu trabalho. Gostaria de saber qual foi o retorno dos alunos e alunas quanto ao que foi absolvido por eles quanto o uso dos memes nesses contextos históricos trabalhados? Se houve uma maior curiosidade e senso crítico por parte dos alunos e alunas quanto aos conteúdos abordados e a forma como interpretaram os memes? Obrigada, Rannyelle Rocha Teixeira

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    1. Agradeço a leitura a texto. Sobre o questionamento, houve uma maior curiosidade e senso crítico até mesmo pelo fato de buscarem a ironia e o humor para a construção dos memes, isso exigiu um maior aprofundamento e criticidade diante do conteúdo, além disso a atividade facilitou na revisão com a turma dos temas estudados.

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  5. Salve!

    Muito interessante seu texto e a prática descrita. Também sou um entusiasta da utilização de memes para o ensino de História.

    Trago o seguinte questionamento: se as representações públicas do passado podem ser midiatizadas e também influenciadas por elementos culturais do presente formando memórias, é possível pensar que os memes influenciam a cultura histórica?

    Grato pela atenção.

    Saudações!

    Willian Spengler

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    1. Olá, agradeço a leitura e a pergunta. Considero que as representações públicas do passado podem ser midiatizadas no presente formando memórias. Os memes influenciam a cultura histórica, assim como outros gêneros também influenciaram no passado. No entanto, os memes estão inseridos na cultura do efêmero, sendo eles cada vez mais recriados do que sendo cristalizados e perpetuados ao longo do tempo. Assim vejo, as representações públicas do passado por memes cada vez mais ressinificada do que cristalizada.
      Saudações!!!

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  6. José Ricardo Paulo de Lima14 de setembro de 2022 às 11:10

    Primeiramente, parabéns pelo trabalho.
    Gostaria de saber sua opnião sobre uso de memes na abordagem de temas delicados, como a ditadura civil militra, as grandes guerras mundiais entre outros.

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    1. Olá, agradeço a leitura e a pergunta! Considero que esse tipo de atividade realizada com temas delicados como os que você mencionou complicada de ser realizada, pelo fato de poder gerar um efeito contrário, como produção de memes racistas, preconceituosos, de apologia a violência, enfim, mas o professor muitas vezes precisa lidar com esses fatos. Nesse caso, de temas delicados, eu prefiro utilizar memes ou charges já prontas para problematizar e analisar a historicidade a partir desses materiais.

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  7. Thiago, parabéns pelo trabalho.

    Tentei utilizar memes em sala de aula, mas ainda com as turmas do Ensino Fundamental. Quero testar na Educação de Jovens e Adultos, que é um público mais variado, com adolescentes, mas também senhores e senhora com mais de 40 anos. Você acha que pode haver um elemento geracional que acabe limitando o uso?

    Gratidão.

    Harian Braga
    Professor da Rede Municipal de Campinas-SP

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    1. Olá, agradeço a leitura do texto e o questionamento. Bem, eu considero que não há nenhum elemento geracional que limite o uso dos memes. É claro, que dependendo do quanto a pessoa está inserida no ambiente das mídias digitais, se ela sabe o que é um meme, são fatores a ponderar, mas nada que impeça uma contextualização. Além disso, o fato da turma ter diferentes faixas etárias pode ser um elemento agregador para o trabalho, pois um pode colaborar com a aprendizagem do outro.

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  8. Parabéns pelo seu trabalho, ao utilizar uma temática tão presente na nossa vida fazemos da sala de aula um lugar de inovações no processo de ensino aprendizagem. Qual foi a reação dos alunos ao saberem que iam trabalhar meme em uma aula de história? e qual foi a avaliação deles no final da aula?

    Antônio Xavier Miranda Neto

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    1. Olá, agradeço a leitura e o questionamento. Quando os alunos descobriram que seria utilizado meme na aula de História, muitos ficaram surpresos, estranharam receber uma imagem sem nada escrito para depois serem informados que eles iriam dar um sentido a elas. A avaliação dos alunos no final foi muito positiva, possibilitando conhecimento e descontração nas apresentações.

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  9. Ana Paula Oliveira Lima15 de setembro de 2022 às 23:24

    Proposta interessantíssima. A respeito da atividade desenvolvida, gostaria de saber se você já havia trabalhado com memes, se foi a primeira vez... Outra questão: pensando na internet como um espaço que não é neutro, temos, por exemplo, por meio do humor e dos memes, a reprodução de algumas estruturas violentas, como o racismo. Acredito que boa parte das pessoas usuárias de rede social já se deparou com fotografias de pessoas negras sendo ridicularizadas em associação ao feio e ao sujo. Acredito que essa seja uma reflexão profunda, mas que deve ser trabalhada em sala de aula. O que você diria?

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    1. Olá agradeço a leitura e os questionamentos. Eu já havia trabalhado em outro ano, mas com memes prontos já, assim, uma imagem que recebi ou vi na rede social, salvei e levei para a turma fazer a interpretação. Agora, colocando os alunos no papel de produtor foi a primeira vez. Em relação à internet e reprodução de discursos preconceituosos, racistas e violentos, devem ser refletidos em sala de aula. Até para quebrar essa ideia de "neutralidade" da rede é importante questionar quando essas imagens chegam, qual a fonte, quem produziu tal imagem /discurso, assim é possível caminhar além do conteúdo vinculado e perceber que há uma rede constituída ali.

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  10. Oi Thiago tudo bem? Adorei seu texto. Sou professora de História adepta ao uso de memes em sala de aula. Gostaria que comentasse mais sobre estratégias de utilizar o meme em sala de aula.

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    1. Olá, agradeço a leitura e o questionamento. As estratégias podem ser colocar o aluno no papel de produtor dos memes, ou como no caso criar pequenos grupos, utilizar memes prontos relacionado a algum fato histórico, enfim a partir de um objetivo, procurar a melhor estratégia.

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